Uso de psicotrópicos por acadêmicos da área da saúde - Sociologia
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Uso de psicotrópicos por acadêmicos da área da saúde

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ARTIGO ORIGINAL
DOI: https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.3-20200485
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA | 45 (3) : e175, 2021
Uso de psicotrópicos por acadêmicos da área da saúde: uma análise 
comparativa e qualitativa
João Borges Esteves Tovani1 iD
Luísa Jobim Santi1 iD
Eliana Villar Trindade1,2 iD
johnny.tovani@gmail.com
lujobimsanti98@gmail.com
eliana.trindade@ceub.edu.br
Use of psychotropic drugs by students from the health area: a comparative and qualitative analysis
ABSTRACT
Introduction: The use of psychotropic substances is highly prevalent among students in the health area. This situation reveals an inversion of values, in 
which future professionals who will give advice on drug use and abuse make inadequate consumption of drugs. 
Objective: This research aims to collect and comparatively analyze the profile of psychotropic substance use by health students, as well as analyze the 
subjective significance of drug use by health students. 
Methods: This is a cross-sectional study, with a quantitative sample of 745 students, aged 15 to 70 years, from the Psychology, Medicine, Nursing, 
Nutrition and Physiotherapy courses. A questionnaire adapted from the “I National Survey on the Use of Alcohol and Other Drugs by University Students 
in the 27 Brazilian Capitals” was used for data collection. Regarding the qualitative work, a focal group was carried out, whose participants comprised ten 
students, of which three were Psychology students, three were Physiotherapy students, one was a medical student and one a Nursing student. 
Results: The study results showed that the psychotropic substances most often used by the participants were: Alcohol, Tobacco and Marijuana, in 
addition to Tranquilizers and Anxiolytics. Furthermore, in comparison with the other courses, Psychology students were the ones who used the most drugs 
in general, followed by Nutrition and Medicine. Moreover, drug use was perceived as a means of escape from psychological distress, as well as a way to 
maximize pleasure. For university students, the use of psychotropic drugs is seen as an combination of interpersonal relationships, being also influenced 
by the desire to improve academic performance. 
Conclusion: The study data disclosed a high consumption of psychotropic drugs by university students in the health area, a condition associated to 
psychological distress and which reveals a demand for support and assistance in terms of substance dependence. It is important that further research on 
the subject be carried out, so that effective public policies can be implemented.
Keywords: Psychotropic Substance Use; University Students; Health Courses.
1 Centro Universitário de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil.
2 Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil.
Editora-chefe: Rosiane Viana Zuza Diniz.
Editor associado: Maurício Abreu Pinto Peixoto.
Recebido em 24/01/21; Aceito em 11/07/21.
Avaliado pelo processo de double blind review.
RESUMO
Introdução: O consumo inadequado de psicotrópicos é bastante prevalente entre universitários da área da saúde. Essa situação reflete uma 
inversão de valores, em que os futuros profissionais orientadores sobre o consumo de drogas fazem seu uso indevido. 
Objetivo: Esta pesquisa visa realizar um estudo epidemiológico descritivo do perfil de consumo de drogas por acadêmicos da área da saúde, bem 
como analisar o significado subjetivo do uso de drogas para os universitários. 
Método: Trata-se de um estudo transversal, cuja amostra quantitativa foi de 745 estudantes, de 15 a 70 anos, dos cursos de Psicologia, Medicina, 
Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia. Empregou-se, para a coleta de dados, o questionário adaptado do I levantamento nacional sobre o uso de 
álcool, tabaco e outras drogas entre universitários das 27 capitais brasileiras. No que diz respeito ao trabalho qualitativo, foi realizado um grupo 
focal cujos participantes foram dez estudantes, sendo três de Psicologia, três de Fisioterapia, um de Medicina e um de Enfermagem. 
Resultado: Os resultados da pesquisa apontam que as substâncias psicotrópicas mais utilizadas pelos participantes foram: álcool, tabaco e 
maconha, além de tranquilizantes e ansiolíticos. Ademais, em comparação com outros cursos, Psicologia liderou o usou drogas em geral, seguido 
de Nutrição e Medicina. Além disso, percebeu-se o uso de drogas como meio de fuga em relação ao sofrimento psíquico, bem como forma de 
maximização do prazer. Para os universitários, o uso de psicotrópicos é tido como amálgama das relações interpessoais, sendo influenciado 
também pelo desejo de melhora no desempenho acadêmico. 
Conclusão: Os dados da pesquisa revelaram um alto consumo de psicotrópicos entre universitários da saúde, condição atrelada a sofrimento 
psíquico e que revela uma demanda por aporte e auxílio em termos de dependência a substâncias. É importante que novas pesquisas a respeito 
do tema sejam realizadas, para que efetivas políticas públicas possam ser implementadas. 
Palavras-chave: Uso de Psicotrópicos; Estudantes Universitários; Cursos da Área da Saúde.
https://orcid.org/0000-0002-6534-1725
https://orcid.org/0000-0002-0679-7685
https://orcid.org/0000-0001-5447-8454
mailto:johnny.tovani%40gmail.com?subject=
mailto:lujobimsanti98%40gmail.com?subject=
mailto:eliana.trindade%40ceub.edu.br?subject=
https://www.linguee.com.br/ingles-portugues/traducao/psychotropic+substances.html
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA | 45 (3) : e175, 2021 2
DOI: https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.3-20200485João Borges Esteves Tovani et al.
INTRODUÇÃO
O consumo inadequado de drogas por universitários 
é bastante prevalente na sociedade atual1-3, principalmente 
por estudantes de Medicina e outras áreas da saúde4-6, como 
Psicologia, Fisioterapia, Nutrição, entre outras. Embora seja um 
grave problema de saúde pública, o uso de psicotrópicos ainda 
é uma questão negligenciada e não tem um foco específico 
para atuação.
Entende-se o consumo de psicotrópicos como uma 
prática milenar, visto que, em todas as civilizações e épocas, 
substâncias psicoativas foram consumidas pelo homem como 
meio de afetar sua existência7,8. Entretanto, foi constatado um 
assustador aumento na frequência de uso e abuso de drogas 
na contemporaneidade9. 
No cenário contemporâneo atual, a exterioridade se 
tornou o valor vigente: os signos externos, como bens de 
consumo e status social, tornaram-se demarcadores do papel 
de cada um10. Nesse contexto, os destinos do desejo assumiram 
um direcionamento exibicionista e autocentrado10,11. Marcada 
pela necessidade de engrandecimento da própria imagem e 
pela exigência de performance, a busca por satisfação imediata 
e contínua dos desejos é um valor predominante10,12.
