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Behaviorismo: o que é, ideias, autores e exemplos

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O behaviorismo, também conhecido como comportamentalismo, é um ramo da psicologia que estuda o comportamento humano e animal. O foco não está na mente ou nas emoções, mas sim nas ações e reações observáveis. A ideia básica é simples: comportamentos são aprendidos e, portanto, podem ser desaprendidos ou recondicionados.

O objetivo central do behaviorismo é entender o comportamento através da observação e medição. Isso envolve identificar os estímulos que levam a certos comportamentos e as consequências dessas ações. Basicamente, ele busca decodificar o que nos faz agir de determinada forma em diferentes situações.

O que é behaviorismo?

O behaviorismo é, em essência, uma forma pragmática de olhar para a psicologia. Enquanto outras abordagens gastam tempo explorando o labirinto da mente humana. Ele se concentra no comportamento observável — o que você faz, como você reage — e deixa de lado os elementos mais nebulosos como emoções e pensamentos, considerados inacessíveis e, portanto, não científicos.

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Contexto histórico

Este movimento psicológico surgiu nos albores do século XX e foi como um sopro de ar fresco no campo acadêmico da época. Foi uma reação direta ao mentalismo, que estava mais interessado nas complexidades da mente e da consciência. Isso mudou o jogo e reposicionou a psicologia em um caminho mais empírico.

Principais objetivos do behaviorismo

  1. Descrever o comportamento de forma objetiva e científica: Este é o pão e a manteiga do behaviorismo. O foco está em documentar ações e reações de forma que possam ser medidas, analisadas e replicadas.
  2. Explicar como o comportamento é aprendido: Através de experimentos e observações, behavioristas tentam entender como os comportamentos são adquiridos. Seja através de condicionamento clássico, como Pavlov com seus cães, ou operante, à la Skinner e suas caixas, a meta é decifrar o processo de aprendizagem comportamental.
  3. Controlar o comportamento: A parte mais polêmica, talvez. Uma vez que você sabe como um comportamento é aprendido, a teoria é que você pode desaprendê-lo ou recondicioná-lo. Isso tem aplicações enormes, desde terapias comportamentais até estratégias de marketing.

Diferenças entre behaviorismo e psicanálise

Em linhas gerais:

  • o behaviorismo é um tipo de psicologia de linha comportamental; na prática, isso significa que o terapeuta irá elaborar com o paciente um conjunto de mudanças de pensamentos, hábitos e comportamentos que possa propiciar o atendimento de uma demanda do paciente;
  • a psicanálise é uma metodologia de linha analítica; na prática, significa busca compreender a essência do sujeito, sua trajetória de vida, suas demandas e seus desejos (inclusive os implícitos), interpretando padrões de comportamento, sonhos e palavras que ajudem o paciente a encontrar uma compreensão melhor sobre si.

As mudanças comportamentais que existirem em psicanálise serão resultados indiretos do autoconhecimento que o paciente está alcançando. Por outro lado, linhas como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) seguirá uma abordagem mais próxima do behaviorismo, em que se parte da mudança de comportamento primeiro,

Principais ideias do behaviorismo

O behaviorismo é como uma caixa de ferramentas cheia de conceitos intrigantes. Cada ideia nos ajuda a entender um pouco mais sobre como os seres humanos e animais agem e reagem. Vamos mergulhar em algumas dessas ideias fascinantes:

1. Conexionismo

Também conhecido como behaviorismo metodológico, o conexionismo se concentra na aprendizagem por associação. Imagine um cão que ouve o som de um sino antes de receber comida.

Depois de algum tempo, o cão começará a salivar só de ouvir o sino, mesmo sem a comida por perto. É a mente fazendo conexões entre estímulos (sino) e respostas (salivação). Bem simples, mas incrivelmente eficaz para entender comportamentos aprendidos.

2. Reforço

O conceito de reforço é o queridinho do behaviorismo. A ideia é que comportamentos são moldados e mantidos por suas consequências. Se você faz algo e algo bom acontece, é provável que você faça de novo. Isso é reforço positivo.

O oposto também é válido: se você evita um comportamento para escapar de algo desagradável, isso é reforço negativo. E adivinhe? Ambos são super eficazes.

3. Extinção

Não, não estamos falando de dinossauros aqui. Em termos comportamentais, extinção é o processo de eliminação de um comportamento pela ausência de reforço.

Imagine que você costuma dar um petisco para o seu cão toda vez que ele se senta. Se você parar de dar o petisco, eventualmente, o comportamento de se sentar quando solicitado começará a desaparecer.

