INÍCIO | Lucimelia Romão
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Sobre
SOBRE MIM

Lucimélia Romão

(04/10/1988)

É dramaturga, artista visual e performer brasileira. Pós Graduanda em Artes pela Universidade Federal de Pelotas - RS, graduada em Teatro pela UFSJ e  técnica em artes dramáticas pela Escola Municipal de Artes Maestro Fêgo Camargo. Vive entre Jacareí SP e São Félix BA, onde cursa graduação em Artes Visuais, pesquisa artes, instalações e performances negras.  

Já participou como atriz de festivais e mostras competitivas em diversos lugares do Brasil.  Foi premiada no 8° Prêmio Foco da ARTRio e no 3 ° Prêmio Leda Maria Martins de Artes Cênicas Negras, em  2019 e no FESTU em 2018. Atualmente circula com as performances instalações MIL LITROS DE PRETO: A MARÉ ESTÁ CHEIA e MULHERES DO LAR - Mortes Anunciadas.

O QUE JÁ FIZ

Integrei equipe de diversos espetáculos teatrais. Premiada em 2022 no 8º Premio Foco. No ano de 2019 fui premiada com o 3° Prêmio Leda Maria Martins na categoria Performance do Tempo Espiralar com a performance instalação MIL LITROS DE PRETO: A MARÉ ESTÁ CHEIA.  No ano de 2018 fui premiada na 8ª Edição do FESTU -RJ, com a cena curta Olha O Pesado Aí, na categoria Melhor Trilha Original, ainda esse ano recebi Menção Honrosa pela minha Pesquisa de Iniciação em Teatro e Performance Negra intitulada TEATRO NEGRO UM RIZOMA CONTEMPORÂNEO, sendo indicada para o pela UFSJ para a 73ª Reunião da SBPC. Em 2017 fui contemplada  com Mobilidade Acadêmica , na UFMG inciando ali minha pesquisa sobre instalações, teatros negros e performance negra.

O QUE FAÇO

Atualmente desenvolvo projetos que aliam instalações, performance e teatro negro. Tenho pesquisado dramaturgia para as infâncias no desejo de criar possibilidades de existências para corpos marginalizados no Brasil atual.

PORTFÓLIO
Portfóli

Performance - Teatro - Artes visuais

Lucimélia Romão. Performance (1).jpg

PERFORMANCES

Deficit. Cia Mineira de Teatro (1).jpg

ESPETÁCULOS

25 - Mil litros de preto na Verbo. registro de Edouard Fraipont.jpg

INSTALAÇÕES

Performances

Performance

Republiquetas das Bananas:
A Marcha da Nódoa ao Caos

A Marcha foi um convite para uma caminhada meditativa performática a partir da imersão na historicidade de nosso povo latinoamericano. É o  confronto com nossos fantasmas e a rememoração de nossos mortos e explorados das colonizações,  ditaduras e recolonizações, estes milhares que clamam não serem reminiscências de um passado tão presente. 

A performance caminhou diante de um dos maiores símbolos de nossa exploração: o trem, o impiedoso cavalo de ferro, que escoou quase toda riqueza de nossas terras. Nosso estado é Distrito Federal, mundo livre e berço da ordem opressora. A cidade é Brasília, com início na Universidade Federal de Brasília. Finalizamos nosso percurso à frente do Palácio dos Três Poderes. (Foram 14 quilômetros de caminhada).

Nosso ato é em memória da resistência - índixs, negrxs, campesinxs, operárixs e mulheres que lutaram e lutam por uma América Latina autônoma, próspera, diversa e livre! Se hoje nos encontramos aturdidos diante da iminência de retrocessos históricos e uma repetição do passado, nosso grito será: Esta nódoa em nossa história não voltará a se repetir! 

Peguem seus fardos e carregaremos esses pela última vez! 

La libertad aunque con retraso


Concepção: Coletivo Pé3
Performes: Lucimélia Romão, Hana Brener e Marlon de Paula

Performances

Performance

Mulher de pau

Uma performance que retrata a relação da mulher negra e a precarização de seu trabalho  de maneira performativa. Um jantar performático onde é feito uma comparação entre a colher de pau, um elemento característico das culturas africanas e indígenas, excluído da cozinha industrial (por ser de madeira e ser um caminho para bactérias), mas que possibilita uma comida saborosa, à mulher negra, que tem seu corpo invisibilizado como agente contribuinte da nossa cultura.Uma confluência entre a mulher negra e a colher de pau, uma peça de carne e um pedaço de pau, ambos marginalizados mas que “vieram para vos servir”.

