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Jorginho endurece discurso e diz que contratará professores e descontará os dias parados
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Foto: Roberto Zacarias / Secom -
O governador Jorginho Mello (PL) reafirmou que o Estado só retornará à mesa de negociações com o Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sinte) quando o que considera "essa pequena parcela de professores (em greve)" retornar para a sala de aula. As informações foram transmitidas pelo governador nas redes sociais e também constam em uma nota oficial divulgada pelo governo do Estado. Estes dispositivos normalmente são usados quando há a decretação da ilegalidade da greve, o que não ocorreu até o momento.
Leia a nota na íntegra:
Nota Oficial do Governo do Estado de Santa Catarina
Sobre a greve de uma pequena parte dos professores catarinenses, diante dos fatos abaixo expostos:
Com base nos portais de transparência de cada Estado, Santa Catarina paga a maior média salarial da região Sul aos profissionais da Educação, superior em cerca de 15% à paranaense e aproximadamente 50% maior que a gaúcha. O governo está aumentando em mais de 100% o vale-alimentação. Revisou o desconto de 14% para aposentados, garantindo que recebam um valor maior todos os meses no benefício. Trabalha no maior concurso da história para contratar 10 mil novos profissionais na Educação. Preocupou-se em garantir que todos os professores tenham um horário remunerado fora da sala de aula para planejar conteúdos e preparar provas. E que o pedido da descompactação da folha de pagamento é absolutamente inviável no momento: custaria R$ 4,6 bilhões e violaria a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O Estado, portanto, determina, inicialmente, as seguintes medidas para garantir o acesso de todos os alunos catarinenses à Educação:
Desconto das faltas injustificadas dos professores grevistas. Contratação de professores temporários para manter as aulas funcionando. E que a negociação sobre remuneração dos professores só será retomada assim que essa pequena parcela de professores retornar para a sala de aula.
O Governo do Estado julga relevante também realizar um agradecimento público aos quase 90% dos professores que seguem trabalhando nas salas de aula de todas as cidades de Santa Catarina.
Sinte questiona os números do governo
A greve começou há uma semana, no dia 23 de abril, e o Sinte afirma que 30% dos professores estão parados.
Nas reivindicações da categoria estão: plano de carreira com a descompactação da tabela salarial; concurso público, que não ocorre desde 2017; o fim dos descontos de 14% do Iprev para todos os aposentados e pensionistas; hora-atividade, que não beneficia, hoje, os professores das séries iniciais; direitos dos ACTs (professores contratados em caráter temporário), que os exclui, por exemplo, de acompanhar os filhos em consultas médicas e tratamento de saúde; o piso salarial, que, de acordo com o Sinte, não tem os reajustes cumpridos pelo governo; e a melhoria na infraestrutura escolar.
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