Vivienne Westwood: pioneira do punk e da moda morre aos 81

  • Andre Rhoden-Paul
  • BBC News
Vivienne Westwood acenando e sorrindo entre outras pessoas

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Vivienne Westwood em desfile em Milão, Itália, em 2010

A estilista britânica Vivienne Westwood morreu nesta quinta-feira (29/12) aos 81 anos.

Em um comunicado no Twitter, sua empresa afirmou que ela morreu "pacificamente e cercada" por sua família em Clapham, no sul de Londres.

Seu marido e parceiro criativo, Andreas Kronthaler, disse: "Continuarei com Vivienne em meu coração."

"Trabalhamos até o fim e ela me deu muitas coisas com as quais prosseguir."

Westwood fez seu nome com os controversos estilos punk e new wave na década de 1970, ficando conhecida por suas criações andróginas, pelas camisetas com slogans e por sua atitude irreverente em relação às normas e instituições sociais.

Vivienne Westwood olhando para o lado, em ambiente fechado

Crédito, PA Media

Legenda da foto, Vivienne Westwood morreu aos 81 anos

Ela era conhecida como uma ativista convicta e levou para a passarela causas com as quais se importava, como as mudanças climáticas.

Em 2006, ela recebeu o título de "Dama", concedido pela rainha Elizabeth 2ª pelos serviços prestados à moda.

Loja revolucionária

Westwood, nascida no condado de Derbyshire, trabalhou como professora primária antes de abrir a loja de roupas Let It Rock na King's Road, em Londres, com seu então parceiro Malcolm McLaren no início dos anos 1970.

O negócio foi posteriormente renomeado para Sex e, no final de 1975, McLaren começou a gerenciar uma banda de punk rock formada por frequentadores regulares da loja — os Sex Pistols. Eles alcançaram a fama usando roupas idealizadas por Westwood e McLaren.

As criações de Westwood foram usadas por famosos, como a modelo Dita Von Teese, que usou um vestido roxo para se casar com o cantor Marilyn Manson, e a princesa Eugenie, que usou três vestidos da estilista no casamento do príncipe William e de Kate Middleton.

Vivienne Westwood com camisa estampando rosto de Assange, em frente a edifício

Crédito, PA Media

Legenda da foto, Em 2012, Vivienne Westwood se dirigiu à embaixada do Equador em Londres para visitar o fundador do Wikileaks, Julian Assange
Pule WhatsApp e continue lendo
No WhatsApp

Agora você pode receber as notícias da BBC News Brasil no seu celular

Entre no canal!

Fim do WhatsApp

Além da atenção às mudanças climáticas, Westwood defendeu vocalmente a libertação do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que está lutando contra a extradição para os EUA, onde enfrenta acusações sob a Lei de Espionagem. Em 2012, ela o visitou na embaixada do Equador em Londres e, em 2020, se vestiu de amarelo e se colocou em uma gaiola gigante alertando sobre a situação de Assange.

A morte da britânica rendeu diversas homenagens.

A estilista e Spice Girl Victoria Beckham afirmou: "Estou tão triste ao saber da morte da lendária estilista e ativista Vivienne Westwood".

"Meus pensamentos estão com a família dela neste momento incrivelmente triste."

O cantor Billy Idol, que ganhou fama na cena musical punk londrina, tuitou: "RIP, vou demorar um pouco para assimilar isso...".

O Museu Victoria and Albert, que abriga algumas de suas criações, descreveu Westwood como uma "verdadeira força revolucionária e rebelde na moda".