Veja como era a aparência de Robert I, rei da Escócia - Revista Galileu | Ciência
  • Isabela Moreira
Atualizado em
 (Foto: University of Glasgow/Liverpool John Moores University/Face Lab)

(Foto: University of Glasgow/Liverpool John Moores University/Face Lab)

O rei Robert I da Escócia foi uma figura essencial nas Guerras de Independência do país contra a Inglaterra. Apesar de ter sido muito estudado por séculos, até recentemente, pouco se sabia sobre sua aparência.

Um grupo de cientistas e historiadores das universidades de Glasgow, na Escócia, e de Liverpool John Moores, na Inglaterra, se uniram para reconstruir o rosto do monarca. Em 1818, o crânio dele foi escavado da Abadia de Dunfermline, mausoléu onde ficam os corpos da monarquia escocesa. Várias cópias foram feitas e, então, o crânio foi enterrado novamente.

Uma das cópias foi parar no Museu Hunterian, na Inglaterra. Os pesquisadores a utilizaram como ponto de partida no experimento. Ao analisar o material com cuidado, eles perceberam que Robert estava em seu auge quando morreu, aos 54 anos: sua estrutura corporal seria equivalente a de um atleta profissional. No entanto, detalhes no maxilar e no nariz revelam que o rei tinha algum tipo de doença, possivelmente lepra, que o debilitou várias vezes ao longo de seu reinado e talvez tenha contribuido para sua morte, em 1329.

A especialista Caroline Wilkinson, diretora do laboratório facial da Universidade de Liverpool John Moores, foi responsável pela reconstrução facial de Robert. "A partir da cópia do crânio do rei, pudemos identificar as posições dos músculos e usar os ossos para determinar a forma e a estrutura do rosto", explicou no anúncio da pesquisa. "A única coisa que não pudemos determinar foi a cor de seus olhos, da pele e do cabelo."

Como não tinham o DNA, os cientistas fizeram estimativas de o rei ter determinadas cores de olho e cabelo. Por fim, chegaram a conclusão que o mais provável é que ele tenha tido olhos e cabelos castanhos. Wilkinson e sua equipe produziram duas versões do rosto da figura histórica: uma com e outra sem lepra. 

Veja algumas imagens do processo de reconstrução:

 (Foto: University of Glasgow/Liverpool John Moores University/Face Lab)

(Foto: University of Glasgow/Liverpool John Moores University/Face Lab)

 (Foto: University of Glasgow/Liverpool John Moores University/Face Lab)

(Foto: University of Glasgow/Liverpool John Moores University/Face Lab)

 (Foto: University of Glasgow/Liverpool John Moores University/Face Lab)

(Foto: University of Glasgow/Liverpool John Moores University/Face Lab)

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