Vini Laux 09/04/2024
Um pouco decepcionante, mas tudo � expectativa
� engra�ado isso, e certamente odioso para muitos iranianos retr�grados, mas o meu primeiro contato com a literatura do Ir� foi atrav�s de uma mulher iraniana. Desconhe�o bastante do pa�s, somente fatos hist�ricos superciais (sei que eles invadiram os gregos, porque aparece no filme 300, por exemplo), sua capital pelo nome e localiza��o geografia, e, claro, os estere�tipos cl�ssicos de ditaduras que n�o est�o na mesma onda americana.
Eu esperava uma autobiografia e uma hist�ria mais espetacular, pelo tanto que escutei bem dessa tal obra. Talvez pela expectativa de que ocorresse algo realmente extraordin�rio junto ao cansa�o de ler tantas p�ginas com hist�rias um pouco vazias e repetitivas (comecei a cansar dps de ler uns 80% do livro) sejam fatores essenciais para o meu pensamento atual, mas n�o s�o o �nicos. O fator mais relevante se baseia em uma atitude da autora que eu achei pavorosa, pra n�o usar mts palavras. Marjari (n�o lembro bem a escrita do nome dela), no final do livro, quando iria se encontrar com o seu namorado secreto e futuro marido, Reza (acho q era assim, mas simples), se espantou quando viu uma guarda revolucionaria chegando pr�xima dela. Ela estava usando batom e isso era outra das besteiras proibidas pelo regime iraniano. A solu��o dela foi mentir para pol�cia dizendo que um homem pr�ximo dela estava lhe falando palavras impr�prias. O homem foi preso e n�o se sabe o que ocorreu (provavel q levou uns tabefes?). E isso piora sabendo que pris�es no Ir� n�o s�o "tranquilas". Mesmo assim, achei absurda a atitude dela, uma personagem que tinha muito mais respeito de minha pessoa na p�gina anterior dessa. A rea��o da av� dela foi um �timo retrato do meu pensamento sobre aquilo tudo. Isso atrapalhou bastante o final do livro para mim. Mesmo assim, o livro n�o � ruim ou sem gra�a, mas sim uma face reveladora do Oriente t�o desconhecido por mim.