Nesse enquadre, o consumo de drogas passou a 
constituir um dos principais meios de evitar o contato direto 
com a realidade e com os sofrimentos inerentes à condição 
humana10,13. O uso de psicotrópicos representa uma reposta 
ao mal-estar, uma tentativa de o sujeito controlar os próprios 
afetos8,9. Ao usar drogas, o sujeito passa a ser regido pelo 
princípio do prazer, busca realizar uma mutação da realidade, a 
qual se torna, ao mesmo tempo, rechaçada e recriada, destruída 
e preservada9. Apesar de buscar romper com os sintomas, 
o usuário de drogas mantém, em geral, um vínculo com a 
realidade: ele não a repudia radicalmente, apenas assume uma 
posição de onipotência na qual tem controle sobre a obtenção 
de gozo e afastamento do mal-estar9.
Apesar de as drogas serem consumidas pela população 
de forma geral, constata-se um maior uso de psicotrópicos 
entre os universitários1-3. Por serem majoritariamente jovens, os 
universitários apresentam o seguinte perfil: fase de exploração 
da identidade, especialmente nos relacionamentos amorosos 
e no trabalho; transição entre adolescência e vida adulta; 
instabilidade emocional e do status educacional; afastamento 
dos valores familiares; inserção em uma época de possibilidades 
eoportunidade para transformação da própria14. 
A juventude é marcada por processos subjetivos que 
visam suprimir as falhas inerentes à estrutura social em atribuir 
à pessoa um lugar de harmonia com sua condição de ser 
desejante15. Nesse período, o ciclo social é um fator que exerce 
grande influência sobre o desenvolvimento psíquico dos 
jovens, os quais, como meio de obter de apoio e cumplicidade 
dos pares, tendem a manifestar desejo de experimentar 
estados diferentes de consciência induzidos por psicotrópicos. 
Isto é, a faixa etária dos universitários constitui uma variável 
contribuinte para a percepção equivocada do uso de drogas14. 
Além do ciclo social, fatores como transformações biológicas/
hereditárias16 e caracteres hormonais17, sexuais e neurológicos18 
também exercem influência no uso de substâncias psicoativas.
Entre a multifatoriedade de variáveis que influenciam o 
consumo exacerbado de drogas, encontram-se as comorbidades 
psiquiátricas19, como a depressão e ansiedade, muito comuns 
nos cursos da área da saúde20. Além disso, o manuseio de 
psicotrópicos está atrelado a uma predisposição à dependência 
química1,12,21 e a comportamentos de risco, como múltiplas 
parcerias e violência física1,22. Entende-se que o uso de drogas é 
realizado por diferentes motivos e gera diferentes sentidos para 
cada usuário23. No caso dos universitários da área da saúde, o fácil 
acesso a diversas substâncias e a convivência com elas, bem como 
condições de trabalho e estudo estressantes6, são variáveis que 
corroboram o elevado uso de psicotrópicos entre esse público. 
Entende-se que, apesar de o homem ter um papel de 
protagonista na construção de si mesmo, um indivíduo não 
existe fora do campo sociocultural24,25. No caso da sociedade 
atual, que repousa em um modelo de produção capitalista, 
em que há uma compulsão por trabalho e renúncia ao 
instinto, a satisfação repousa em seu orgulho pelo que já foi 
alcançado com êxito26. Essa constituição é percebida entre os 
universitários da área da saúde à medida que o desempenho 
acadêmico individual passa a ocupar papel de protagonismo 
na vida dos estudantes: nesse contexto, o uso de drogas tem o 
papel de aprimorar o desempenho acadêmico, bem como atua 
como meio de maximização do prazer e fuga do sofrimento 
psíquico27. Os psicotrópicos servem como “amortecedores 
de preocupações”, possibilitam que as pessoas se afastem 
das pressões da realidade, encontrando refúgio em um 
mundo próprio, com melhores condições de sensibilidade24,27. 
Entretanto, apesar de as drogas, na condição de objeto de 
gozo, aliviarem momentaneamente o sofrimento psíquico, 
o recalcado sempre retorna, revelando uma subjetividade 
“deprimida” pelo excesso de objetos27. 
Diante dessas informações, percebe-se que o alto 
consumo de psicotrópicos pela população jovem, em especial 
universitários da área da saúde, é uma questão de saúde 
pública que requer estudos aprofundados. Esses estudantes 
serão os futuros profissionais responsáveis pela propagação 
de informações relacionadas aos efeitos das drogas e à 
dependência química4,6. Servem como modelo para seus 
pacientes e têm papel significativo no tratamento deles. Assim, 
o constante uso de psicotrópicos por esses universitários 
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DOI: https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.3-20200485João Borges Esteves Tovani et al.
reflete um meio de inversão de valores, em que os próprios 
profissionais acolhedores e orientadores sobre o uso de 
substâncias psicoativas fazem seu uso indevido, ou seja, há 
uma quebra de modelo6. 
Dentre os problemas graves gerados pelo consumo 
de drogas, o Relatório brasileiro sobre drogas (RBSD) aponta 
que o uso de psicotrópicos está frequentemente associado a 
problemas graves, como acidentes, violência, produção ou 
agravamento de doenças e queda nas atividades acadêmicas 
e no trabalho, e pode levar a conflitos familiares e sociais28. 
Assim, a elevação no índice de consumo de drogas contribui 
para o aumento dos gastos públicos e sociais com tratamentos 
médicos, com intervenções em casos de violências e outros 
desdobramentos. 
Conforme o RBSD28, no Brasil as substâncias psicoativas 
de maior consumo uso em vida são: álcool (74,6%), tabaco 
(44,0%), maconha (8,8%), solventes (6,1%), benzodiazepínicos 
(5,6%), orexígenos (4,1%) e estimulantes (3,2%). As drogas 
de maior dependência são as mesmas, apresentando, 
respectivamente, em valor percentual 12,3%, 10,1%, 1,2%, 0,5%, 
0,2% e 0,2% para dependência química. Esses dados refletem 
as graves repercussões que o uso abusivo de drogas gera na 
população brasileira, como perda da produtividade e mão de 
obra de trabalho, vulnerabilidade dos usuários à violência29 e 
propensão ao adoecimento biológico e mental30.
Nota-se que o uso de psicotrópicos por universitários 
da área da saúde é um tema relevante para o controle e a 
investigação dos fatores de saúde da população brasileira. 
