Clipped, a série sobre um dos maiores escândalos da história da NBA
HÁ 10 ANOS

Clipped, a série sobre um dos maiores escândalos da história da NBA

Caso de racismo manchou história do time Los Angeles Clippers
REPRODUÇÃO/FX
Ed O'Neill na minissérie Clipped
Ed O'Neill na minissérie Clipped

O canal americano FX lançou o trailer de Clipped, minissérie sobre um dos maiores escândalos da história da NBA, a liga americana de basquete profissional. Programado para estrear em 4 de junho, nos EUA (deve chegar no Brasil pelo Star+), o drama recria a história real, estourada em 2014, sobre o ex-dono do Los Angeles Clippers, Donald Sterling, que foi flagrado proferindo comentários racistas.

Sterling ganha vida na pele de Ed O’Neill (Modern Family). O elenco conta ainda com a participação central de Laurence Fishburne, interpretando Doc Rivers, treinador dos Clippers durante o período caótico. 

Clipped promete explorar os bastidores conturbados de um dos times mais azarados de todos os esportes americanos; foi fundado em 1970 e nunca jogou uma única final da NBA.

Um ano antes da bomba explodir, Rivers foi contratado para liderar um elenco recheado de bons jogadores e atletas promissores. Campeão da liga pelo Boston Celtics, em 2008, ele recebeu o comando para levar os Clippers ao primeiro título.

O grande entrave, no entanto, vinha de dentro. A pedra no sapato era Donald Sterling, um ricaço mão-de-vaca, valentão e instável. Rivers assume como missão pessoal minar a influência do dono dentro de quadra. 

Isso enquanto Sterling lida com problemas domésticos por engatar um envolvimento íntimo com sua assistente pessoal, V. Stiviano (Cleopatra Coleman). É o estopim para uma nova crise no casamento com Shelly (Jacki Weaver), sua mulher e parceira de negócios há seis décadas.

A história real de Clipped

Em abril de 2014, o site TMZ (sempre ele), tomou posse de uma gravação com a voz de Donald Sterling. Nesse áudio, o dono dos Clippers estava conversando com V. Stiviano e disparou falas racistas e discriminatórias, incluindo instruções para que ela não trouxesse amigos pretos aos jogos dos Clippers ou publicasse fotos com eles em suas redes sociais.

O que motivou esse ataque de Sterling foi uma foto que Stiviano publicou, no Instagram, ao lado de Magic Johnson, que é preto, ídolo do Los Angeles Lakers, rival dos Clippers; Stiviano é preta mestiça.

Logo em seguida, foram recuperadas outras declarações racistas ditas por Sterling, chegando a insinuar uma relação quase escravocrata com os aletas (“Garotos negros pobres do sul do país jogando para um técnico branco”).

Os comentários provocaram indignação generalizada, tanto dentro quanto fora da NBA, e levaram a uma resposta rápida e decisiva da liga. O comissário da NBA na época, Adam Silver, conduziu uma investigação e, em uma conferência de imprensa histórica, anunciou uma série de punições disciplinares contra Sterling.

As medidas incluíram uma multa de 2,5 milhões de dólares, a máxima permitida pela associação, e uma suspensão vitalícia de Sterling de todas as atividades relacionadas à equipe e à NBA. Além disso, Silver anunciou que buscaria a aprovação dos outros proprietários da liga para forçar a venda do Los Angeles Clippers, removendo Sterling completamente do quadro de proprietários.

Pouco tempo depois, em agosto de 2014, Sterling vendeu o Los Angeles Clippers para o ex-CEO da Microsoft, Steve Ballmer, por uma quantia recorde de 2 bilhões de dólares.

A NBA recebeu elogios pela atitude tomada contra Sterling, rápida e enérgica, demonstrando zero tolerância para o racismo e discriminação.

Veja o trailer, em inglês, de Clipped:

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