Mitre: a mudança na posição tardia, mas necessária, de Lula sobre a Venezuela | Band

Mitre: a mudança na posição tardia, mas necessária, de Lula sobre a Venezuela

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

Nicolás Maduro tem o controle da organização, do funcionamento e da fiscalização de todo o sistema eleitoral do país. Tudo isso na mão dele. Mas tem mais: ele não admite candidatura que possa representar algum perigo, nada de nomes competitivos. 

Depois de impedida a candidatura de Maria Corina Machado, sua substituta também não conseguiu registro. Outra candidatura barrada. 

A situação só piora - provocando agora a reação do presidente Lula, que saiu de sua condição de velho aliado para dizer que é grave o que acontece na Venezuela, depois daquela nota do Itamaraty abrindo o espaço para a crítica brasileira a essas ações da ditadura de Maduro. É pouco, mas vai marcando uma nova posição. 

Não dava mais para o governo brasileiro continuar fechando os olhos ou sendo complacente com as mazelas que acontecem na Venezuela. A fala de Lula depois da nota do Itamaraty continua sendo o mínimo a ser feito. Mas marca uma nova fase na relação com o regime de Maduro.