Atualmente existem diversos artigos e pesquisas acerca do uso 
de psicotrópicos por universitários de Medicina2,4,5. Entretanto, 
há uma escassez de pesquisas que investiguem o uso de drogas 
por estudantes dos demais cursos da área da saúde, assim 
como se evidencia um hiato de uma década ou mais quanto 
a estudos e análises comparativas dessa temática. Entre os 
poucos estudos acerca do uso de drogas por estudantes de 
diferentes cursos da área da saúde, a maior concentração de 
pesquisas de análise comparativa tem perdido a incidência ao 
longo dos anos, com um hiato de uma década ou mais2,6. 
Objetivos
Pautando-se pela carência de pesquisas recentes acerca 
do uso de psicotrópicos por universitários das diversas áreas da 
saúde, esta pesquisa tem por objetivo analisar a prevalência do 
consumo de psicotrópicos por discentes dos seguintes cursos 
da área da saúde: Medicina, Enfermagem, Psicologia, Nutrição 
e Fisioterapia. Este estudo tem também como propósito 
compreender o significado subjetivo do uso de drogas para os 
alunos desses cursos. 
MÉTODO
Realizou-se um estudo transversal analítico com 
triangulação de métodos quantitativo e qualitativo. A pesquisa 
foi composta por duas etapas: 1. aplicação de um questionário 
quantitativo e 2. realização de um grupo focal. Participaram da 
primeira etapa 745 estudantes voluntários de todos os turnos 
dos cursos de Medicina, Psicologia, Enfermagem, Nutrição e 
Fisioterapia do Centro Universitário de Brasília (UniCeub), uma 
universidade privada de Brasília. Por meio do cálculo amostral 
em pesquisa31, obtiveram-se para cada curso, respectivamente, 
169, 222, 166, 114 e 73 participantes. Os estudantes que 
participaram da pesquisa tinham entre 15 e 70 anos, sendo 572 
mulheres (78,04%) e 161 homens (21,96%). Quatorze pessoas 
não informaram o sexo.
Para a coleta de dados, aplicou-se um questionário 
adaptado de autopreenchimento com 71 questões objetivas. 
Esse instrumento foi validado e utilizado anteriormente na 
pesquisa da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas para 
o I levantamento nacional sobre o uso de álcool, tabaco e outras 
drogas entre universitários das 27 capitais brasileiras1. Este artigo 
concentra-se nos resultados pertinentes à questão 26 do 
questionário, a qual teve por objetivo levantar informações sobre 
o uso de drogas nos últimos 12 meses e nos últimos 30 dias das 
seguintes substâncias: álcool, tabaco, maconha, alucinógenos, 
cocaína, anfetaminas, anticolinérgicos, solventes orgânicos, 
tranquilizantes, ansiolíticos, opiáceos, sedativos e barbitúricos.
O projeto foi submetido ao Comitê de Ética e aprovado 
na 15ª Reunião Ordinária do Comitê de Ética em Pesquisa 
(CEP) do UniCeub, em 24 de agosto de 2018, com Parecer 
nº 2.830.452/18. Posteriormente à sua aceitação, foram 
divulgados convites de participação aos estudantes dos 
cursos da área da saúde supracitados. Coletaram-se os dados 
durante o segundo semestre de 2018 e o primeiro de 2019. O 
questionário foi aplicado em salas de aula pelos examinadores,que deram orientações sobre o preenchimento e reforçaram 
a confidencialidade e os benefícios do projeto. Todos os 
participantes voluntários foram instruídos a preencher o Termo 
de Consentimento Livre e Esclarecido antes de responderem 
aos questionários. A computação e a análise quantitativa 
transversal com cruzamento de dados foram realizadas pelo 
grupo estatístico ESTAT. 
Já a etapa qualitativa foi realizada com dez estudantes: 
três de Psicologia, uma de Medicina, uma de Enfermagem e três 
de Fisioterapia. Nessa etapa da pesquisa, realizou-se uma análise 
da subjetividade dos participantes para verificar como avaliavam 
a experiência do uso de drogas e obter deles as opiniões, os 
sentimentos e os significados vinculados a essa temática. 
Para a realização do grupo focal, elaborou-se um roteiro 
com cinco tópicos, nos quais constavam questões norteadoras 
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA | 45 (3) : e175, 2021 4
DOI: https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.3-20200485João Borges Esteves Tovani et al.
sobre a interpretação do que é droga e o significado subjetivo do 
uso dela. Levantaram-se vivências, motivações, apreensões, bem 
como fatores de risco e de proteção, construção de identidade, 
benefícios e prejuízos do uso de psicotrópicos, iatrogenia dentro 
de cada curso e também preconceitos acerca do tema. Objetivou-
se, portanto, a significação desse uso para os estudantes, tendo o 
moderador o papel de encorajar os depoimentos e expressar os 
tópicos em forma de estímulos e questões abertas. 
Este artigo tem como foco a compreensão dos 
resultados da análise descritiva bivariada dos dados e a análise 
da significação do uso de drogas pelos universitários. Na 
parte quantitativa, calcularam-se as porcentagens de uso na 
vida, no último ano e no último mês para cada droga, além 
da prevalência desse consumo pelas categorias gênero/sexo, 
anos de curso e curso da área da saúde. Para a representação 
desses valores, utilizaram-se tabelas com todos percentuais, e, 
para os critérios de discussão, compararam-se resultados dos 
estudantes do UniCeub com os dados da Secretaria Nacional de 
Políticas sobre Drogas1. 
Na parte qualitativa, para uma melhor compreensão da 
subjetividade dos participantes da pesquisa, foi elaborada uma 
análise do discurso, fundamentada na teoria psicanalítica. O 
discurso consiste em uma prática de linguagem e expressão, e sua 
análise busca ampliar a compreensão acerca de como o homem 
significa o que está à sua volta e em si mesmo. Assim, a análise 
do discurso considera que, ao comunicar algo, a pessoa promove 
uma significação do que é dito. Logo, cabe ao pesquisador 
desvendar o sentido empregado pelo sujeito em sua fala.
RESULTADO
Análise descritiva bivariada
Com base na Tabela 1, percebe-se que as drogas mais 
utilizadas durante a vida por estudantes da área da saúde do 
UniCeub foram: álcool (90,16%), tabaco (45,19%), maconha 
(39,56%), inalantes e solventes (17,05%) e tranquilizantes 
(14,57%). Nos últimos 12 meses antes da aplicação do 
questionário, as substâncias mais consumidas foram: álcool 
(78,60%), tabaco (32,89%), maconha (27,52%), tranquilizantes 
(11,71%) e ecstasy (9,98%). Em relação aos últimos 30 dias, 
o maior consumo foi de: álcool (64,63%), tabaco (29,59%), 
maconha (23,11%), tranquilizantes (11,41%) e ecstasy (7,69%). 
