No lançamento de sua pré-candidatura à Presidência, Ciro distribui ataques a Moro, Lula e Bolsonaro | Política | Valor Econômico
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Por Marcelo Ribeiro, Murillo Camarotto e João Valadares, Valor — Brasília


Em lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República, Ciro Gomes fez duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Mas também atribuiu os problemas enfrentados pelo país a gestões anteriores, inclusive do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto sobre a corrida ao Palácio do Planalto.

O ex-ministro também centrou parte dos ataques ao ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro, pré-candidato pelo Podemos. Além de afirmar que o ex-juiz é despreparado, levantou questionamentos sobre a atuação do ex-auxiliar de Bolsonaro à frente da Lava-Jato. Atualmente, Moro aparece à frente de Ciro Gomes nas pesquisas de intenção de voto, em terceiro lugar. Lula lidera, seguido de Bolsonaro.

“A incompetência de Bolsonaro apenas agravou uma situação que já se agravava anos após ano”, disse Ciro.

“A incompetência de Bolsonaro apenas agravou uma situação que já se agravava anos após ano”, disse Ciro Gomes, durante ato  — Foto: Ana Paula Paiva/Valor
“A incompetência de Bolsonaro apenas agravou uma situação que já se agravava anos após ano”, disse Ciro Gomes, durante ato — Foto: Ana Paula Paiva/Valor

“Bolsonaro não pode ser condenado isoladamente. Outros presidentes foram iguaizinhos na economia, apostando em um modelo que nos trouxe a esse beco sem saída. Com diferenças de escalas e formatos, repetiram os mesmos projetos sociais, mudando apenas seus nomes. Sem exceção, impuseram um tipo de governança que tem conchavo e corrupção como eixos. Não é exagero, é a pura realidade. Collor escancarou a porteira, FHC preparou a mesa e Lula condimentou melhor os pratos”, criticou Ciro.

Em claro recado a Lula, ele reclamou que há quem defenda eleger alguém “que vende uma falsa paz e amor” do que apostar em alguém que quer tocar propostas de mudanças substanciais.

Após prometer um programa "consistente" de combate à corrupção caso seja eleito à presidência – ele pretende colocar em discussão até o mês de março –, Ciro destacou que Moro apresenta uma série de “contradições, mentiras e despreparo”. O pedetista destacou que o currículo do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro é “rosário de vergonhas”.

“Ele não cansa de tentar transformar farsa em heroísmo e se fantasia de candidato sem o menor preparo”, disse Ciro, afirmando que alertou o país sobre o risco de Bolsonaro ser eleito em 2018.

O pré-candidato do PDT disse ser diferente de todos os seus adversários e afirmou estar cansado do que chamou de “pretensos líderes que vivem numa bolha de picaretagem e oportunismo, o que faz com que não pensem em novas ideias”.

“Quero dizer que sou bem diferente de todos. Meu patrão é o povo e minha pátria é minha única patroa. Por quase 50 anos, entre 1930 e 1980, fomos o país que mais cresceu no mundo. Vivemos um progressivo declínio e enfrentamos uma estagnação nos últimos 10 anos. Estamos como caranguejos atolados no mangue do atraso”, afirmou.

Ciro: Moro é 'inimigo da República' e Marina, 'arco de aliança' ideal

Em entrevista coletiva após convenção do PDT, Ciro disse que não observa Sergio Moro disputando a eleição presidencial. “O Moro é inimigo da República. Não o vejo como candidato”, afirmou.

Numa referência velada à aproximação entre Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido), Ciro destacou que as alianças são boas quando não se despolitiza a discussão. “Tentam resolver a eleição em conchavos”.

O pedetista repetiu o que havia ressaltado sobre o modelo econômico em vigor no Brasil. “O modelo de Lula é o mesmo de FHC, Temer e Bolsonaro”, destacou.

O político cearense atacou mais duramente Lula ao dizer que o petista entregou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ao presidente do PL, Valdermar da Costa Neto, para ele “roubar”. “O Valdemar da Costa Neto foi condenado como ladrão na crise do mensalão. Lula deu o Dnit para Valdemar roubar. Agora, Bolsonaro é filiado ao partido dele (Valdemar).”

Sobre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pré-candidato à Presidência, o pedetista o taxou como “viúva de Bolsonaro”. “Ele trocou de nome na eleição se chamando de Bolsodoria”, pontuou.

Questionado sobre as chances de Marina Silva (Rede) ocupar a vaga de vice em sua chapa, desconversou. “O que posso dizer em relação a Marina é que ela tem todos os dotes para ser presidente do Brasil. Não é justo que a mencione como vice. No meu arco de aliança idealizado, a Rede da Marina faz parte.”

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