"A nossa nação confiou-nos a responsabilidade de governar o país nos próximos cinco anos", afirmou Erdogan, em frente à sua residência em Istambul, para onde uma multidão entusiasmada convergiu nas últimas horas.
Perante os apoiantes, o chefe de Estado, que está há 20 anos no poder, garantiu que vai cumprir "todas as promessas feitas ao povo" e salientou que cada eleição é "um renascimento".
Por seu lado, o opositor Kemal Kiliçdaroglu expressou a sua "tristeza" pelo futuro da Turquia.
"Estou profundamente triste com as dificuldades que o país enfrenta", disse o candidato derrotado e líder do principal partido da oposição da Turquia, falando na sede do seu partido, em Ancara.
Vários líderes políticos de outros países já parabenizaram Erdogan pelo feito. O presidente turco está no comando da Turquia há 20 anos e era favorito para ganhar um novo mandato de cinco anos na segunda volta.Erdogan - que desde 2017 assumiu, após um referendo constitucional, um estrito regime presidencialista com crescentes características autoritárias - consolidou-se como favorito na primeira volta ao obter 49,5% dos votos expressos (muito perto da fasquia dos 50% que evitaria uma segunda ronda), face aos 44,9% do líder opositor, que contestou os resultados oficiais.
As assembleias de voto encerraram às 17h00 locais, menos duas horas em Lisboa.
A oposição turca denunciou este domingo irregularidades na segunda volta das eleições presidenciais, como ataques físicos contra observadores eleitorais na região Sudoeste e votos falsos.
A Turquia tem cerca de 85 milhões de habitantes e mais de 61 milhões de eleitores inscritos num processo em que o voto é obrigatório.