Diferenças aparentes do uso de substâncias psicoativas 
foram observadas conforme o gênero/sexo do universitário. Os 
homens consumiram mais álcool na vida e nos últimos 30 dias 
que as mulheres. No entanto, existe pouca diferença para as 
medidas de uso nos últimos 12 meses. Já o uso de tabaco por 
universitários do sexo masculino foi mais elevado, tanto para 
o uso na vida quanto para o uso nos últimos 12 meses e nos 
últimos 30 dias (Tabela 2).
Tabela 1. Uso de substâncias psicotrópicas – geral.
Uso na 
vida (%)
Uso nos 
últimos 12 
meses (%)
Uso nos 
últimos 30 
dias (%)
Álcool 90,16 78,60 64,63
Produtos de tabaco 45,19 32,89 29,59
Maconha e derivados 39,56 27,52 23,11
Inalantes e solventes 17,05 6,37 4,44
Tranquilizantes e 
ansiolíticos 14,57 11,71 11,41
Alucinógenos 13,15 7,83 4,08
Ecstasy 12,51 9,98 7,69
Opióides 10,80 7,71 6,12
Drogas sintéticas 4,38 3,06 2,48
Codeína e derivados 4,38 2,33 2,21
Cocaína 3,52 1,37 0,91
Anfetamínicos 3,00 2,64 2,64
Esteroides 
anabolizantes 2,58 1,12 1,12
Chá de ayahuasca 2,73 1,88 1,88
Sedativos e 
barbitúricos 2,72 2,14 1,90
Cetamina 1,14 1,14 1,14
Anticolinérgicos 0,95 0,95 0,95
Heroína 0,56 0,56 0,56
Crack 0,37 0,37 0,37
Merla 0,36 0,36 0,36
As drogas mais consumidas na vida por homens foram: 
álcool (93,12%), tabaco (52,79%), maconha (48,75%), inalantes 
(21,73%), ecstasy (22,78%) e alucinógenos (21,51%). Entre as 
mulheres, as drogas mais usadas foram: álcool (89,43%), tabaco 
e derivados (42,90%), maconha (36,87%), tranquilizantes 
(16,54%) e inalantes (14,89%). Para o uso nos últimos 12 meses, 
as mais consumidas por homens foram: álcool (79,22%), tabaco 
e derivados (44,77%), maconha (36,36%), ecstasy (15,12%), 
alucinógenos (13,22%) e inalantes (9,52%). Já as mulheres, nos 
últimos 12 meses, consumiram mais: álcool (78,31%), tabaco 
(29,09%), maconha (25%), tranquilizantes (13,25%), ecstasy 
(8,82%) e alucinógenos (6,54%) (Tabela 2).
Em relação ao consumo nos últimos 30 dias, as substâncias 
mais consumidas por estudantes do sexo masculino foram: álcool 
(67,10%), tabaco (36,36%), maconha (30%), ecstasy (12,17%), 
alucinógenos (8,77%) e opiáceos (7,01%). Entre as mulheres, as 
mais relatadas foram: álcool (63,65%), tabaco (27,19%), maconha 
(21,02%), tranquilizantes (12,79%), ecstasy (6,60%), opiáceos 
(5,98%) e inalantes (4,14%). Além disso, constatou-se que o 
uso geral de drogas foi significativamente maior entre o sexo 
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masculino, exceto nas ocasiões de tranquilizantes e opiáceos 
em uso na vida e nos últimos 12 meses, em que o sexo feminino 
sobressaiu (Tabela 2). 
A partir da Tabela 3, percebe-se que o consumo de álcool 
entre os universitários da área da saúde foi maior entre alunos 
do primeiro (78,9%), segundo (86,24%) e terceiro (78,80%) anos 
da faculdade, isto é, no início do curso. Os estudantes fizeram 
menor uso de álcool na categoria “outros anos” (71,43%), 
seguida pelo sexto (76,92%) e quinto anos (68,18%) de curso. 
Já o uso de tabaco foi mais elevado entre universitários de 
outros anos da faculdade (50%), seguido pelo quinto (45,45%) 
e segundo anos (38,04%) (Tabela 3).
O uso de maconha foi maior no quinto ano (45,45%) da 
faculdade, seguido pelo segundo ano (35,48%). Os estudantes 
do início e do final do curso foram os que fizeram menor 
uso dessa droga, e 18,18% dos universitários do sexto ano 
e 29,85% dos estudantes do primeiro ano tiveram o mesmo 
índice.  O consumo de tranquilizantes e ansiolíticos foi maior 
no quinto ano da faculdade (26,67%), seguido pelo índice de 
“outros anos” (25%). Os alunos do terceiro (8,22%) e quarto 
anos (8,49%) foram os que fizeram menor uso de ansiolíticos 
e tranquilizantes.  Já o consumo de ecstasy foi maior entre os 
estudantes do quinto ano (18,52%) e terceiro anos (12,59%), 
sendo menor entre alunos do primeiro (7,41%) e quarto anos 
(7,41%) (Tabela 3).
Na Tabela 4, percebe-se que as drogas mais usadas por 
universitários da área da saúde ao longo da vida foram: álcool, 
tabaco, maconha, inalantes, alucinógenos, tranquilizantes e 
ansiolíticos. Entre os cursos do UniCeub, o que apresentou 
maior índice de consumo de álcool na vida foi o de Psicologia 
(94,71%), seguido pelo de Nutrição (92,62%) e Medicina 
(92,45%). As áreas que apresentaram menor uso de álcool 
foram Fisioterapia (82,43%) e Enfermagem (83,12%). Percebeu-
se um alto percentual de consumo uso dessa substância pelos 
universitários de todos os cursos (Tabela 4).
No que diz respeito ao consumo em vida de tabaco, os 
alunos do curso de Nutriçãoforam os que fizeram maior uso, 
seguidos por estudantes de Psicologia (47,58%), Fisioterapia 
(41,89%), Medicina (39,87%) e Enfermagem (38,85%). Em 
relação ao uso de maconha ao longo da vida, os maiores índices 
foram dos cursos de Nutrição (46,34%) e de Psicologia (46,26%), 
com valores muito próximos. Os universitários do curso de 
Tabela 2. Uso de substâncias psicotrópicas por gênero/sexo.