Performance

Marco

Assassinado pelo Estado Basileiro Democrático de Direito MARCOS VINICIUS, aos 14 anos ao voltar da escola no Complexo da Maré.  MARCO um registro. MARCO zero um ponto, o início de uma dor familiar. Uma mãe órfã. Uma comunidade sangrando. A ação Marco cravado na pele da mulher negra o nome de um filho que se foi. 


Pelas mãos de um homem branco é escrito com uma navalha em minha cabeça o nome da criança assassinada, onde é registrado o crescimento do cabelo até que desapareça o nome, 15 dias tempo em média que desaparece o nome da vítima nas mídias. Uma denúncia ao genocídio da população negra, uma revolta, uma agonia.

Performance Instalação

Mil litros de preto:
A maré está cheia 

O primeiro tiro fere, o segundo tiro causa dificuldade de respirar e o terceiro mata! Então para que serve o quarto? O quinto? O sexto? O sétimo? O oitavo? O nono? E o décimo tiro? 

A maré está cheia. Cheia de balas. Cheia de corpos. Cheia de corpos negros atravessados pelas balas! Transborda dor, transborda morte. Transbordam lágrimas dos olhos das mães periféricas, aquelas mães que sabem que colocaram seus filhos no mundo para serem alvejados pelo estado e pela polícia racista brasileira. É nesse cenário estratégico de abandono que o estado mantém a população negra, em condições sub - humanas.


Um corpo. Mudo. Estarrecido. Crivado de dor e sangue. Sete litros. Sete litros de sangue que escoa de cada corpo, enquanto a vida se esvai, a cada 23 minutos, enchendo assim uma piscina de mil litros em cerca de 55 horas. 

O genocídio da juventude preta é a política base do estado para com os negros brasileiros desde a escravidão. O extermínio é iminente. Tática de guerra travada contra um povo que nunca teve direito e condições de lutar de igual para igual. Matam-se crianças, adolescentes e jovens. Diminui-se a expectativa de vida. Estupram-se mulheres, crivam de balas seus filhos.

Performance instalação

MULHERES DO LAR - mortes anunciadas

Quando a noite cai, o rosa em vermelho desce, em lágrimas, familiares e órfãos crescem. Filhos da violência frutos de traumas, menos mães e mais crias com dores nas almas. Não metemos a colher. Não, metemos a colher? Metemos a colher! Temos de acolher. E aquela que não morreu? Que o marido não batia, você acha que não doeu os verbos que a agrediram! Pois bem, querida! Morria mais uma em vida, levada pelas balas de palavras das microagressões do dia a dia.

O grito é silenciado pela força da gravidade. Gravidade da situação. Gravidade social que se cala diante da violência. Mulheres surradas, com vozes roucas, cansadas de urrar às surdas instituições. O teto sempre está a desabar  sobre as nossas cabeças, pois eis aqui mulheres!

Espetáculos

Espetáculo (online)

Um jaguar por noite

Um jaguar por noite se debruça sobre mitos de povos originários a respeito dos sonhos – elementos centrais para algumas culturas ameríndias. Assim, ao entender os sonhos enquanto uma tecnologia que revela aspectos ocultos do nosso tempo e sua coletividade, uma das perguntas geradoras do processo criativo vem sendo: “com o que sonha a cidade de São Paulo hoje?”

 

Idealização e Realização: 28 Patas Furiosas
Dramaturgia: 28 Patas Furiosas e Tadeu Renato
Encenação e Instalação: Wagner Antônio
Texto: Tadeu Renato
Música: Brisalicia e Júlia Ávila
Figurino: Valentina Soares
Design Gráfico: Murilo Thaveira
Atuação: Fe Menino, Isabel Wolfenson, Lucimélia Romão, Murilo Thaveira, Pedro Stempniewski, Sofia Botelho e Valéria Rocha
Assistência de Direção: Dimitri Luppi
Direção Técnica: Douglas de Amorim
Orientação Audiovisual: Marcos Yoshi e Yghor Boy
Estágio: Gabriella Carli 
Operação ao Vivo: Dimitri Luppi, Julia Ávila e Wagner Antônio
Produção Geral: Iza Marie Miceli
Convidadas e convidados do Anexo 28_Núcleo de Estudos Públicos: Alberto Guarani, Arthur Iraçu, Coletivo Tibira, Jerá Guarani, Karen Shiratori, Lia Rodrigues, Mapulu Kamayurá, Renato Sztutman e Roberto Romero.

