Em show, filhos mostram que história de Simonal continua viva
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Em show, filhos mostram que história de Simonal continua viva

28 fev 2010 - 04h21
(atualizado em 11/3/2010 às 01h32)
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Chegou a São Paulo, na noite deste sábado (28), o show O Baile do Simonal, que relembra os principais sucessos do cantor, interpretados por seus dois filhos músicos, Wilson Simoninha e Max de Castro, além de convidados especiais.

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Max de Castro e Wilson Simonal durante show em São Paulo
Max de Castro e Wilson Simonal durante show em São Paulo
Foto: AgNews

Com um Citibank Hall cheio e acompanhados por mais sete músicos, a dupla atrasou em quase uma hora do horário marcado, mas foi bem recebida pelo público. Curiosamente, boa parte dele era composto de gente nova, ainda na casa dos 20 anos e que não acompanhou de perto a carreira de Simonal, sucesso nos anos 60 e 70. Mesmo sem saber cantar tudo, a atenção e o suingue tomou conta dos novos e velhos fãs.

Vestido todo de preto, com camisa e tênis brilhantes, Max de Castro comandou a guitarra em Mamãe Passou Açúcar em Mim, primeira música da noite. O irmão Simoninha, de óculos escuros, terno azul, camisa e tênis branco, só cantou.

Na sequência, Max tocou e cantou Carango, música que dá nome ao documentário lançado no ano passado, sobre a história de seu pai. Ninguém Sabe o Duro que Dei é parte do refrão da música, que foi cantada por um público ainda tímido.

A primeira grande reação do publico veio em Balanço Zona Sul. Ao trocar "do Leme ao Leblon" por "do Paraíso a Consolação", o público paulista soltou um grito em coro. Na sequencia, tocaram Mustang de Cor Sangue.

Mas os corpos só se mexeram mesmo na quinta música, quando Simoninha avisou: "agora vamos colocar a galera para pular". Em Zazueira, os dois irmão viram o suingue da música de Simonal contagiar a platéia, que cantou a música em coro.

Assim como fazia o pai, Max resolveu "testar" a audiência. Indo de um lado para o outro do palco, ele treinou a voz do público ao som do piano, para ver se conseguiam cantar Meu Limão, Meu Limoeiro. Durante os refrões da música, Max pedia para à platéia para subir e abaixar o tom e separando as vozes dos homens e das mulheres.

O repertório do show foi o mesmo do DVD gravado em agosto do ano passado no Rio de Janeiro. Os irmãos também cantaram Tributo a Martin Luther King, música composta por Simonal e Ronaldo Bôscoli, que fala sobre o orgulho de ser negro.

Alguns dos convidados do DVD - ao todo são 17 que cantam, com participação dos irmãos em apenas duas delas - também estiveram presentes no show. A primeira participação foi de Jair Rodrigues - que participou do show, mas não do DVD. Ovacionado pelo público, cantou duas músicas, incluindo Deixa Isso Pra Lá, de sua autoria.

Para manter o público cheio de vontade, Wilson Simoninha puxou Aqui é o País do Futebol. Antes de começar e em clima de brincadeira, ele agradeceu os jogadores do Once Caldas, clube colombiano que venceu o São Paulo esta semana. Em seguida, chamou as torcidas dos principais clubes paulistas para se manifestarem. Quando um santista, próximo do palco, gritou pelo seu time, Simoninha respondeu de brincadeira: "só você e o Jair".

O convidado seguinte foi Ed Motta. Também ovacionado pelo público e por Max, ele soltou a voz em Lobo Mau, música na qual participa no DVD.

Um dos grandes pontos altos da noite foi quando Ed cantou Fora da Lei, um de seus sucessos. Max tentou convencer o público de que seria um improviso, mas sem dar nenhuma ordem, a banda começou a tocar a música, levada perfeitamente em uma versão cheia de belas firulas, tanto na voz quanto nos instrumentos.

A banda voltou a formação normal e tocou Na Galha Do Cajueiro, antes de receber a terceira convidada, Fernanda Abreu. Ao lado de Max - o irmão participou só de metade do show, intercalando as músicas -, a carioca cantou A Tonga da Mironga do Kabuletê e Que Maravilha, com direito a coreografia empolgada com Max. De braços abertos, os dois rodopiaram juntos pelo palco durante o refrão.

Antes de seguir o show, Max pediu para a iluminação do palco ficar azul, criando o clima para cantar Vesti Azul. Ao terminar a música, chamou o último convidado da noite.

"Como diria aquele velho filósofo do Andaraí, Vamos fazer barulho, porra!", gritou. Foi o aviso para Marcelo D2 entrar no palco e emprestar sua voz para Nem Vem que Não Tem, com Max na guitarra. Ele ainda fez questão de mandar os parabéns para o filho Lucas, de 8 anos, que assistia o show com a família e ganhou um Parabéns pra Você da banda e do público. Ao final, ainda cantou Qual É?, um de seus sucessos recentes.

O show foi chegando ao fim, mas Pais Tropical levantou o coro do publico. Assim como foi inventado pelo pai, o refrão foi cantado só com algumas das sílabas e imitado pelo público, que dominou o som do último refrão da música.

Os irmãos agradeceram o público, os convidados e o Citibank Hall - este último, na mesma medida que agradeciam o próprio pai - e lembraram que o aniversário de Simonal também era comemorado, já que, se estivesse vivo, o pai teria completado 72 anos na última terça-feira (23).

No BIS, os irmão cantaram Sá Marina e dedicaram o show ao "mestre Sabá", músico que acompanhou Wilson Simonal em boa parte da carreira. Ao deixar o palco, os irmãos deixaram uma certeza: seja pela lembrança natural do público ou pelo resgate promovido por eles, o pai ainda é reconhecido como um dos grandes cantores da músicas brasileira.

Fonte: Redação Terra
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