Biografia de Benito Mussolini - eBiografia

Benito Mussolini

Pol�tico italiano
Por Dilva Fraz�o
Biblioteconomista e professora

Biografia de Benito Mussolini

Benito Mussolini (1883-1945) foi um político italiano. Foi o líder do Partido Fascista, fundado em 1919, no final da Primeira Guerra Mundial. Foi professor e jornalista, escrevia para jornais de esquerda. Alistou-se no exército, chegando a patente de sargento. 

Em 1922, Mussolini organizou a "Marcha sobre Roma" e, com o apoio do rei Vítor Emanuel III, passou a organizar o gabinete governamental, no cargo de primeiro-ministro da Itália. Por meio de eleições fraudulentas, os fascistas ganharam a maioria do parlamento. Em 1925, Mussolini tornou-se "Duce" (o condutor supremo da Itália).

Infância e Juventude

Benito Amilcare Andrea Mussolini nasceu em Dovia de Predappio, na província de Forli, Itália, no dia 29 de julho de 1883. Era filho de Alessandro Mussolini, um ferreiro, socialista, e de Rosa Maltoni, professora primária. Em 1901, Mussolini formou-se professor de escola primária e começou a lecionar, mas seu interesse se voltou para a revolução.

Em 1902, foi morar na Suíça, fugindo do serviço militar, mas suas atividades esquerdistas causaram sua expulsão do país. Esteve em Trento, na Itália, então sob o domínio austríaco, onde foi novamente preso e expulso.

Nessa época, suas leituras filosóficas, especialmente as de Friedrich Nietzsche, haviam firmado sua crença na violência como elemento fundamental para a transformação da sociedade.

Partido Socialista

Em 1910, Mussolini foi nomeado secretário do Partido Socialista em Forli e começou a editar o jornal “A Luta de Classe”. Depois de liderar um movimento operário contra a guerra turco-italiana, foi condenado a cinco meses de prisão.

Em 1911, Mussolini se tornou um dos principais dirigentes socialistas da Itália. Entre 1912 passou a editar o jornal socialista “Avanti!”, órgão oficial do Partido Socialista, que sob sua direção aumentou muito a tiragem.

Em 1914, Benito Mussolini adotou inicialmente a linha do Partido Socialista, sustentando a neutralidade da Itália na Primeira Guerra Mundial. Aos poucos, passou a defender a França e o Reino Unido, e acabou sendo expulso do partido.

Fundou então o jornal "O Povo da Itália", no qual continuou a defender a entrada da Itália na guerra, e organizou o "Grupos de Ação Revolucionária". Em abril de 1915 voltou a ser preso.

Em 1916, depois que a Itália declarou guerra à Áustria, Mussolini foi convocado e alistou-se no exército, chegando a receber a patente de sargento, mas em 1917 foi gravemente ferido. Voltou a editar o jornal, cada vez mais violento no ataque aos socialistas.

Partido Nacional Fascista

Em 1919, Mussolini fundou o "Fasci di Combatimento" (Grupos de Combate), em Milão. O novo movimento, de ideologia socialista e nacionalista pregava a abolição do Senado, a instalação de uma nova constituinte e o controle das fábricas por operários e técnicos.

Em 1920 um movimento operário no norte da Itália foi inicialmente apoiado por Mussolini, que chegou a propor a seus líderes uma frente comum contra os patrões e os trabalhadores de extrema esquerda.

Rejeitada a proposta e contornada a situação pelo governo liberal, Mussolini capitalizou a seu favor o pânico da burguesia em relação ao comunismo, e o movimento recebeu vultosas contribuições.

Nessa época, surgiram as “Squadre d’Azione”, milícias anticomunistas, vistas com bons olhos tanto por liberais como por democratas-cristãos, então a maior força política da Itália.

Em 1921, Benito Mussolini foi eleito para o Parlamento e os “Fasci di Combatimento” passaram a se denominar "Partido Nacional Fascista".

Em 1922 uma milícia armada formada por cinquenta mil "camisas-negras" dirigiu-se para Roma para tomar o poder - foi a chamada "Marcha sobre Roma".

Mussolini
Marcha sobre Roma

Mussolini recebeu do rei Vittorio Emanuele III a incumbência de formar um novo governo, que em princípio, predominavam liberais e democratas-cristãos. O Parlamento conferiu a Mussolini plenos poderes.

Em 1923 foi criado o “Grande Conselho Fascista” e foram oficializadas as “Squadre d’Azione, com o nome de “Milizia Volontaria per la Sicurezza Nazionale.”

Em 1924, através de eleições fraudulentas, os fascistas ganharam a maioria no parlamento. O socialista Giacomo Matteotti denunciou a fraude e foi assassinado. No ano seguinte, Mussolini tornou-se “Duce” (o condutor supremo da Itália).

Mussolini e a Ditadura Fascista

Em 1925 estava instalada a "ditadura fascista na Itália" e o fascismo começava a mostrar sua verdadeira face. Mussolini se definia como reacionário, antiparlamentarista, antidemocrático, antiliberal e antissocialista.

Todas as formas de oposição foram suprimidas, os candidatos a postos eletivos passaram a ser indicados pelas associações fascistas, as corporações profissionais, diretamente controladas pelo governo, substituíram os sindicatos, os códigos judiciários foram revistos, e a polícia ganhou plenos poderes.

Após sofrer um atentado em 1926, fechou os jornais de oposição, e os outros partidos foram postos na ilegalidade e perseguiu seus líderes. Restaurou a pena de morte e criou tribunais especiais compostos por membros da milícia fascista. Um dos fundadores do Partido Comunista foi processado e preso.

Benito Mussolini era o "chefe supremo do Estado" e acumulava numerosas funções ministeriais. Em 1939 foi suprimida a Câmara dos Deputados e substituída por membros do "Grande Conselho".

Para sustentar o regime, os jovens deveriam pertencer mais ao estado do que à família. Havia organizações para crianças e adolescentes que, uniformizados, recebiam os ideais de patriotismo e obediência. Seu lema era: "Crer, obedecer e combater".

Em política externa, as aspirações de Mussolini foram limitadas na prática pelo reduzido poderio militar da Itália. Contudo, em 1927, ele estabeleceu um protetorado sobre a Albânia. Em 1935 invadiu a Etiópia, e em 1937 interveio na guerra Civil Espanhola, em apoio ao General Francisco Franco.

A Segunda Guerra e a Queda do Ditador

Durante a Segunda Guerra Mundial, a aliança de Mussolini com Adolf Hitler, decidida no auge das conquistas militares alemãs, permitiu-lhe incorporar parte do território da Iugoslávia. Porém, foi derrotado na Grécia em 1940 e na África em 1941. Com o desembarque dos aliados na Sicília teve sua liderança repudiada pelo Grande Conselho Fascista em 1943.

Destituído e preso, Mussolini foi libertado pelos alemães. Tentou manter-se no poder no norte da Itália, mas já desmoralizado e isolado foi preso por guerrilheiros italianos ao tentar fugir para a Suíça.

Benito Mussolini foi julgado sumariamente e fuzilado junto com sua amante, Claretta Petacci, em Dongo, Itália, em 28 de abril de 1945. Seus corpos foram levados para Milão, expostos, pendurados de cabeça para baixo, na Praça Loreto.

Dilva Fraz�o
� bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e�professora do ensino fundamental.
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