Espetáculo (online)

Parede de dentro

Espetáculo

'Parede de Dentro' é uma vídeo-peça-instalação que continua a trajetória da peça-instalação 'Parede'. Ambas livremente inspiradas na vida e obra de Qorpo-Santo, autor gaúcho do século XIX. As peças refletem, a partir de suas perspectivas particulares - uma virtual e a outra presencial - o curioso diagnóstico da excêntrica personagem “.Q”, que misteriosamente tem a cabeça expulsa do próprio corpo. Se em 'Parede' acompanhamos um grupo de moradoras e moradores de um edifício, que decidem em uma reunião de condomínio emparedar o estranho vizinho em seu próprio apartamento, em 'Parede de Dentro' acompanhamos o ponto de vista onírico da figura emparedada, que por meio dos deslocamentos da sua livre imaginação, observa um contrarregra que abre janelas nas paredes do espaço.

 

Ficha técnica

Parede de Dentro

Direção, Roteiro e Instalação - Wagner Antônio

Texto do Prólogo - Sofia Botelho

Textos do “.Q” - Tadeu Renato

Elenco - Dimitri Luppi, Fe Menino, Isabel Wolfenson, Júlia Ávila, Lucimélia Romão, Murilo Thaveira, Pedro Stempniewski, Sofia Botelho, Valéria Rocha e Wagner Antônio

Direção de Fotografia - Marcos Yoshi

Montagem, Efeitos e Coloração - Yghor Boy

Música - Brisalicia e Júlia Ávila

Figurino - Valentina Soares

Design Gráfico - Murilo Thaveira

Assistência de Direção - Dimitri Luppi

Direção Técnica - Douglas de Amorim

Produção Geral - Iza Marie Meceli

Idealização e Realização - 28 Patas Furiosas

Espetáculo

Por visões

Do encontro com a diretora e dramaturga Maria Clara Ferrer, as inquietações da companhia ligadas a Cassandra ganharam voz, permitindo um encontro com as escolhas estéticas e de linguagem, pesquisadas até então, e a reflexão sobre os acontecimentos mais recentes no Brasil e no mundo. Fosse pelo mergulho na relação com a palavra em cena e o uso de outras mídias, fosse pelo delineio dos desafios propostos entre o ver e o ouvir ou o questionamento sobre o ato de ser e estar, a especulação de como as guerras são criadas e os significados de se falar com a própria voz ou de silenciá-la. 

Direção e dramaturgia: Maria Clara Ferrer
Atuação: Juliana Monteiro e Maria Cordélia
Direção musical: Maria Cordélia
Composições: cia passo a 2 de teatro
Preparação corporal: Claudia Barreto Haddad
Design de cena e figurinos: Phamela Dadamo
Iluminação e operação de luz: Diego Machado
Orientação na captação de imagens: Marcius Barcelos
Assistente de direção e operação de câmera: Lucimélia Romão
Assessoria para o grego (na canção "Ó kosmos"): Jean Pierre Kaletrianos
Fotos: Phamela Dadamo e Rafael Nascimento
Material gráfico: Murilo Thaveira
Gravação: Mar de Paula
Edição de Teaser: Mar de Paula, Maria Cordélia e Renata Reis
Costureira: Maria de Lourdes Fernandes
Produção executiva (em São Paulo): Kenan Bernardes e OKA
Parcerias: na sala da nossa casa e NAPI (UFSJ)

Espetáculo

Déficit

DÉFICIT, um manifesto sobre a fome, que violenta, mutila e aniquila milhões de crianças, mulheres e homens em todo o mundo. Em cena, um casal de atores à espera de uma refeição que só se materializa no plano do devaneio. Em meio a um cardápio inventado, revezam-se num jogo de cena ora como atores, ora como catadores de lixo ora como representantes da elite. Aos poucos, a cada prato degustado, um ponto de vista sobre a fome é revelado, ao mesmo tempo que sua presença ganha força, como algo que se repete.

