Rei emérito Juan Carlos, que renunciou em meio a escândalo, aparece com filho no funeral de Elizabeth II

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Juan Carlos I mora em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, desde agosto de 2020 e esta foi a segunda vez que o monarca deixa o país do Golfo Pérsico. Em março deste ano, a Justiça da Espanha encerrou as três investigações em aberto contra o rei emérito, acusado de corrupção e desvio de dinheiro.

No entanto, um processo contra Juan Carlos I segue em aberto no Reino Unido, movido por sua ex-amante Corinna zu Sayn-Wittgenstein Sayn, que acusa o monarca de várias atos de assédio, cometidos entre 2012 e 2020. O processo foi aberto em dezembro de 2020 e incluía um pedido de ordem de restrição contra o antigo rei da Espanha.

Ao contrário da espanhola, a Justiça britânica negou o pedido de imunidade feito pelo rei emérito e um julgamento ainda poderá ser marcado no caso. Juan Carlos negou todas as acusações. Mesmo após o fim dos processos na Justiça espanhola, o monarca continuou a viver em Abu Dhabi e só fez uma aparição pública desde o início do exílio.

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A presença de Juan Carlos I no funeral da rainha causou desconforto na Espanha. Políticos opositores da monarquia criticaram o fato de o monarca ir até o Reino Unido para a cerimônia, mas não para testemunhar no processo.

Ao Huffington Post, o deputado Pablo Echenique, porta-voz do partido espanhol Podemos, disse que "convidar um criminoso fugitivo para um funeral deixa claro como é a monarquia na Espanha e no Reino Unido".

A longeva relação entre a monarquia britânica e a espanhola é um dos principais motivos do convite do Palácio de Buckingham. Juan Carlos é tataraneto da rainha Vitória da Inglaterra.