O ator Philip Seymour Hoffman (1967-2014) foi homenageado por sua irmã no aniversário de 10 anos da morte dele. A enfermeira Emily Anne Barr publicou um artigo na revista The Paris Review lembrando de sua relação com o astro e da infância difícil dos dois, celebrando ainda os feitos artísticos do irmão em sua breve carreira.
Hoffman morreu em 2014, em decorrência de uma overdose acidental de drogas. Ele deixou o filho Cooper (21 anos) e as filhas Tallulah (17 anos) e Willa (15 anos). O trio era fruto do casamento do artista com a figurinista Mimi O’Donnell. Os dois haviam terminado poucos meses antes dele morrer. Em 2006 ele venceu o Oscar de melhor ator por seu trabalho em ‘Capote’ (2005).
Em seu texto, a irmã de Hoffman celebrou o carinho do ator, creditando a ele os empenhos que tiraram os dois “da casa caótica” na qual eles cresceram.
“Ele gostava de sentar do meu lado no sofá, abraçado comigo na rua e sempre me abraçar com tudo”, escreveu Emily Anne Barr.
“Nós crescemos como dois hamsters, fazendo os nossos ninhos em lençóis e livros. Nós nos apertávamos juntos, especialmente quando as coisas ficaram tensas e barulhentas. Inventávamos histórias que nos tiravam do caos da nossa casa, nos levavam para fortes em florestas, barcos no Lago Keuka ou passeando por aí para comer pizza como adultos”.
Outro trecho do texto diz: “Ele era uma pessoa amorosa. A forma como pulava e dançava por aí quando estava te chateando - mesmo quando você implorava para que ele parasse, ele apenas insistia em incomodar mais uma vez. Ele sabia que era errado, mas faria mesmo assim, e gargalhava até que você estivesse gargalhando também”.
Em maio de 2013, menos de um ano antes de sua morte, Hoffman chegou a passar um período de 10 dias internado em um centro de reabilitação para viciados em drogas. Aí, em fevereiro de 2014, ele foi encontrado sem vida em seu apartamento em Nova York, vítima de uma overdose fatal de heroína e medicamentos controlados.
Pessoas próximas ao ator contaram à imprensa internacional na época que ele vinha gastando US$ 10 mil por mês pela manutenção de seus vícios.
Assista a seguir ao discurso de Hoffman na cerimônia do Oscar de 2006 e, depois, ao trailer de ‘Capote’, produção que rendeu a ele o troféu: