Família real britânica: morre príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth 2ª

Prince Philip, Duke of Edinburgh

O príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth 2ª, morreu nesta sexta-feira (09/04) aos 99 anos, anunciou o Palácio de Buckingham.

Em um comunicado, o palácio disse: "É com profunda tristeza que Sua Majestade a Rainha anunciou a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo. Sua Alteza Real faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor".

O duque de Edimburgo, que foi o consorte mais longevo da história britânica, havia retornado a Windsor no dia 16 de março, após um mês no hospital.

O anúncio oficial foi afixado nos portões do palácio de Buckingham

Crédito, Reuters

Legenda da foto, O anúncio oficial foi afixado nos portões do palácio de Buckingham

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que o duque "inspirou a vida de incontáveis ​​jovens".

Falando em Downing Street, Johnson disse: "Ele ajudou a guiar a Família Real e a monarquia de tal forma que ela permanece uma instituição indiscutivelmente vital para o equilíbrio e felicidade de nossa vida nacional".

O líder da Igreja Anglicana, o Arcebispo de Canterbury, Justin Welby, disse: "Ele consistentemente colocou os interesses dos outros na frente dos seus próprios e, ao fazê-lo, forneceu um excelente exemplo de serviço cristão".

A bandeira no Palácio de Buckingham foi baixada a meio mastro e um anúncio oficial sobre a morte foi afixado nos portões.

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Flores foram depositadas do lado de fora do Palácio como forma de homenagem, e centenas de cidadãos foram a Windsor para prestar tributo ao príncipe.

Nicholas Witchell, correspondente da BBC para assuntos de família real, disse que é "um momento de verdadeira tristeza nacional" e "mais especificamente, claro, para a rainha, que perdeu o marido com quem era casada há 73 anos".

Witchell também disse que Philip deu "uma enorme contribuição para o sucesso do reinado da rainha", descrevendo o duque como "extremamente leal à importância do papel que a rainha cumpre - e seu dever de apoiá-la".

"A solidez do relacionamento, do casamento, foi crucial para o sucesso do reinado", acrescentou.

O príncipe se casou com a princesa Elizabeth em 1947, cinco anos antes de ela se tornar rainha, e foi o consorte real mais antigo da história britânica.

Em março, o duque deixou o hospital King Edward VII's na região central de Londres, após estadia de um mês para tratamento.

Ele passou por procedimento para um problema cardíaco pré-existente em outro hospital londrino, o St Bartholomew's.

O funeral do príncipe Philip será realizado na St George's Chapel, no Castelo de Windsor - mas os arranjos foram alterados à luz da pandemia do coronavírus, informou o Colégio de Armas.

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A autoridade acrescentou ainda que a cerimônia não será um funeral de Estado e que o duque não será velado em público. No entanto, ele será velado no Castelo de Windsor antes do funeral, informou o Colégio de Armas, "de acordo com os costumes e com os desejos de Sua Alteza Real".

A declaração afirma que: "Os arranjos para o funeral foram revisados em vista das circunstâncias decorrentes da pandemia de covid-19 e é solicitado, lamentavelmente, que o público não compareça ou tente participar de qualquer um dos eventos que constituem a cerimônia."

O Palácio de Buckingham irá confirmar os arranjos detalhados para o funeral no website real, informou ainda a autoridade.

Todos os edifícios do governo britânico foram orientados a hastear bandeira oficiais a meio-mastro em tributo ao duque até às 8h da manhã do dia seguinte ao funeral.

Príncipe Philip e a Rainha Elizabeth tinham quatro filhos, oito netos e dez bisnetos.

Seu primogênito, o Príncipe de Gales, príncipe Charles, nasceu em 1948. Em seguida, nasceram sua irmã, a Princesa Real, princesa Anne, em 1950; o Duque de York, príncipe Andrew, em 1960; e o Conde de Wessex, príncipe Edward, em 1964.

Príncipe Philip nasceu na ilha grega de Corfu, em 10 de junho de 1921.

O duque de Edimburgo esteve ao lado da rainha por mais de seis décadas de reinado, tornando-se o consorte mais antigo da história britânica em 2009

Crédito, Tim Graham/PA

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Seu pai era o Príncipe Andrew da Grécia e Dinamarca, um filho mais novo de Rei Jorge I da Grécia. Sua mãe, a princesa Alice, era filha do lorde Louis Mountbatten e bisneta da Rainha Vitória.

Políticos de todo o Reino Unido uniram-se em luto após o anúncio da morte do duque.

O líder trabalhista Keir Starmer disse que o Reino Unido perde "um servidor público extraordinário", enquanto o primeiro-ministro da Escócia, Nicola Sturgeon, afirmou que sua "longa contribuição para a vida pública na Escócia deixará uma marca profunda em seu povo".

O primeiro-ministro do País de Gales, Mark Drakeford, disse que o duque "serviu a coroa com devoção abnegada e generosidade de espírito".

Enquanto isso, líderes da Commonwealth lideraram a reação internacional à morte do duque.

O primeiro-ministro australiano Scott Morrison tuitou que o duque "personificava um geração que não veremos nunca mais", enquanto o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau descreveu-o como um "homem de grande propósito e convicção".

O primeiro-ministro indiano Narendra Modi lembrou o duque por sua "distinta carreira militar" e trabalho "no fronte de inúmeras iniciativas de serviço comunitário".

O palácio informou que novos anúncios serão feitos "no devido tempo".