Uso na vida (%) Uso nos últimos 12 meses (%) Uso nos últimos 30 dias (%)
♀ ♂ ♀ ♂ ♀ ♂
Álcool 89,43 93,12 78,31 79,22 63,65 67,10
Produtos de tabaco 42,90 52,79 29,08 44,77 27,19 36,36
Maconha e derivados 36,87 48,75 25,00 36,36 21,02 30,00
Inalantes e solventes 14,89 21,73 5,22 9,52 4,14 5,04
Tranquilizantes e ansiolíticos 16,54 8,22 13,25 6,95 12,79 6,95
Alucinógenos 10,57 21,51 6,54 13,22 2,88 8,77
Ecstasy 9,54 22,78 8,82 15,12 6,60 12,17
Opióides 11,64 6,91 7,88 7,62 5,98 7,01
Drogas sintéticas 3,78 6,83 3,03 3,41 1,98 4,42
Tabela 3. Uso de substâncias psicotrópicas por ano de curso.
Uso na vida (%)
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano Outros anos
Álcool 78,90 86,24 78,80 75,40 68,18 76,92 71,43
Produtos de tabaco 29,85 38,04 32,50 31,53 45,45 18,18 50,00
Maconha e derivados 23,00 35,48 28,40 26,61 34,38 18,18 28,57
Inalantes e solventes 4,62 6,82 6,08 7,89 6,67 15,38 12,50
Tranquilizantes e ansiolíticos 15,05 9,52 8,22 8,49 26,67 - 25,00
Alucinógenos 4,79 11,90 8,90 7,41 10,71 - 25,00
Ecstasy 7,41 12,05 12,59 7,41 18,52 7,69 15,50
Opióides 8,06 3,53 8,45 4,63 23,33 8,33 14,29
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Enfermagem (29,30%) foram os que fizeram menor uso dessa 
substância (Tabela 4).
Outras drogas de elevado consumo, os alucinógenos, 
foram mais utilizados ao longo da vida por estudantes de 
Fisioterapia (18,31%) e de Psicologia (15,18%) do UniCeub. Além 
desse psicotrópico, o consumo de tranquilizantes e ansiolíticos 
demonstrou ser comum entre os estudantes dos cursos da 
área da saúde. Os alunos de Enfermagem (21,52%) e Psicologia 
(17,49%) foram os que fizeram maior consumo dessas drogas, 
enquanto os discentes de Fisioterapia apresentaram o menor 
índice de consumo dessa substância (5,56%).
Além disso, os psicotrópicos mais usados por estudantes 
dos cursos da área da saúde do UniCeub no último mês foram: 
álcool, tabaco, maconha, tranquilizantes e ansiolíticos. Os 
alunos do curso de Medicina (69,22%) fizeram maior consumo 
de álcool nos últimos 30 dias, seguidos pelos estudantes de 
Psicologia (68,01%), Nutrição (65,80%) e Fisioterapia (62,86%).
Em relação ao uso de tabaco, os estudantes de Fisioterapia 
(35,08%) foram os que mais o consumiram nos últimos 30 dias, 
seguidos por alunos de Nutrição (34,26%). Os universitários que 
fizeram menor uso tabaco foram os de Enfermagem (26,31%). 
No que diz respeito ao consumo de maconha nos últimos 
30 dias, os alunos de Psicologia (30,52%) fizeram maior uso, 
seguidos por estudantes de Fisioterapia (24,08%). Medicina 
(16,40%) foi o curso que obteve menor percentual de consumo 
dessa droga. Por fim, o uso de tranquilizantes e ansiolíticos 
nos últimos 30 dias foi mais prevalente entre estudantes de 
Enfermagem (14,15%) e, em seguida, de Psicologia (13,64%).
Como critério de comparação, os dados de consumo de 
psicotrópicos pelos universitários dos cursos da área da saúde 
do UniCeub foram contrapostos aos índices de consumo de 
drogas por discentes de outras localidades do Brasil1.
UniCeub (Tabela 4) versus universidades das 27 
capitais brasileiras 
Quando se comparou o consumo de psicotrópicos por 
estudantes de cursos da saúde do UniCeub ao longo da vida 
(Tabela 4) com os dados do I levantamento nacional sobre o 
uso de álcool, tabaco e outras drogas entre universitários das 27 
capitais brasileiras1, percebeu-se que álcool, ecstasy, maconha e 
alucinógenos foram mais consumidos por alunos dos cursos da 
saúde do UniCeub.
A média do uso em vida de álcool entre os universitários 
das 27 capitais foi de 86,2%1, sendo o índice de consumo dessa 
Tabela 4. Uso de substâncias psicotrópicas por curso da saúde.
Nutrição Fisioterapia Enfermagem Psicologia Medicina
Vida Mês Vida Mês Vida Mês Vida Mês Vida Mês
Álcool 92,62 65,80 82,43 62,86 83,12 54,22 94,71 68,01 92,45 69,22
Produtos de tabaco 52,72 34,26 41,89 35,08 38,85 26,31 47,58 61,60 39,87 23,02
Maconha e derivados 46,34 22,43 38,89 24,08 29,30 18,02 46,26 30,52 35,22 16,40
Inalantes e solventes 20,33 3,77 17,81 1,96 10,13 5,71 18,50 4,44 18,99 4,96
Tranquilizantes e ansiolíticos 13,93 8,50 5,56 10,00 21,52 14,15 17,49 13,64 8,77 8,77
Alucinógenos 14,05 3,77 18,31 8,16 13,29 4,95 15,18 4,57 7,05 0,93
Ecstasy 15,83 7,62 14,08 14,26 8,23 6,73 14,86 8,04 14,86 5,26
Opióides 8,20 4,67 13,70 9,61 20,51 11,54 8,11 5,37 5,70 1,85
Drogas sintéticas 5,83 4,08 6,94 6,25 3,23 1,09 5,33 1,76 1,90 0,92
Codeína e derivados 1,03 1,03 12,68 9,80 6,37 3,45 4,07 0,65 1,90 0,93
Cocaína 1,64 0,96 4,11 2,00 5,70 2,83 4,87 - 0,63 -
Anfetamínicos 5,79 3,88 1,39 2,04 4,49 3,12 3,12 3,12 0,92 0,92
Esteroides anabolizantes 3,28 1,92 4,17 2,00 1,90 - 17,49 1,16 3,16 0,91
Chá de ayahuasca 2,50 1,96 2,82 2,08 3,77 3,00 2,68 1,16 1,92 1,85
Sedativos e barbitúricos 2,46 1,90 2,08 2,08 5,73 5,15 2,68 0,60 0,63 0,92
Cetamina 0,95 09,5 2,08 2,08 1,27 2,04 1,18 1,18 0,64 -
Anticolinérgicos 1,92 1,92 2,04 2,04 1,90 2,06 0,45 - - -
Heroína 0,96 0,96 2,04 2,04 - - 0,59 0,59 - -
Crack 0,95 0,95 2,08 2,08 - - 0,45 - - -
Merla 0,95 0,95 2,00 2,00 - - - - - -
Lê-se “vida” como uso na vida e “mês” como uso nos últimos 30 dias.
