Análise: Botafogo vence sinalizando novidades com Artur Jorge, mas peca na resolução e sofre de novo no final
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Por — Rio de Janeiro

Com tempo para treinar e dando início a uma longa sequência de jogos em casa, o Botafogo de Artur Jorge começou a mostrar os primeiros indícios do que pode se tornar em campo. Em uma atuação segura e de imposição até a metade do segundo tempo, venceu o Atlético-GO por 1 a 0 no Nilton Santos, com gol de Mateo Ponte, e conquistou os primeiros três pontos no Campeonato Brasileiro, encerrando um jejum de nada menos que 12 partidas sem vitória na competição — a última havia sido sobre o América-MG (2 a 1), em 18 de outubro de 2023.

Foi o primeiro triunfo sob o comando do técnico português. Tchê Tchê e Gregore foram destaques de um time que apresentou novos comportamentos. Ainda assim, conviveu mais uma vez com a sina dos finais de jogo intranquilos.

O autor do gol da vitória serviu como bom exemplo para umas das principais mudanças táticas observadas ontem. Artur Jorge manteve a equipe com quatro atacantes, e os fez atuarem de maneira muito aguda pelas pontas. Enquanto isso, os laterais tinham liberdade para chegar ao ataque explorando o meio, e foi assim que o jovem Ponte encontrou espaço para balançar as redes pela primeira vez com a camisa alvinegra.

Mateo Ponte faz primeiro gol pelo Botafogo e decreta vitória sobre Atlético-GO — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Mateo Ponte faz primeiro gol pelo Botafogo e decreta vitória sobre Atlético-GO — Foto: Vitor Silva/Botafogo

Não faltaram chances, porém, para que o jogo fosse decidido bem antes do apito final. A dupla de volantes fez boa partida, ajudando no combate e ditando o ritmo do meio-campo, principalmente com Tchê Tchê sendo o motor que imprimiu velocidade. Ele poderia ter até participado de um gol se tivesse caprichado mais nos passes finais ou em uma finalização de fora da área no primeiro tempo. Como o segundo gol nunca saiu, a reta final foi de uma pressão incessante dos visitantes e um Botafogo que parecia extenuado pedindo pelo final.

Antes de tudo, porém, Artur levantou desconfianças na escalação, ao escolher Matheus Nascimento como titular, junto de Júnior Santos, Luiz Henrique e Jeffinho. Por opção técnica, Tiquinho Soares começou no banco pela primeira vez na temporada. Na coletiva, o técnico explicou que a comissão queria poupar o atacante e conversou com ele.

Ao mesmo tempo, Matheus não fez uma partida ruim. Mostrou qualidade e iniciativa como segundo atacante, arriscando várias jogadas. Mas um problema muscular na coxa direita o tirou logo aos 23 minutos, substituído pelo próprio camisa 9. Um gostinho do que ele poderia entregar em mais tempo foi encerrado pela fragilidade física.

A mudança não alterou o panorama do que foi a primeira metade da partida, com o Botafogo agredindo de diversas formas e pouco sendo ameaçado. Jeffinho destoou, fazendo partida voluntariosa, mas desperdiçando quantidade impressionante de chances claras. Os seus outros companheiros de ataque que ajudaram a definir o jogo. Em um jogada pela direita, Júnior Santos encontrou Luiz Henrique, que recuou a bola para Ponte chegar chutando no canto direito de Ronaldo.

Se o lado ofensivo funcionou bem, o torcedor viveu mais uma noite na qual foi impossível ter tranquilidade. A reta final da partida foi marcada por uma queda física preocupante e uma pressão que quase levou o Atlético-GO a conseguir o empate. O veterano Vágner Love teve grande chance na pequena área, defendida por Gatito. Lucas Halter salvou em chute de Yony González e ainda bloqueou, com o rosto, uma finalização no último lance da partida.

Um sintoma de uma equipe que deveria ter resolvido sua vida bem antes. A dupla de zaga formada por Halter e Bastos não foi mal e teve o apoio de outros setores, mais um bom sinal para a continuidade do calendário. Com mais seis jogos no Rio pela frente, o próximo desafio do Botafogo será às 18h30 do domingo, contra o Juventude, no Nilton Santos.

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