D. MARIA I
(Primeira Rainha Reinante de Portugal)1734-1816
Primeira rainha reinante de Portugal, filha do rei D. Jos� I e de Dona Mariana Vit�ria de Bourbon, de seu nome completo Maria da Gl�ria Francisca Isabel Josefa Ant�nia Gertrudes Rita Joana, foi a mais velha de quatro irm�s. Muito religiosa e pouco atractiva, teve uma inf�ncia despreocupada dado a m�e ser uma espanhola amante do ar livre, de m�sica e de conviver. Maria Francisca casou com o tio D. Pedro e tiveram v�rios filhos tendo apenas sobrevivido D. Jos�, D. Jo�o (mais tarde rei, com o t�tulo de D. Jo�o VI) e D. Mariana. O seu reinado, depois de vinte anos com o pai no trono e com a pesada influ�ncia do Marqu�s de Pombal, n�o foi f�cil. A nova rainha deu ordem para que se soltassem todos os presos pol�ticos (mais de oitocentos) e com uma personalidade fraca e piedosa n�o teve uma ac��o governativa marcante. Por�m, o seu reinado viu realizarem-se obras de vulto como a Academia das Ci�ncias, a Real Academia da Marinha, a Real Biblioteca P�blica de Lisboa (mais tarde Biblioteca Nacional, quando mudou para Entre Campos), entre outras. A rainha, muito ligada aos problemas dos mais desprotegidos, reabriu as audi�ncias populares, interrompidas no tempo do pai. Era respeitada e amada e o marido esteve sempre do seu lado. Foi ele que comprou o pal�cio de Queluz onde viveram e, quando este morreu, em 1786, logo seguido do filho e herdeiro do trono, D. Jos�, em 1788, deixaram a rainha num estado que a levaria a manifesta��es de loucura. A ela se deve a edifica��o da Bas�lica da Estrela, riqu�ssima de esculturas e recheio, que merece uma demorada visita. Com a partida para o Brasil, em 1817, devido � invas�o de Portugal pelas tropas de Napole�o, as manifesta��es de loucura foram-se agudizando. Nem os mais famosos m�dicos do estrangeiro a curaram. De referir que a loucura era tamb�m heredit�ria em D. Maria I. Embarcou contrariada para o Brasil, onde faleceu aos oitenta e um anos. Os brasileiros n�o souberam que D. Maria I quis diminuir a pena de morte para pris�o perp�tua a Tiradentes, que assim foi executado, como eram os usos do tempo. Hoje �, muito justamente, um her�i nacional.
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