4. Generalização

A generalização é como o comportamento se espalha. Uma vez que um comportamento é aprendido em um contexto, ele pode ser aplicado a outros contextos semelhantes.

Se o cão do exemplo anterior aprende a se sentar em casa, talvez também o faça no parque. É uma forma de economizar energia mental, aplicando regras aprendidas a novas, mas similares, situações.

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    5. Extinção discriminativa

    Esta é uma espécie de subcategoria da extinção. Aqui, o comportamento é enfraquecido ou eliminado, mas apenas em contextos específicos. Se o cão aprendeu a não se sentar no veterinário porque nunca recebe petiscos lá, mas continua se sentando em casa onde os petiscos fluem livremente, isso é extinção discriminativa.

    Maiores autores do behaviorismo

    Quando falamos de behaviorismo, estamos pisando em um terreno esculpido por mentes brilhantes. Esses são os verdadeiros rockstars do mundo do comportamento, e suas ideias continuam a influenciar a psicologia e outras áreas até hoje. Vamos conhecer alguns deles:

    John B. Watson (1878-1958)

    Watson é frequentemente creditado como o fundador, o padrinho do behaviorismo. Ele entrou em cena dizendo algo radical para a época: “Esqueçam a mente, pessoal. Vamos focar no que podemos ver e medir”. Ele defendia um tipo de psicologia que era mais uma ciência do que uma arte, concentrando-se exclusivamente no comportamento observável e descartando os processos mentais internos como foco de estudo.

    Burrhus Frederic Skinner (1904-1990)

    Skinner, também conhecido como B.F. Skinner, é praticamente sinônimo de behaviorismo. Seu nome é o que geralmente vem à mente quando pensamos em reforço e condicionamento operante. Este homem dedicou sua vida a entender como o comportamento é aprendido e controlado.

    Seus experimentos, muitas vezes feitos com pombos e ratos, nos deram um entendimento profundo de como o reforço funciona. E ele não ficou apenas na teoria; suas ideias têm aplicações práticas, desde educação até gestão empresarial.

    Albert Bandura (1925-)

    Bandura deu uma guinada no behaviorismo ao introduzir o elemento social na equação. Enquanto Watson e Skinner estavam mais focados em estímulos e respostas, Bandura trouxe a ideia de que também aprendemos observando os outros.

    Além disso, sua teoria da aprendizagem social nos diz que comportamentos podem ser aprendidos tanto por condicionamento direto quanto por observação e imitação. Lembra da famosa experiência do “boneco Bobo”? Pois é, foi ele quem fez isso para mostrar como a agressividade pode ser aprendida.

    Exemplos práticos de behaviorismo

    Por fim, vamos desbravar alguns exemplos clássicos que ilustram a teoria behaviorista na prática:

    Condicionamento clássico

    Vamos começar pelo clássico dos clássicos: o experimento de Ivan Pavlov com cães. Nesse experimento, Pavlov tocava um sino cada vez que alimentava os cães. Depois de várias repetições, os cães começaram a salivar só de ouvir o sino, mesmo que não vissem a comida. É a aprendizagem por associação em ação. É como quando você ouve a música do seu primeiro encontro e imediatamente se sente bem. O cérebro faz a conexão!

    Condicionamento operante

    Agora, imagine uma pomba em uma caixa, faminta. A pomba encontra um botão e, ao bicá-lo, comida cai do céu (ou de um dispenser, mas o céu soa mais dramático). Foi isso que Skinner fez em seus experimentos para mostrar a aprendizagem por reforço. A pomba aprende que bicar o botão traz comida e continua fazendo isso. É o mesmo princípio por trás de sistemas de recompensa em jogos de vídeo ou programas de fidelidade.

    Aprendizagem social

    E quanto a aprender observando? Aqui entramos no território de Albert Bandura. Uma criança pode aprender a falar, a andar e até mesmo a compartilhar ou brigar apenas observando seus pais ou outras pessoas importantes em sua vida. É assim que os memes culturais, de linguagem a comportamento, se espalham de pessoa para pessoa. Mais do que simples imitação, assim se transmite a cultura.

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    Considerações finais sobre behaviorismo

    Enfim, estes exemplos nos mostram como as teorias behavioristas podem ser aplicadas a diversos aspectos da vida. Então, se você começar a prestar atenção, verá que o behaviorismo está em todo lugar: na educação, na publicidade, nas relações sociais e até na forma como treinamos nossos pets.

    Incrível, não é? É o tipo de conhecimento que nos ajuda a entender não apenas como somos, mas também como poderíamos ser.

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