Concepção: Lucimélia Romão
Atuação: Júnio de Carvalho e Lucimélia Romão
Dramaturgia: Camelia Amada
Direção: Juliana Monteiro
Cenografia e figurino: Estúdio Sapituca
Cenotécnico: Luis Claudio e Pedro Decot
Confecção de figurino: Maria de Lourdes e Elisa Pita
Adereços: Estúdio Sapituca
Iluminação: Diego Machado e Pedro Inácio
Operador de Luz: Nelson Bruno
Sonoplastia: Matheus Corrêa
Projeto Gráfico: Priscila Natany

Realização: Cia Mineira de Teatro

Instalação

Instalações

Instalação

Mil litros de preto: 
O largo está cheio

“Mil litros de preto – O largo está cheio” em parceria com as Mães de Maio, inaugurou a 9ª Mostra 3M de Arte – Manifestos por outros mundos possíveis,  no Largo da Batata em São Paulo - SP.
O LARGO ESTÁ CHEIO - um manifesto como criar a ação de mundos possíveis. Manifesto para existir como humanos que merecem ter dignidade e qualidade de vida. Uma performance que constrói outras perspectivas de existência. Um grito que suspende a barbárie convidando o espectador a perceber o meio que vive e criar outras possibilidades de vida.

Performers:
Adriana Santos; Alessandra Damas; Aparecida Gomes da Silva Assunção; Benedita de Fátima Rodrigues; Carol Zeferino; Claudete Rodrigues Espírito Santo; Cristiane Damasceno da Silva; Débora Silva Maria; Hilda Maria Azevedo; Iara Oliveira de Souza; Ilza Maria de Jesus Soares; Joseane dos Santos; Josefa Ambrozia de Souza; Jucelia Maria dos Santos;  Juliana Cavalcante Salvador; Lucimara Santos; Lucimélia Romão; Marcia Yara Conti da Silva; Maria Aparecida Alves Marttos; Maria Eva de Souza; Maria José Lima da Silva;  Maria Lucia de Souza; Maria Luciene de Caldas; Marina Affarez; Mayrini Correa; Miriam Duarte Pereira; Nadja Caroline dos Santos; Regina Aparecida Simão Sarchi; Rosana Barros Ortega;  Roseli Aparecida Florêncio; Rosilene Florêncio Barros; Tânia Regina Alves de Souza; Vanessa Aparecida Gomes; Zilda Maria de Paula.

Instalação

E eu não sou mulher?

As margens pulsam na pele cor-po estampada em cada uma das obras que compõem a exposição E eu não sou uma mulher?, de Lucimélia Romão e Jessica Lemos. Ambas são – como Sojourner Truth, cuja pergunta emblemática dá nome a essa série de trabalhos fotográficos e ecoa em tantas outras existências – encruzilhadas de duas avenidas identitárias: mulher e negra.

É desta condição que as artistas vão abordar o projeto de eugenia instaurado no Brasil no início do século XX (O que pode resultar do casamento entre o branco e o preto), para tangenciar aspectos latentes do racismo brasileiro, dando a ver questões como o colorismo (Qual a cor da sua pele?), a força de trabalho da mulher negra (Mulher de pau) e o seu apagamento na história da arte (Para estancar o sangue). Nesse sentido, cada obra vai visitar, como afirmam Lucimélia e Jessica, “a imagem, história, dores e resistências de mulheres negras”, para repensá-las esteticamente, de modo a vislumbrar outras narrativas desejantes, outros possíveis para o feminino da negrura.

Trazendo a linguagem da performance, a exposição vai além da contemplação. Ela produz experiência e pede escuta. A pergunta (e eu não sou uma mulher?) ecoa nas colheres de pau, que tanto apontam para a precarização do trabalho da mulher negra, quanto para a sua invisibilidade. Ecoa nas tonalidades pele estigma que produzem diferenças e nos espelhos que nos olham de volta. Mas também reverbera a atitude da mulher que “teve força o bastante para virar o mundo de ponta-cabeça sozinha” e assumir-se protagonista da própria história. Desse modo, e aqui trago para conversar comigo o pensamento da crítica Soraya Martins Patrocínio, as performers partem de uma poética feita de “pele, gestos, fala, silêncios, locais de falha e, principalmente de vida”, para criar, num gesto de fabulação, “uma arte de bordar restos, vestígios, resíduos”. Assim, elas suturam fragmentos de memórias e histórias para produzir infinitudes prenhes de futuro.

Instalação

Para Estancar O Sangue

A instalação “Para Estancar o Sangue” é composta por 100 colheres de pau de tamanhos e tonalidades distintas suspensas apenas por dois pregos e fita banana, formando um painel não linear de 4 metros de largura por 2 metros de altura. Esses objetos vêm sendo colecionados há cinco anos pela artista que buscam refletir sobre as fraturas existentes na história da mulher negra na arte. Esse trabalho estabelece uma continuidade estética e conceitual das obras  “Mulher de Pau” (performance e fotoperformance) da própria artista  e do texto Em Busca dos Jardins de Nossas Mães da escritora Alice Walker.

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