Renata Lo Prete: seria 'tsunami administrativo' para o governo se MP dos Ministérios caducasse | Jornal da Globo | G1

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Lo Prete: para o governo, se a MP dos Ministérios caducasse, seria tsunami administrativo

Lo Prete: para o governo, se a MP dos Ministérios caducasse, seria tsunami administrativo

No limite da validade, a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (31) o texto-base de uma medida provisória que realizou a reestruturação dos ministérios do governo Lula (PT). Para Renata Lo Prete, se caducasse, seria um “tsunami administrativo”.

“Era uma simples MP. Não era emenda constitucional, que precisa de três quintos dos votos da Casa, não era uma grande reforma, que envolve interesses muito contraditórios, nada disso. Essa MP esteve, de fato, perto de caducar, o que, para o governo, seria espécia de tsunami administrativo”, avalia.

O texto foi aprovado por 337 votos a favor, com 125 contrários e uma abstenção.

“Ao governo interessa vender a versão do copo meio cheio. Foi com emoção, mas a MP passou por placar folgado. Mas, basta um olhar pouco mais distanciadamente, para perceber que a parte vazia do copo é maior”, completa.

Editada por Lula em janeiro, a MP criou novos ministérios e redistribuiu órgãos e atribuições entre as pastas. Agora, o Senado precisa aprovar a medida nesta quinta.

O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), falou no início da noite desta quarta-feira (31) sobre a falta de articulação política por parte do governo.

"O que há é uma insatisfação generalizada dos deputados – e talvez dos senadores, que ainda não se posicionaram – com a falta de articulação política do governo, não de um ou outro ministro", afirmou Lira.

Segundo Renata Lo Prete, no meio do caminho ficaram expostas publicamente as dificuldades do governo no seu relacionamento com a cúpula do Congresso Nacional, mesmo com todo o poder concentrado nas emendas.

“Por fim, é preciso lembrar que só vingou o que o legislativo deixou. Ou seja, que os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas saíram mesmo com o pé quebrado dessa história, e não houve nada que o governo pudesse fazer a esse respeito”, finaliza.

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