O Atlético-MG teve em 1994 um dos times mais badalados da história do clube. A torcida invadiu o centro de treinamento da Vila Olímpica para ver de perto craques como Renato Gaúcho, Éder Aleixo, Neto, Luís Carlos Winck, entre outros, treinar. O time foi apelidado, na época, de "Selegalo". No entanto, decepcionou na temporada e não conquistou nenhum título. Motivos?
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Durante todos os anos, muitas entrevistas e explicações para a frustração causada naquele ano com um time considerado uma "seleção". Em entrevista ao ge, nesta semana, Renato Gaúcho revelou:
— Isso. Eram muitos craques, mas ao mesmo tempo muito bandido. Quando vi aquela bandidagem toda, falei "meu Deus". Era muito bandido (risos).
— Passaram dois, três técnicos. Juntou um pessoal pesado. Mas em todos os times que joguei, sempre fui muito querido pela torcida. Em todos os clubes que passei, com toda humildade, joguei bem. No Atlético-MG não consegui jogar praticamente, mas dois anos antes joguei muito no Cruzeiro. Joguei cinco meses - disse o treinador.
Neto festeja gol pelo Atlético-MG em 1994 — Foto: TV Globo
O lateral-esquerdo, Paulo Roberto Prestes, também fez parte daquele elenco. Em entrevista ao podcast Fala, Galo, ele revelou um racha no elenco:
- Mas não houve também uma interação de grupo, de vestiário. Esse grupo foi rachado. Nitidamente rachado, não tinha nem como. Principalmente quando veio para ser o treinador Valdir Espinosa. Aí que desandou mesmo. Porque a gente fazia um treinamento forte e ele só dava moral para a galera dele. Aí que foi mesmo a gota d’água, rachou tudo.”
O Éder sempre foi muito Atleticano, ele era muito mais para o nosso lado. Ao contrário do que o povo pensa, que o Éder era mulherengo, saia para a noite, ele nunca foi disso. (Era explosivo) no campo, fora do campo era um cara muito tranquilo. Ele não tinha aquela coisa da pegada de um marcador, não era a dele. Mas ele foi muito profissional nesse sentido. Até que ele ficou.”
Quem jogou na "Selegalo?"
O ano de 1994 começou recheado de expectativas. Com alto investimento e cheio de craques. Vantuir Galdino era o técnico. Mas não durou muito. A primeira frustração veio com a não conquista do Campeonato Mineiro, que ficou com o maior rival, o Cruzeiro.
Valdir Espinosa foi o escolhido para comandar o time. No Campeonato Brasileiro, mais uma vez, decepção. O Galo se classificou para a fase final na repescagem e nova troca de técnico. Levir Culpi é quem chegou para comandar o time.
Galo no jogo da semifinal contra o Corinthians em 1994: Humberto; Dinho, Luís Eduardo, Adílson, Paulo Roberto, Valdir Benedito, Éder Lopes, Darci (Gaúcho), Zé Carlos (Clayton), Reinaldo e Éder.