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Marcelo Rebelo de Sousa defende que democracia faz-se ou desfaz-se todos os dias

No seu entender, não há portugueses e europeus puros.
Lusa 17 de Abril de 2024 às 16:47
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Marcelo Rebelo de Sousa defende que democracia faz-se ou desfaz-se todos os dias
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta quarta-feira que a democracia faz-se ou desfaz-se todos os dias, apontando a necessidade de se respeitar a liberdade, os direitos fundamentais, o pluralismo, a opinião e a diferença.

"Não serve de nada só olhar para o passado: a democracia faz-se ou desfaz-se todos os dias. Cada vez que aumenta a pobreza desfaz-se a democracia, cada vez que aumentam as desigualdades desfaz-se a democracia", destacou.

Durante a cerimónia de inauguração, de um mural de homenagem a Alberto Martins e à Crise Académica de 1969, pintado na cidade de Coimbra, Marcelo Rebelo de Sousa enunciou alguns dos perigos que podem colocar a democracia em causa.

"Cada vez que ficamos para trás em termos qualificações desfaz-se a democracia, cada vez que não vamos tão longe como devíamos ir na saúde, educação, solidariedade social, habitação, desfaz-se a democracia. Cada vez que os jovens que se formam têm de partir, porque não têm como ficar, desfaz-se a democracia", acrescentou.

Ao longo da sua intervenção, o Presidente da República apontou a necessidade de se refazer a democracia todos os dias.

"Começando logo pelo mais simples, nunca sacrificar a liberdade, os direitos fundamentais. Nunca sacrificar o pluralismo, a opinião de cada qual e respeitar sempre a diferença: nós somos diferentes e ninguém pode impor que sejamos iguais na maneira de ser, iguais nos direitos e acesso e ao gozo de direitos sim, mas cada um escolhe o seu caminho", concretizou.

No seu entender, não há portugueses e europeus puros.

"Não pode haver xenofobias, não pode haver discriminações intoleráveis, por aí passa a democracia. Por aí passou o pedido de palavra e toda a vida cívica, pessoal e humana de Alberto Martins", referiu.

Cerimónia Democracia Direitos fundamentais Marcelo Rebelo de Sousa
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