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droga por universitários de Nutrição, Fisioterapia, Enfermagem, 
Psicologia e Medicina do UniCeub superior à média nacional. 
Quanto ao tabaco, o consumo foi de 46,7% entre universitários 
das 27 capitais1, colocando a média de consumo entre 
universitários de Nutrição e Psicologia do UniCeub superior à 
média brasileira. Já o uso de maconha foi mais prevalente entre 
universitários de todos os cursos da área de saúde do UniCeub. 
O consumo dessa foi de 26,1% no estudo em comparação1.
No que diz respeito ao uso de ecstasy e alucinógenos 
na vida, enquanto a média de uso dos universitários 
brasileiros é de 7,5% e 7,6%, respectivamente1, o consumo 
realizado por estudantes da área da saúde do UniCeub foi 
significativamente maior, excetuando o índice de uso de 
alucinógenos por estudantes de Medicina, que ficou dentro 
da média das capitais brasileiras. Além disso, percebeu-se 
que o consumo de tranquilizantes e ansiolíticos foi maior nos 
cursos de Nutrição, Enfermagem e Psicologia do UniCeub ao 
longo da vida. Nas 27 capitais brasileiras, o índice de consumo 
dessas substâncias foi de 12,40%1.
Quando se compararam os índices de consumo de 
drogas no último mês por estudantes da área da saúde do 
UniCeub com dados das 27 capitais1, percebeu-se que o uso 
de álcool, tabaco, maconha, ansiolíticos e tranquilizantes foi 
superior entre os alunos do UniCeub. O consumo de álcool por 
universitários no Brasil foi de 60,5%. O único curso do UniCeub 
cujo índice de uso dessa substância foi menor nos últimos 30 
dias foi o de Enfermagem. 
Em relação ao consumo de tabaco, maconha, 
tranquilizantes e ansiolíticos por universitários nos últimos 
30 dias, constatou-se que os universitários da área da saúde 
do UniCeub fizeram maior uso dessas substâncias que os 
universitários das 27 capitais1. Ao longo do território brasileiro, 
o índice de consumo de tabaco foi de 21,6%; o de maconha, de 
9,1%, e o de tranquilizantes e ansiolíticos, de 5,8%. 
Grupo focal
O uso de drogas como escape ao sofrimento humano: um 
pedido de socorro silencioso
Para a psicanálise, o sofrimento é compreendido 
como aquilo que atormenta o ser humano, gera angústia e 
frustração. Representado pela falta, o sofrimentoé inerente aos 
seres humanos32, e, como forma de lidar com ele, as pessoas 
desenvolvem mecanismos de alívio psíquico, forjando objetos 
de gozo, os quais buscam recolocar a falta. Entre os mecanismos 
de alívio do sofrimento, encontram-se a busca pela satisfação 
irrestrita e a fuga do desprazer24. 
O abuso e o uso de substâncias psicoativas são 
compreendidos tanto como forma de maximização do prazer 
como de fuga do sofrimento psíquico. Ao alterarem a química 
do corpo, gerarem sensações prazerosas e modificarem as 
condições de sensibilidade, as drogas permitem que o sujeito 
se afaste das pressões da realidade e encontre refúgio em um 
mundo próprio, o que pode ser percebido nas seguintes falas 
dos participantes:
A realidade é o horrível, as drogas me ajudam a lidar 
[...] me ajudam a enfrentar a realidade (P2). 
Maconha melhorou meu desempenho, minha 
ansiedade e depressão [...] me ajuda [...] faço uso diário 
[...] pra mim ajuda muito (P3). 
O efeito [do tabaco] me desperta [...] por mais que 
minha pressão abaixe (P1).
Quando se analisam esses relatos, percebe-se que o uso 
de drogas serve não apenas como meio de afastar os sujeitos do 
sofrimento, mas também traz um efeito letárgico, provoca uma 
apatia que faz com que a pessoa sinta a ilusão de que a ansiedade 
foi eliminada. Entretanto, apesar de os tóxicos assumirem uma 
função de alento perante o mal-estar, o recalcado sempre 
retorna, revelando uma subjetividade “deprimida” pelo excesso 
de objetos de gozo, que suprime também o desejo e a esperança, 
visto que a falta não é de fato suprida27.
No caso dos universitários da área da saúde, percebeu-
se que o mal-estar vivido por eles se encontra vinculado a 
uma intensa demanda por um desempenho acadêmico de 
excelência. Assim, o consumo de psicotrópicos serve como 
forma de alívio de sofrimento e como meio de melhora do 
desempenho acadêmico: 
Na área da saúde [o uso de substâncias] é maior que nos 
outros cursos [...] provavelmente porque mexemos com 
vidas e é um mecanismo para aliviar o estresse (E1).
É muito difícil você se manter na Medicina sem 
remédios, é muito pesado (F1).
Medicina de longe é o curso da saúde que mais usa 
psicotrópicos, usam muitos remédios para estudar (F1).
Com base nessas falas, constata-se que os estudantes 
falaram abertamente de suas experiências pessoais em relação 
ao uso de drogas. Relataram que, no curso de Medicina, a 
demanda por excelência acadêmica é ainda maior que nos 
demais cursos da área da saúde, o que provavelmente provoca 
um maior uso de psicotrópico. Apontaram ainda que os cursos 
da área da saúde tendem a usar mais substâncias que os outros, 
pela maior facilidade de acesso a drogas, pela pressão de lidar 
com outros seres humanos em sua futura área de trabalho 
e pelo ritmo desgastante e estressor desses cursos. Nota-
se também que, apesar de os participantes relatarem suas 
vivências pessoais em relação ao uso de substâncias psicoativas, 
eles não revelaram um sofrimento explícito, não choraram nem 
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demonstraram emoção ao falarem sobre a temática durante 
a reunião do grupo focal. Compreende-se que houve uma 
racionalização do sofrimento como um mecanismo defensivo, 
a partir do qual o indivíduo evita entrar em contato com o 
sofrimento e o fracasso em lidar com a realidade.
