Conheça a história de Tim Sweeney, criador do decacórnio Epic Games e do Fortnite - Época Negócios | Tecnologia
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Tim Sweeney, criador da Epic Games, é apaixonado por computadores e jogos desde pequeno (Foto: Wikimedia Commons)

Tim Sweeney, caçula de três irmãos, mexe com aparelhos eletrônicos desde pequeno (Foto: Wikimedia Commons)

O norte-americano Tim Sweeney, 51, sempre foi fascinado por computadores. Nascido em 1970 na pequena cidade de Potomac, no estado de Maryland, o caçula de três irmãos mexe com aparelhos eletrônicos desde pequeno.

O interesse por jogos arcade veio no final da mesma década, quando atingiram o auge de sua popularidade. No entanto, mesmo ganhando um Atari 2600 da família, sua paixão não era pelos videogames em si, mas sim pela programação e pelo aparato mecânico.

Aos 11 anos, Sweeney visitou a startup de seu irmão mais velho na Califórnia, onde conheceu o IBM Personal Computer. Ele passou uma semana em contato com dispositivos tecnológicos e confirmou seu interesse pelo universo – além de aprender noções básicas de empreendedorismo com o irmão.

De volta para casa, sua família comprou um Apple II, e o filho mais novo passou a ter hábitos mais recorrentes com os aparelhos. Foi então que começou a completar, de fato, as trilhas dos videogames.

No final dos anos 1980, começou a faculdade de engenharia mecânica. Na mesma época, ganhou um IBM PC do pai e criou uma consultoria digital, chamada Potomac Computer Systems – o negócio não decolou.

Com o tempo, teve a ideia de desenvolver e vender games. A primeira criação exigiu que ele dominasse a linguagem de programação Pascal. Assim, nasceu o ZZT, um jogo de ação e aventura. Sweeney vendeu cópias de sua invenção e recebeu, em troca, um feedback bem positivo de amigos e familiares.

Em pouco tempo, ele estava ganhando US$ 100 por dia, o que o motivou a seguir na carreira. O nome de sua empresa mudou, então, para Epic MegaGames.

O desenvolvedor começou seu segundo projeto, chamado Jill of the Jungle, mas percebeu que não conseguiria finalizá-lo sozinho. Formou uma equipe de quatro pessoas e concluiu o jogo em 1992. Em seguida, convidou para ser sócio do negócio Mark Rein, que o ajudou a administrar a companhia.

O terceiro videogame foi o Unreal Engine, desenvolvido em 1998, que trazia o conceito de atirador em primeira pessoa. O sucesso foi ainda maior.

Sweeney deixou a faculdade e se mudou para a Carolina do Norte em 1999, onde mudou, finalmente, o nome da empresa para Epic Games.

Mal sabia ele que lançaria, originalmente em 2011, o que é hoje o jogo online mais popular do mundo. Com cerca de 350 milhões de usuários, o Fortnite oferece vários “modos de jogos” e permite até 100 jogadores na mesma batalha. Dada a diversidade de possibilidades de interação, inclusive a comunicação entre os jogadores por voz e mensagem, a plataforma virou, na verdade, uma rede social.

Na pandemia de covid-19, a Epic Games expandiu o seu lado “rede social” e inaugurou, em setembro de 2020, uma série de shows virtuais gravados ao vivo num estúdio em Los Angeles (“modo" Party Royale), aberto pelo rapper e multi-instrumentista americano Dominic Fike (o rapper Travis Scott não se apresentou ao vivo).

Em abril deste ano, a empresa captou US$ 1 bilhão em uma rodada de financiamento que a avaliou em US$ 28,7 bilhões, tornando-a um decacórnio. E o Fortnite tornou-se uma das principais apostas para o futuro metaverso.

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