Grazi Massafera ressignifica nudez e fala de relações abusivas
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Por — São Paulo

O tempo está escasso para Grazi Massafera. É no intervalo das gravações do remake de “Dona Beja”, primeira novela do streaming Max, que ela conversa, por telefone, com a equipe de ELA. “Estou exausta, trabalhando muito”, diz. Embora a estreia do folhetim esteja prevista só para o ano que vem, dar vida à cortesã eternizada por Maitê Proença nos anos 1980 tem tomado 12 horas por dia da vida da atriz, e é mais um desafio para a paranaense de 41 anos.

“É algo novo, um serviço de streaming fazendo novela. Ainda precisamos azeitar as coisas”, admite. O outro foi a personagem Eva, mãe que lida com acusações de agressão aos filhos no filme “Uma família feliz”, de José Eduardo Belmonte, em cartaz nos cinemas a partir de 4 de abril. “Na vida dela, as aparências são mais importantes do que a realidade, e a história mostra as consequências disso”, fala.

Grazi Massafera: 'Venho desmistificando a nudez para não caracterizá-la apenas como provocativa e sensual' — Foto: Pedro Perdigão
Grazi Massafera: 'Venho desmistificando a nudez para não caracterizá-la apenas como provocativa e sensual' — Foto: Pedro Perdigão

Neste ensaio, clicado em Juquehy, litoral norte de São Paulo, Grazi desmistifica o olhar sobre o próprio corpo e a nudez. “Para não caracterizá-la apenas como algo provocativo e sensual”, aponta. Nudez, aliás, não vai faltar em “Dona Beja”.

Mas Grazi tira de letra: está ansiosa para gravar uma das cenas mais marcantes da história, quando a protagonista surge nua em um cavalo. “É um dos maiores clássicos da novela original. Não tenho receio, desde que faça sentido para a personagem.” Grazi fala também da relação com a filha, Sofia, de 11 anos, do casamento com o ator Cauã Reymond e reflete sobre patrulha nas redes sociais, críticas ao trabalho como atriz e relações abusivas: “A mulher que nunca viveu algo assim, que levante a mão.” Confira a seguir:

CORPO LIVRE
"Venho desmistificando a nudez para não caracterizá-la apenas como provocativa e sensual. A cena no cavalo é um dos maiores clássicos de ‘Beja’ original. Tem nudez, sim. E parte da história da personagem é não se sujeitar às regras. O corpo feminino é libertador e não pode ser apenas sexualizado. Não tenho receio, desde que faça sentido para a personagem. Estou entregue e muito dedicada a ela.”

CRIAÇÃO MACHISTA
“Meu avô tinha medo de a minha mãe e as irmãs dela serem estupradas. Elas foram criadas para ter medo de homens e, por causa disso, cada uma teve seus problemas para se relacionar. Convivi com essa mulher extremamente machista. Eu precisava lavar louça e meus irmãos, não. Como era questionadora, me chamavam de preguiçosa. Depois que meus pais se separaram, ela se transformou. Não digo que em uma feminista, mas batalhadora, forte, e deu a volta por cima.”

Grazi fala sobre a importância da análise e da relação com a filha, Sofia — Foto: Pedro Perdigão
Grazi fala sobre a importância da análise e da relação com a filha, Sofia — Foto: Pedro Perdigão

A VIDA COM SOFIA
“Ser uma mãe melhor me move. Não sou coruja, mas sou pegajosa, adoro beijar (risos). Sofia exige minha presença na rotina, em levar e buscar na escola. Eu a deixo à vontade para ser o que quiser. As mulheres são pressionadas em relação à beleza, e ela é minha filha com Cauã. Sei que, no futuro, esse será um pacote com o qual ela terá que lidar.”

RELAÇÕES ABUSIVAS
“A mulher que nunca viveu algo assim, que levante a mão. No filme, Eva está no puerpério, e é chamada de louca. Como toda mulher colocada à prova, ela se questiona. Com os homens, não acontece, porque eles estão sempre com a razão.”

PATRULHA NAS REDES
"Não me incomoda porque é quase uma doença coletiva. Não tenho uma vida pessoal tão interessante assim e não fabrico coisas para alimentar isso. Estou solteira, mas sempre querem me casar com alguém. E inventam muito.”

A atriz afirma que a patrulha nas redes sociais não a incomoda 'porque é quase uma doença coletiva' — Foto: Pedro Perdigão
A atriz afirma que a patrulha nas redes sociais não a incomoda 'porque é quase uma doença coletiva' — Foto: Pedro Perdigão

CRÍTICAS
"Sou criticada desde que apareci. Mas é legal ter discernimento de quem você é e o que pode fazer. Saio do trabalho aliviada, porque estudo e me dedico. Sou intensa.”

IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE
“Faço desde os 25 anos, e é fundamental, principalmente, após a pandemia. Foi um período transformador e não deixei barato. Estou com uma analista fantástica que me provoca demais. Tenho encontrado e valorizado cada vez mais as mulheres. É uma forma de nos fortalecermos e continuar lutando por nossos direitos.”

'Faço análise desde os 25 anos, e é fundamental, principalmente, após a pandemia', fala Grazi Massafera — Foto: Pedro Perdigão
'Faço análise desde os 25 anos, e é fundamental, principalmente, após a pandemia', fala Grazi Massafera — Foto: Pedro Perdigão
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