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Maurice Capa comum – 1 fevereiro 2006
- Número de páginas264 páginas
- IdiomaPortuguês
- EditoraBiblioteca Azul
- Data da publicação1 fevereiro 2006
- Dimensões20.6 x 13.6 x 1.6 cm
- ISBN-10852504119X
- ISBN-13978-8525041197
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Descrição do produto
Sobre o Autor
Edward Morgan Forster nasceu na Inglaterra em 1879. Formado em letras clássicas, foi professor universitário e soldado. Além de escrever alguns volumes críticos, também publicou romances e ensaios, tendo recebido alguns prêmios. Um de seus livros mais famosos, Passagem Para A Índia foi adaptado para o cinema. Forster morreu em 197 aos 93 anos.
Detalhes do produto
- Editora : Biblioteca Azul; 1ª edição (1 fevereiro 2006)
- Idioma : Português
- Capa comum : 264 páginas
- ISBN-10 : 852504119X
- ISBN-13 : 978-8525041197
- Dimensões : 20.6 x 13.6 x 1.6 cm
- Ranking dos mais vendidos: Nº 68,763 em Livros (Conheça o Top 100 na categoria Livros)
- Nº 4,857 em Ficção Literária Literatura e Ficção
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Por um lado, isso a torna interessante no seguinte sentido: é profundamente ideal, intelectual, espiritual. É divertido ver os pensamentos refinados de Clive a respeito do cristianismo, do "vício indizível dos gregos", o sentimentalismo romântico dos dois, quando estavam apaixonados, a idealização da amizade perfeita entre dois rapazes, a delicadeza que o espírito a princípio bruto de Maurice vai adquirindo na convivência com o amigo. Tudo isso é ESTÉTICO, é agradável, belo! 😍 Num primeiro momento, quando Clive surgiu, eu pensei até: como Maurice tem sorte de ter um rapaz tão inteligente apaixonado por ele! De fato, ele é um personagem fascinante nesse início, pois é extremamente sofisticado, afiado, perspicaz. Mas sua sofisticação se revela excessiva — é como se ele quisesse apreender toda a vida em conceitos.
Desse modo, há um desprezo pelo corpo, pela vida REAL e, portanto, uma MORBIDEZ que perpassa toda a obra. É justamente essa morbidez, baseada num excessivo idealismo, que dá o caráter sociopata, eu diria, do Clive. A sexualidade de Clive é de um intelectualismo puro (uma espécie de capricho dele). Maurice até que está com o pé na Terra, gosta da vida, mas embarca na loucura espiritual do amigo. Para se ter uma ideia, o autor dá a entender que eles nunca sequer transaram. Antes, disse até que a relação dos dois dispensou carícias e confissões, pois 'já haviam dito tudo um para o outro' (bastava a presença um do outro. Dudes!!!???). Pergunto-me: que tipo de relação homossexual é essa? É puramente IDEAL! Não há conjunção carnal. Há uma cena até bem ridícula, na minha opinião, em que Clive e Maurice estavam meio distantes um do outro e, tendo a possibilidade de dividir um quarto, pois estavam sozinhos num apartamento, preferiram ficar em quartos separados. Como se não bastasse, Clive entra no quarto de Maurice mais tarde, dizendo que queria dividir a cama com ele. O que Maurice faz? Dá-lhe um espaço na cama e os dois ficam imóveis, um ao lado do outro, sem dizer palavra, até o ponto em que Clive diz que não estar melhor lá que quando estava sozinho no outro quarto. Qual a reação de Maurice? Resignação e silêncio. Cara! Isso é absurdo! Kkkk Eles são mesmo sequer amigos? Que tipo de relação eles têm, afinal? Nem conversa rolou! É de uma frieza de réptil! Não sei se é uma coisa inglesa... A sensação é que a relação dos dois era uma espécie de tese de doutorado de Clive.
Mas pior mesmo é quando o idealismo de Clive se volta à heteronormatividade, isto é, quando ele abandona o seu fetiche pelos gregos. Vish! Daí é ladeira abaixo! É uma mortificação completa! A inteligência sofisticada do cara se volta CRUELMENTE contra os sentimentos do amigo. É cínico! É frio! É revoltante! — Eu senti um desconforto absurdo lendo o amigo desprezado definhando solitário e se rastejando atrás de migalhas de afeto! Sério, que coisa lamentável! Que coisa diabólica! Sinceramente, se há vida após a morte, como diz Platão, e esse mundo é composto de ideias puras, este livro com certeza poderia ser o inferno, o "vale dos homossexuais". É triste demais! Kkkk Tive a impressão até que fiquei meio doente lendo-o! (Je suis malade 🎶). kkkk
Alguns aspectos que me chamaram atenção:
- Eu achei o livro contraditório em vários momentos. Por exemplo,
1) quando Maurice chega em Cambridge, ele separa com esse rapaz, chamado Rinsley, que é descrito como "afetado"; daí, ele decide ir até o quarto desse rapaz pois sente que ele pode ajudá-lo. Isso dá a entender que é ajudá-lo a lidar com sua homossexualidade. A contradição consiste em que, mais tarde, ele conhece então Clive, que se declara para ele, dizendo que o ama, e ele o repreende duramente. Tipo... What?
2) A mudança absurda de Clive!!! Por mais que eu compreenda a proposta do autor, de opor a homossexualidade natural, simples, espontânea em um rapaz comum e as ideias a respeito da homossexualidade (quer henênicas quer inglesas), isto é, as suas representações no seio das culturas, a mudança de Clive me soa perturbadoramente absurda. O argumento não me convenceu! É iverossímil que um rapaz que, numa sociedade super repressiva, como a inglesa naquela época, que teve a coragem de dizer "eu amo você" a outro rapaz, de repente, num click de interruptor, passe a ter aversão por homens e amar as mulheres.
Clive e Maurice são descritos, inclusive, em certo momento, como misóginos. Tipo?
- a hierarquia social e a ansiedade entre as classes sociais (Maurice, no fim, rompe com sua classe social, burguesia e nobreza decadente da Inglaterra, se unindo a um simples rapaz da classe trabalhadora, no maior estilo Daniel Guérin).
Conclusão:
Graças a Deus temos Nietzsche contra Platão! Viva ao corpo! Viva à vida!
Depois dessa leitura, só posso dizer que desconfio mais de pessoas muito místicas, românticas, religiosas — enfim: dualistas em geral!
Se alguém vier lhe perguntando o seu signo, caia fora. O medo de encontrar um Clive é sério... Kkk