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DORAMA AS TRÊS IRMÃS: O QUE VOCÊ FARIA POR DINHEIRO?

DORAMA AS TRÊS IRMÃS: O QUE VOCÊ FARIA POR DINHEIRO?

As Três Irmãs (Jag-eun Assideul) é um dorama, na Netflix, cheio de mistérios e reviravoltas que são difíceis de prever.”

A história perpassa pela vida de três irmãs pobres: A mais velha Oh In-Joo (interpretada por Kim Go-Eun que fez sucesso em Goblin em 2016), a do meio Oh In-Kyun (interpretada por Nam Ji-Hyun que participou de Suspicious Partner em 2017) e a mais nova Oh In-Hye (interpretada por Park Ji-Hu que fez sucesso em All of Us Are Dead em 2022). 


Crítica do dorama "As três irmãs".

Título Original: Jag-eun Assideul
Duração: 145 minutos
Ano produção: 2021
Estreia: 08 de outubro de 2022
Distribuidora: Netflix
Dirigido por: Kim Hui-won
Classificação: 16 anos
Gênero: Mistério, Drama
Países de Origem: Coreia do Sul


CRÍTICA DO DORAMA “AS TRÊS IRMÃS” NA NETFLIX

A trama começa quando a mãe das três foge com o dinheiro de presente que era para a excursão, ao exterior, da filha mais nova, que foi juntado pelas demais irmãs. Assim, tentando levantar o dinheiro necessário para realizarem o sonho de In-Hye, In-Joo e In-Kyun pedem empréstimos para sua chefe de trabalho e a tia avó rica, respectivamente.

No entanto, as coisas não saem como o planejado, tendo In-Kyun que trabalhar para a vó e In-Joo sendo humilhada pela chefe. Consequentemente, In-Joo acaba pedindo o empréstimo para uma colega/amiga que também é excluída. Mas depois essa amiga aparece morta e a colocam como suspeita principal da realização de um caixa 2 na empresa em que In-Joo trabalha.

Então, a irmã mais velha por pegar o dinheiro emprestado com Jin Hwa-young (Choo Ja-hyung), colocada como principal suspeita, foi cúmplice só pelo ato de aceitar essa grana?

Dessa forma, o roteiro tem muitas reviravoltas, o início vai levando a outras possibilidades e confusões que vão se interligando e no final você já nem sabe quem confiar ou o que acreditar.

Verdadeiramente, o início é impactante, mas a trama com todas as linhas de pensamentos propostas deixa um pouco a desejar quando se pensa em prender o espectador. Quando está no décimo episódio, a história já pede um desfecho que se prolonga por mais dois episódios tortuosos.

Tortuosos no sentido de prolongados e as personagens parecem só sofrer. Assim, esse sofrimento contínuo e sem respiro, não fica tão atrativa a narrativa. Isso pois nas obras seriadas é essencial que se conte com uma pausa para respirar e digerir o conteúdo da obra. Mas o dorama “As três irmãs” bombardeia quem vê com muitos acontecimentos sem esperar que consigam interligar os pontos. 

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Imagem de divulgação Netflix.

TEMÁTICAS E OUTROS ELEMENTOS

As temáticas trabalhadas em “As Três Irmãs” perpassam pela situação sócio econômica coreana. É bem visível a distinção social existente nos locais de trabalho, nas casas e nas perspectivas dos personagens. E também é perceptível a correlação dessa distinção com a situação econômica dos indivíduos construídos na narrativa.

Diferentemente a obra “É tudo meu” (2021) que mostra a convivência e visão de pessoas ricas, o dorama “As três irmãs” aproxima-se do filme “Parasita” (2019), escancarando a situação e vida de pessoas pobres. O dorama supracitado também tem em comum com o filme de Bong Joon-ho a escolha incrível e maravilhosa de elenco.

Dessa forma, há denúncias de abuso de poder e do sistema coreano, mas também reflete sobre o quão importante é o dinheiro no sistema capitalista atual e como ele gera desigualdades até mesmo inimagináveis.

Ademais, a direção de fotografia e arte capricharam nos elementos e conceitos utilizados para a formação de contrastes e auxílio na construção fílmica. Tem-se o exemplo da orquídea azul, que ficou sendo um objeto característico e que se destacou mediante os cenários elaborados.

Além disso, outro ponto atraente e de bom complemento é a trilha sonora, que esteve presente contribuindo para a imersão do espectador em cada cena.

Imagem divulgação Netflix.

MAS VALE A PENA ASSISTIR?

Uma curiosidade interessante sobre a obra: o dorama é uma interpretação livre do romance “Mulherzinhas” da escritora Louisa May Alcott.

Tirando o fato de algumas confusões da narrativa, causadas pelo bombardeamento de informações, é muito interessante como eles elaboram as reviravoltas não muito previsíveis do dorama.

Quando terminei a obra, ficou em minha cabeça a reflexão sobre o quanto o dinheiro acaba moldando algumas escolhas as quais temos e como a busca pelo poder é sempre cheia de artimanhas. Assim, no geral, vale a pena assistir “As três irmãs” e ter essas reflexões. Afinal, o que você faria por dinheiro?

Comente este post!

  • Ariane

    Primeiro Dorama que gostei do início ao fim! Mesmo com uma ou outra coisa forçada, não tem nenhum personagem caricato demais, nem alívio cômico vergonha alheia que te deixa desconfortável e com vontade de desistir.

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  • Valderez

    Não concordo quando você disse que é o episódio 10 se perde quando fala de as três irmãs é uma série maravilhosa e muito bem bolada

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