Rodrigo Caio insiste, mas seu corpo diz não - 22/09/2022 - UOL Esporte
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Renato Mauricio Prado

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Rodrigo Caio insiste, mas seu corpo diz não

Renato Maurício Prado

22/09/2022 15h56Atualizada em 22/09/2022 20h04

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Rodrigo Caio vai operar novamente o joelho esquerdo. O mesmo em que fez cirurgia no final do ano passado, infeccionou e quase pôs fim à sua atribulada carreira. O anúncio foi feito pelo médico rubro-negro Márcio Tannure, ao lado do zagueiro, ambos constrangidíssimos após o fracasso do tratamento "convencional", tentado depois que ele voltou a sentir fortes dores, na derrota para o Corinthians, pelo Brasileiro (1 a 0, gol contra de Rodinei), no dia 10 de julho, na Neo Químca Arena.

Dá pena ver a via crucis de um jogador tão talentoso e dedicado, mas de corpo tão frágil. Adianta insistir quando seu organismo berra que não dá mais? Contusões das mais variadas fazem parte da história de Rodrigo Caio, desde seus tempos de São Paulo. Sua fragilidade física impediu até que se transferisse para o Barcelona, que se mostrou interessado, em 2018.

No Flamengo, teve um ano exemplar em 2019, quando conquistou os maiores títulos de sua carreira e, titular absoluto, jogou praticamente a temporada inteira, livre de contusões. A partir de 2020, entretanto, a rotina foi retomada: mais tempo no departamento médico que em campo. Quadro que se repetiu em 2021 e se agravou dramaticamente em 2022, quando quase não atuou.

Aos 29 anos, seu inegável talento, aliado ao reconhecido bom caráter e ao profissionalismo inatacável levam o Flamengo a continuar tentando recuperá-lo. Mas até quando? O custo benefício dessa relação faz tempo é bastante discutível. Quando contratado, Rodrigo Caio assinou por cinco anos. O vínculo vence no final de 2023. Nas quatro temporadas disputadas com a camisa rubro-negra, apenas em 2019 ele de fato foi útil. Difícil crer que volte a sê-lo, com tantos problemas físicos. Ainda mais, tratado por Márcio Tannure.