O Portal da Hist�ria - D. Maria I

 

D. Maria I

 


D. Maria I

D. Maria I


Filha primog�nita de D. Jos� I. Foi aclamada rainha em Maio de 1777. Por sofrer de doen�a mental foi afastada dos neg�cios p�blicos em princ�pios de 1792, tendo o pr�ncipe D. Jo�o tomado conta do governo em nome de sua m�e at� 1799, ano em que passou a governar em seu pr�prio nome, com o t�tulo de Regente.

Nascida em 1734, recebeu logo o t�tulo de "Princesa da Beira", passando com a ascens�o ao trono do pai, em 1750, a ser chamada "Princesa do Brasil". Casou em 1760 com o seu tio D. Pedro de quem enviuvou.

A animosidade que sempre existiu entre os pr�ncipes do Brasil e o marqu�s de Pombal e o desejo deste de ver D. Maria renunciar ao trono em favor de seu filho D. Jos�, n�o permitiram � futura rainha que se familiarizasse com os assuntos pol�ticos. No entanto sente-se que tr�s preocupa��es absorveram o seu esp�rito desde os primeiros tempos do seu reinado: reparar as "ofensas" a Deus,  moralizar a vida p�blica e governar em certos campos de uma forma mais progressiva.

Perdoou aos criminosos do Estado que lhe pareceram dignos desse acto. Aceitou o pedido de escusa do marqu�s de Pombal de todos os seus cargos mas manteve-lhe os seus honor�rios de secret�rio de Estado.

Quando D. Maria subiu ao trono era delicada a nossa posi��o em pol�tica internacional: guerra com a Espanha no Brasil; situa��o dif�cil perante o conflito entre a Inglaterra e as col�nias americanas.  Em rela��o ao primeiro problema, procurou desde logo a rainha um entendimento com a Espanha, o que deu origem aos Tratados de Santo Ildefonso, de Outubro de 1777, tratado preliminar de delimita��o das zonas portuguesa e espanhola na Am�rica do Sul, e do Prado assinado em Mar�o de 1778.  A solu��o do segundo tornou-se mais dif�cil quando a Fran�a e a Espanha apoiaram as col�nias revoltadas. Na impossibilidade de tomar partido aberto por qualquer dos beligerantes procurou obter a neutralidade, o que aconteceu em Julho de 1782, com a assinatura da conven��o mar�tima com a R�ssia, e a aceita��o da Neutralidade Armada, n�o sem dificuldades que o governo portugu�s conseguiu vencer com certa diplomacia.

A actividade legislativa � not�vel, sobretudo no que diz respeito � gest�o econ�mica. Puseram-se restri��es ao monop�lio da Companhia do Vinho do Porto. Foi suprimida a Companhia do Gr�o-Par� e Maranh�o; criada a Junta da Administra��o de todas as f�bricas deste Reino e �guas Livres. Impulsionou novas manufacturas.  Assinou um tratado de amizade, navega��o e com�rcio com a R�ssia. A exporta��o do vinho do Porto desenvolveu-se largamente.

Tamb�m no seu tempo se deu um impulso � cultura tendo-se procedido � cria��o de numerosas institui��es, como: a Real Academia das Ci�ncias de Lisboa, Aula P�blica de Debucho e Desenho, no Porto, e a Aula R�gia de Desenho de Lisboa. Fundou a Academia Real de Marinha e a Real Biblioteca P�blica de Lisboa. Criou Hospitais no Brasil e na metr�pole. Criou a lotaria para alargar os servi�os da Miseric�rdia de Lisboa.

Uma das suas medidas mais importantes � a funda��o da Real Casa Pia de Lisboa, obra de Pina Manique.

 

Ficha geneal�gica:

D. Maria I nasceu em Lisboa, a 17 de Dezembro de 1734, recebendo o nome de baptismo de Maria Francisca Isabel Josefa Ant�nia Gertrudes Rita Joana, e faleceu no Rio de Janeiro, a 20 de Mar�o de 1816, estando sepultada na Bas�lica da Estrela.

Casou em 6 de Junho de 1760 com o seu tio, o infante D. Pedro, que era pr�ncipe do Brasil e veio a ser, pelo casamento, o rei consorte D. Pedro III.

Do casamento nasceram:

1. D. Jos�, pr�ncipe da Beira e duque de Bragan�a. Nasceu no Pa�o da Ajuda, em 20 de Agosto de 1761, e faleceu no mesmo Pa�o a 11 de Setembro de 1788; est� sepultado no Pante�o de S. Vicente de Fora. Casou com a tia D. Maria Francisca Benedita;

2. D. Jo�o, infante de Portugal. Nasceu e faleceu em 1763, sendo sepultado no mesmo pante�o);

3. D. Jo�o VI, que sucedeu no trono;

4. D. Maria Clementina. Nasceu em Lisboa, em 1774 e faleceu na mesma cidade em 1776, estando sepultada em S�o Vicente de Fora;

5. D. Maria Isabel. Nasceu em Queluz, em 23 de Dezembro de 1766, faleceu em Lisboa, em 1777, e jaz no mesmo pante�o;

6. D. Mariana Vit�ria Josefa. Nasceu em Queluz, a 15 de Dezembro de 1768; faleceu em Madrid, a 2 de Novembro de 1788). Casou com Gabriel Ant�nio Francisco Xavier de Bourbon, infante de Espanha, tendo havido descend�ncia.

 

 

Fontes:
Joel Serr�o (dir.)
Pequeno Dicion�rio de Hist�ria de Portugal,
Lisboa, Iniciativas Editoriais, 1976

Joaquim Ver�ssimo Serr�o
Hist�ria de Portugal, Volume VI: O Despotismo Iluminado (1750-1807),
Lisboa, Verbo, 1982

Caetano Beir�o
D. Maria I, 1777-1792. Subs�dios para a revis�o da Hist�ria do seu Reinado,
2.� ed., Lisboa, Empresa Nacional de Publicidade, 1934

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