O uso de psicotrópicos por estudantes da área da saúde: da 
satisfação narcísica à necessidade de inserção social
Para a psicanálise, apesar de o homem ter um papel de 
protagonista na construção de si mesmo, a constituição dos 
sujeitos é perpassada pelo contexto sociocultural24,25. No caso, 
a constituição da sociedade atual é pautada por um modo de 
produção capitalista, em que os valores vigentes são ligados ao 
desenvolvimento de competências individuais para o alcance 
de posições de sucesso26. Esse sistema repousa em uma 
compulsão pelo trabalho e em uma renúncia ao instinto, o que, 
inevitavelmente, leva à “frustração”.
Enquadrada nesse modelo, a satisfação das pessoas 
tende a ser de natureza narcísica, repousa no orgulho pelo 
que já foi alcançado com êxito26. Essa questão é percebida no 
relato dos estudantes à medida que eles demonstram grande 
preocupação em apresentar um bom desempenho acadêmico, 
isto é, enxergam a aprovação acadêmica como algo de que 
devem se orgulhar, o que torna essa busca por notas boas um 
elemento motivador para o uso de drogas.
Apesar da constante fuga do sofrimento por meio do uso 
de psicotrópicos, é necessário que o indivíduo lide com uma 
determinada dose de sofrimento e frustração para a constituição 
da maturidade e de sua subjetividade. Há uma diferença entre 
sofrimento criativo e sofrimento patogênico: no primeiro, a 
pessoa elabora estratégias criativas e críticas para lidar com a dor; 
já o segundo é caracterizado por um sofrimento que gera uma 
solução desfavorável à saúde, isto é, o sujeito já esgotou todos 
os recursos defensivos e se encontra em vias de adoecimento33.
Você tem que estar bem para transmitir melhora para 
o paciente (F3). 
Fico meio decepcionada comigo mesma, porque [usar 
psicotrópicos] não é o que indico para os outros [...], 
mas ao mesmo tempo, sem eles não consigo ficar bem 
e manter meu desempenho na faculdade (P1).
Nota-se que, em especial nos cursos da área da saúde, 
em que os futuros profissionais serão os responsáveis pela 
propagação de informações relacionadas aos efeitos das 
drogas e à dependência química, o manuseio de psicotrópicos 
é preocupantemente prevalente4,6. Essa situação reflete 
uma quebra de modelos, em que os próprios profissionais 
acolhedores e orientadores sobre o uso de substâncias as 
utilizam de forma indevida26,34.
Além da fuga do sofrimento, o consumo de drogas 
encontra-se muito vinculado à fase de desenvolvimento em que 
a maior parte dos universitários se encontra. A juventude é uma 
fase marcada por processos subjetivos que visam suprimir as 
falhas inerentes à estrutura social de atribuir à pessoa um lugar de 
harmonia com sua condição de ser desejante15. Sendo assim, o ciclo 
social torna-se muito importante para o desenvolvimento psíquico 
dos jovens. Nas horas de lazer, é comum que os universitários 
realizem atividades em grupo com os amigos38. Nessas atividades, 
a maior parte do tempo é despendida em idas a bares ou festas, 
em que o uso de álcool e outras drogas é frequente. Assim, os 
estudantes influenciam-se mutualmente em termos de consumir 
psicotrópicos, o que pode ser constatado pelas seguintes falas:
O uso de drogas está diretamente relacionado ao 
contexto social (P1). 
Droga interfere positivamente na socialização [...] 
as pessoas se sentem mais à vontade e aturam as 
pessoas, mesmo de quem não gostam (P2). 
A cada dez amigos, oito usam alguma coisa [...] é muito 
raro alguém nunca ter usado drogas. Se você não usa, 
você é visto como careta, chato... não te aceitam se 
você não usar (E1).
A partir do grupo focal, percebe-se a droga como 
amálgama das relações interpessoais dos universitários, 
atuando como facilitadora de interação social. Além de os 
estudantes afirmarem que o uso de psicotrópicos proporciona 
um sentimento de pertencimento, eles apontaram que o não 
uso de psicotrópicos pode ter papel de exclusão grupal. 
Significação do uso de psicotrópicos para os universitários 
da área da saúde
No que diz respeito à compreensão dos universitários 
do que seriam drogas, apesar de todos os participantes serem 
de cursos da área da saúde, eles demonstraram ter pouco 
conhecimento da cientificidade do efeito farmacológico 
das drogas. As falas demonstraram que eles são leigos, não 
conhecem em profundidade a epidemiologia e os impactos 
dos alucinógenos, anabolizantes, tranquilizantes e ansiolíticos, 
nem a função de cada psicotrópico.
Apesar de não se aprofundarem nessa visão tecnicista, 
foi destacado o aspecto subjetivo do uso de drogas. Elesressaltaram a inevitabilidade e o aprisionamento dos 
psicotrópicos, bem como propuseram uma concepção dual 
acerca as drogas: podem ser usadas de forma recreativa ou 
medicamentosa, de forma benéfica ou maléfica. Essas questões 
podem ser observadas nas seguintes falas: 
Droga é tudo aquilo que altera seu sistema, altera sua 
forma de pensar, falar e agir (E1). 
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Psicotrópicos representam necessidade, fuga, 
morte, depressão, felicidade, algo passageiro, inútil, 
destrutivo (P2). 
Acho que ninguém é “normal” [...] ninguém é livre 
de nenhuma substância. O uso de substâncias tem 
dois lados [...]. Vício é todo excesso, é a incapacidade 
de parar [...] às vezes você não está viciado, mas seu 
corpo está (P3).
Em relação ao consumo de drogas ilícitas, os universitários 
relativizaram os efeitos delas quando comparados aos das 
lícitas. Negaram uma associação direta entre a licitude e a 
gravidade das substâncias psicoativas. Além disso, constataram 
a facilidade do acesso a psicotrópicos proibidos pela lei. Eles 
acrescentaram a ineficácia da guerra às drogas e das atuais 
políticas públicas do Brasil, pronunciando uma necessidade de 
as drogas ilegais deixarem de ser estigmatizadas, o que pode 
ser percebido nas seguintes falas: 
[...] [o usuário] consegue drogas em qualquer lugar [...] 
é muito acessível (P2). 
