Judeus em Nova Iorque

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Os judeus da cidade de Nova Iorque representam aproximadamente 13% da população da cidade, tornando a comunidade judaica a maior do mundo fora de Israel.

Fundação da comunidade judaica de Nova Iorque: os judeus egressos do Recife[editar | editar código-fonte]

O antigo Palácio de Friburgo, sede do governo holandês no Recife e maior edificação do Brasil Colônia. Com o fim da Nova Holanda, os judeus foram expulsos da Capitania de Pernambuco, e parte deles fundou a comunidade judaica de Nova Iorque.

A comunidade judaica em Nova Iorque teve início no ano de 1654, com a chegada de um grupo composto por 23 indivíduos oriundos da recém-extinta colônia de Nova Holanda, no Brasil.[1]

Descontentes com o domínio holandês no Nordeste brasileiro, dezoito líderes insurretos assinaram compromisso para lutar contra o domínio holandês na Capitania de Pernambuco. Entre 1645 e 1654, houve diversos confrontos, dos quais se destacaram as Batalhas dos Guararapes, episódios decisivos na Insurreição Pernambucana e considerados a origem do Exército Brasileiro.[1]

Tomada a colônia holandesa, os judeus receberam um prazo de três meses para partir ou se converter ao catolicismo. Com medo da fogueira da Inquisição, quase todos venderam o que tinham e deixaram o Recife em 16 navios. Parte da comunidade judaica expulsa de Pernambuco fugiu para Amsterdã, e outra parte se estabeleceu em Nova Iorque. Através deste último grupo a ilha de Manhattan, atual centro financeiro dos Estados Unidos, conheceu grande desenvolvimento econômico; e descendentes de judeus egressos do Recife tiveram participação ativa na história estadunidense: Gershom Mendes Seixas, aliado de George Washington na Guerra de Independência dos Estados Unidos; seu filho Benjamin Mendes Seixas, fundador da Bolsa de Valores de Nova Iorque; Benjamin Cardozo, juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos ligado a Franklin Delano Roosevelt; Emma Lazarus, autora do soneto The New Colossus, gravado no pedestal da Estátua da Liberdade; entre outros.[2][3][4][5][6][7]

População[editar | editar código-fonte]

A partir de 2016, cerca de 1,1 milhão de residentes da cidade de Nova Iorque, ou cerca de 12% de seus residentes, eram judeus.[8]

Há aproximadamente 1,5 milhão de judeus na região metropolitana de Nova Iorque, tornando-se a segunda maior comunidade judaica metropolitana do mundo, depois da Área Metropolitana de Tel Aviv em Israel (no entanto, Tel Aviv tem uma população menor de judeus do que a própria cidade de Nova Iorque, tornando Nova Iorque a maior comunidade de judeus do mundo dentro de uma cidade própria). A população judaica de Nova Iorque é maior do que as populações judaicas combinadas de Chicago, Filadélfia, São Francisco e Washington, D.C.[9]

Referências

  1. a b Luis Barrucho (18 de março de 2021). «Como 23 judeus expulsos de Recife ajudaram a fundar Nova York». BBC News Brasil 
  2. «Do Recife a Manhattan». ISTOÉ Independente. Consultado em 24 de maio de 2015 
  3. «Conexão Recife - Manhattan». Revista Época. Consultado em 24 de maio de 2015 
  4. «Cemitério de NY guarda história de judeus do Brasil». Estadão. Consultado em 24 de maio de 2015 
  5. Phyllis Appel. «The Jewish Connection». Consultado em 22 de julho de 2017 
  6. «Paulo Carneiro resgata a saga dos judeus do Recife». Folha Metropolitana. Consultado em 22 de julho de 2017 
  7. «Jewish Women's Archive: Emma Lazarus». Consultado em 10 de janeiro de 2008. Arquivado do original em 9 de janeiro de 2008 
  8. Heilman, Uriel (18 de abril de 2016). «7 things to know about the Jews of New York for Tuesday's primary». Jewish Telegraphic Agency. Consultado em 17 de junho de 2018 
  9. «Jew York City: NYC Has More Chosen People Than Boston, Chicago, Philly, SF & DC Combined!». Gothamist. 12 de junho de 2012. Consultado em 23 de setembro de 2015. Cópia arquivada em 23 de dezembro de 2015 
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