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Tudo sobre Rina Sawayama, artista que revolucionou o pop

Biografias · Por Rannyson Mykael

10 de Setembro de 2022, às 12:00

Existem artistas que vão conquistando o seu espaço na música aos poucos e, quando percebemos, eles já estão em uma carreira de ascensão que fica quase impossível não ficar admirando — é o caso de Rina Sawayama.

Rina Sawayama
Créditos: Divulgação

A cantora é um exemplo de como as mulheres na música estão sempre se reinventando e apresentando o que há de melhor, tanto em relação a composições quanto instrumental e conceitos visuais também.

Mas o que existe por trás disso tudo? Como foi a trajetória de Rina para sair do anonimato e alcançar o mundo inteiro com seus vocais inesquecíveis? Preparamos uma lista de curiosidades que podem te ajudar a descobrir!

Tudo sobre Rina Sawayama

De origem asiática, Rina é uma figura muito especial de representatividade e resistência, principalmente no mundo da música, onde algumas minorias acabam tendo dificuldade para ser reconhecidas.

Rina Sawayama
Créditos: Divulgação

Sua jornada é linda e pode fazer com que as portas se abram para novos artistas que, assim como ela, estejam lutando para serem vistos e aclamados como merecem. Entenda como a cantora começou até chegar onde está hoje.

Quem é Rina Sawayama?

Rina Sawayama nasceu no dia 16 de agosto de 1990 em Niigata, no Japão, mas precisou se mudar para o Reino Unido quando tinha apenas cinco anos devido ao trabalho do seu pai.

De acordo com a cantora, os planos eram que eles voltassem para o Japão quando ela fizesse 10 anos para que pudesse continuar sua educação no país de origem, mas isso não aconteceu.

Foi durante sua infância, inclusive, que a cantora passou pelo difícil processo de separação dos seus pais somado à questão de ser estrangeira em um país completamente novo.

Nesse contexto, ela tinha dificuldade em entender o que os professores falavam durante a aula, além de não conseguir fazer amizades com facilidade, o que tornava o processo de adaptação mais difícil.

Trajetória acadêmica

Para Rina, manter diferentes atividades ao longo de sua vida acabou se tornando algo comum. Por isso, manter suas atividades acadêmicas enquanto fazia música fazia parte de uma rotina normal para ela.

Rina Sawayama
Créditos: Divulgação

A artista se graduou em Política, psicologia e sociologia no Magdalene College, em Cambridge, além de se manter estudando através de cursos online, como já revelou em entrevistas.

Primeiro contato com a música

Assim como outros artistas, a carreira de Rina começou na internet. Ela fazia covers para postar no MySpace na tentativa de conseguir visibilidade para os seus talentos. Na vida real, a artista fez parte de um grupo de hip hop chamado Lazy Lion, ou Leão Preguiçoso, em tradução livre.

Apesar da equipe não ter permanecido junta, foi uma forma de Rina começar a se encontrar na música e entender o que era possível fazer.

Após isso, ela teve o pontapé necessário para fazer sua estreia na música diretamente com o single Sleeping in Waking, lançado em 2013, quando ela ainda usava o nome artístico de “Riina”.

Sobre isso, a cantora revelou, depois de um tempo, que só tinha usado o seu primeiro nome porque seu sobrenome era um inconveniente. Dá para perceber que ela mudou de ideia, já que depois passou a utilizá-lo.

Rina, o primeiro EP

Imagine a sensação de lançar o seu primeiro EP e ser descrita pelo The Guardian, um dos jornais mais conhecidos do mundo inteiro, como uma artista capaz de guiar o gênero pop para o futuro? Rina conseguiu isso!

Capa do EP Rina
Créditos: Divulgação

Com oito músicas, Rina conta também com a parceria do cantor Shamir em duas faixas e tem uma temática futurística ao abordar a relação da humanidade com a tecnologia, especialmente as redes sociais.

Cyber Stockholm Syndrome, uma das principais faixas do álbum, conta também com um videoclipe impressionante que reforça o talento de Rina para criar uma conexão com o espectador/ouvinte.

Sawayama, o propulsor para o sucesso

Rina tinha em suas mãos a oportunidade de se consagrar como uma das melhores artistas dos últimos anos e todos os olhos estavam sobre ela — com Sawayama, ela superou as expectativas.

O álbum é o seu primeiro lançamento mais robusto e conta com 13 faixas, incluindo os hits XS, STFU! e Chosen Family que, inclusive, ganhou uma versão colaborativa com Elton John presente na versão deluxe do álbum.

Como um todo, o álbum foi altamente aclamado tanto pelo público quanto pela crítica especializada. No Metacritic, um dos principais veículos de avaliação musical, Sawayama conta com a nota 89 de 100.

Rina Sawayama para além da música

Além de já ser formada na faculdade e ainda estar em constante atualização de novas músicas, Rina também atua como modelo, mesmo que a atividade esteja menos frequente atualmente.

Ela disse que sua atuação era mais comum enquanto estudava e por isso mantinha várias atividades ao mesmo tempo. A familiaridade de Sawayama com as câmeras deu a ela uma maior facilidade para encarnar os personagens de acordo com os videoclipes lançados ao longo de sua trajetória.

No visualiser de Phantom, por exemplo, um de seus lançamentos mais recentes, a artista precisa encarar a câmera por muito tempo, mas ela não vacila em nenhum momento e sentimos todas as suas emoções.

É incrível ver como todas as suas atividades estão interligadas de alguma forma.

Bissexual e orgulhosa

Rina não teve muito problema em assumir a sexualidade para a mídia, já que a temática é abordada até mesmo em suas músicas, como Cherry e Lucid, por exemplo.

Para ela, se assumir como parte da comunidade LGBTQIA+ enquanto artista é uma forma de ajudar outras pessoas a se sentirem mais confortáveis de o fazer no meio no qual eles atuam.

Recentemente, um vídeo da artista viralizou durante sua fala no festival Summer Sonic em Tóquio, no Japão, no qual Rina denunciou a proibição que existe no país do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Outras temáticas nas músicas de Rina Sawayama

Além de sua sexualidade e a relação entre humanidade e tecnologia, outra temática que costuma aparecer nas músicas da artista é a das relações familiares.

Usando o exemplo do seu álbum de estreia, Sawayama, vale destacar Dynasty e Snakeskin, a primeira e a última música, e ambas retratam a mesma temática, mas com focos diferentes.

Enquanto Dynasty fala sobre o peso que a artista sente em falhar devido às expectativas que existem em suas costas, Snakeskin relata a relação conturbada com sua mãe de precisar se dividir em duas para agradá-la.

No entanto, de acordo com a própria Rina, o processo de construção do álbum ajudou a curar feridas que estavam abertas e ela revela que progresso está sendo feito.

Diversidade na música

Se você procura ouvir outros artistas que, assim como Rina, também são abertos quanto a sua orientação de gênero e sexualidade, recomendamos conferir a nossa lista de artistas LGBTQIA+.

Apoiar a diversidade é uma forma de promover mais visibilidade!

Artistas LGBT

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