No Brasil, como a gente proíbe tudo, não sabemos o 
que estamos tomando [quando se acessam drogas 
ilegalmente] (P1).
[...] [o uso de drogas] é uma questão de saúde pública 
e está tratado como questão de violência. A primeira 
coisa [que devemos fazer quanto ao manejo de 
psicotrópicos] é descartar o preconceito [...] (P3).
Em oposição à facilidade de acesso às drogas, constatou-
se que um dos principais mecanismos despertadores da 
curiosidade dos jovens quanto à experimentação de drogas 
é o tabu. Os participantes relataram que a temática do uso 
de drogas é pouco discutida nos âmbitos familiar, escolar e 
universitário de maneira ampla, neutra e não estigmatizante. 
Revelaram que as instruções dadas a eles geralmente são de 
repressão e negação ao uso de psicotrópicos. Entretanto, por 
não conversarem sobre o tema, não conheceram os efeitos 
dos psicotrópicos, e esse contexto acabaria por fortalecer um 
comportamento de rebeldia e curiosidade.
CONCLUSÃO
Assim como apontado anteriormente, a pesquisa teve 
por objetivo analisar a prevalência do consumo de psicotrópicos 
por universitários da área da saúde, bem como compreender 
o significado subjetivo do uso de drogas por esses estudantes. 
No que diz respeito ao primeiro objetivo, percebeu-se que os 
psicotrópicos mais consumidos por universitários de Psicologia, 
Medicina, Nutrição, Enfermagem e Fisioterapia foram: álcool, 
tabaco, maconha, tranquilizantes e ansiolíticos. Verificou-se que, 
em comparação com outros cursos, Psicologia liderou o usou 
drogas em geral, seguida por Nutrição e Medicina. Além disso, os 
estudantes de Enfermagem fizeram maior uso isolado de ecstasy. 
Nutrição liderou o consumo de tabaco em vida e no último ano, 
ficando em segundo lugar no último mês, atrás de fisioterapia. 
Por meio do grupo focal, percebeu-se, como motor do 
elevado índice de uso de drogas, que os psicotrópicos são tidos 
como meio de fuga do sofrimento e maximização do prazer, 
bem como amálgama das relações sociais e meio de buscar um 
desempenho acadêmico de excelência entre universitários da 
saúde. No que diz respeito a essa última questão, os universitários 
ponderaram que o uso de psicotrópicos seria ainda maior no 
curso de Medicina, visto que os estudantes desse curso seriam 
mais pressionados a apresentar desempenho de excelência. 
Essa hipótese não foi corroborada, visto que Medicina se 
apresentou como terceiro curso com índice mais elevado de 
uso de drogas. Entretanto, os estudantes de Medicina foram 
os que mais consumiram álcool no último mês, o que pode 
estar relacionado com o ambiente estressor inerente ao meio 
acadêmico desse curso.
De modo geral, os dados da pesquisa revelaram um alto 
índice de consumo de drogas entre universitários da saúde, 
condição que revela o sofrimento psíquico dos usuários e reflete 
uma subversão de papéis, em que os futuros profissionais 
promotores da saúde fazem uso exacerbado de psicotrópicos. 
Identificou-se também uma demanda silenciosa dos 
universitários por aporte e auxílio em termos de dependência 
das drogas, além de exigências específicas da formação centrada 
no cuidado humano, o que justifica a necessidade específica 
de atuação sobre essa população. Ressalta-se uma marcante 
necessidade de novas pesquisas epidemiológicas e analíticas a 
respeito do tema, a fim de suprir a escassez de estudos recentes, 
mas principalmente para que seja possível o levantamento de 
políticas públicas preventivas quanto ao uso comprometedor de 
substâncias psicotrópicas por universitários da área da saúde.
Com base nos dados apontados, pode-se afirmar 
que o objetivo principal da pesquisa foi alcançado. O estudo 
contribui para a área de debates acerca da temática, identifica 
a população de risco para o uso de psicotrópicos na área de 
saúde, bem como analisa a influência do uso recreativo ou 
vicioso de drogas na qualidade de vida e produtividade 
dos estudantes. Entretanto, há limitações que merecem ser 
destacadas, visto que apontam para questões que podem ser 
mais bem desenvolvidas em pesquisas futuras. Entre essas 
limitações, encontra-se a dificuldade de generalização dos 
resultados encontrados. A pesquisa foi conduzida em uma 
única universidade. Assim, apesar de a amostra de participantes 
ter sido significativa dentro da instituição em que a pesquisa foi 
realizada, os índices de consumo de psicotrópicos podem ser 
alterados conforme o contexto sociocultural e a universidade 
dos estudantes da área da saúde.
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Além disso, percebeu-se que, em comparação à média 
nacional1, o uso geral de drogas, principalmente álcool, tabaco, 
maconha, tranquilizantes e ansiolíticos, foi maior entre os 
universitários da área da saúde da universidade em que a 
pesquisa foi realizada. É possível que essa diferença significativa 
se deva à disparidade temporal em que os estudos foram 
realizados. Assim como mencionado anteriormente, há um hiato 
temporal entre as pesquisas comparativas e o presente estudo.
CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES
João Borges Esteves Tovani e Luísa Jobim Santi realizaram 
a revisão bibliográfica acerca do uso de psicotrópicos por 
universitários da área da saúde, bem como efetuaram a 
aplicação de questionários e análise dos dados obtidos por meio 
da pesquisa. Além disso, em parceria com Eliana Villar Trindade, 
conduziram um grupo focal e analisaram os dados obtidos por 
meio desse encontro. Eliana Villar Trindade orientou os demais 
pesquisadores durante o processo de coleta e análise de dados, 
bem como na elaboração do artigo.
CONFLITO DE INTERESSES
Declaramos não haver conflito de interesses.
FINANCIAMENTO
Declaramos não haver financiamento.
REFERÊNCIAS
1. Andrade AG, Duarte PCAV, Oliveira LG. I levantamento nacional 
sobre o uso de álcool, tabaco e outras drogas entre universitários 
das 27 capitais brasileiras. Brasília: Secretaria Nacional de Políticas 
sobre Drogas; 2010. 
2. Chiapetti N, Serbena CA. Uso de álcool, tabaco e drogas por estudantes 
da área da saúde de uma universidade de Curitiba. Psicol Reflex Crit. 
2007;20:303-13.
3. Coutinho MPL, Araújo LF, Gontiès B. Uso da maconha e suas 
representações sociais: estudo comparativoentre universitários. Psicol 
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