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Estado de Minas ANNA MARINA

O triste adeus a L�cio Costa

Fundador da Suggar morreu aos 76 anos, deixando uma legi�o de amigos. Dono de imenso cora��o, foi uma das pessoas mais leais que conheci


06/10/2022 04:00 - atualizado 05/10/2022 22:44

Empres�rio L�cio Costa abra�a o filho Leandro em quadra de t�nis
Leandro com o pai, L�cio Costa, em torneio beneficente de t�nis realizado em BH, em 2005 (foto: Eug�nio Gurgel/Esp.EM/30/10/05)

Not�cias de perda de pessoas queridas sempre nos chocam, assustam e entristecem. Por�m, algumas pessoas deixam marcas mais profundas. Foi assim com a triste not�cia da morte do empres�rio L�cio Costa, na �ltima sexta-feira (30/9).

Poder�amos dizer que foi pelo fato de ele ter apenas 76 anos – sim, esse foi um dos fatores. Outro motivo foi por ter pegado a todos de surpresa. Segundo sua mulher, Patr�cia, me contou, ele assistiu ao debate na noite de quinta-feira (29/9) e foi dormir mais tarde. Ela acordou cedo na manh� de sexta  – tinha um compromisso – e avisou a seu bra�o direito que deixasse o marido descansar mais, porque tinha ido dormir tarde. L�cio sempre acordava cedo.

Devido � como��o geral, acredito que perdemos uma pessoa excepcional, um amigo, um ser humano que tinha um cora��o maior do que ele. O espa�o do vel�rio foi pequeno para receber o grande n�mero de pessoas, que fizeram quest�o de ir se despedir do amigo e abra�ar a fam�lia.

L�cio era alegre, brincalh�o. Sempre que chegava perto de algu�m fazia piadas. Tinha uma espec�fica para cada amigo ou amiga. Sempre respeitosas – pelo menos perto das mulheres – e sempre as mesmas. Era uma forma de carinho, de personalizar cada um.

Come�ou de baixo e n�o tinha vergonha de falar de suas origens. Contou sua hist�ria centenas ou milhares de vezes, em entrevistas a jornais, revistas e TV. E n�o satisfeito, quando a Suggar completou 40 anos, fez uma revista em quadrinhos contando sua trajet�ria, da qual tinha grande orgulho.

Para quem n�o sabe, L�cio perdeu o pai aos 12 anos. Vendo a m�e e os irm�os desamparados, mesmo sendo ainda crian�a, chamou a responsabilidade de manter a fam�lia para si. Come�ou a catar chumbo, metal, cobre e alum�nio nas ruas e vender para ferro velho. Dava todo o dinheiro para sua m�e. Chegou um circo na cidade e ele foi vender balas por l�. O dono de uma mobiliadora ficou impressionado com ele e o contratou como office-boy.

Dois anos depois, virou vendedor exemplar. Quando tinha 16 anos, atendeu t�o bem um cliente que, impressionado com L�cio, o contratou na Remington. Perto da General Eletric. N�o precisa dizer que, em pouco tempo, se tornou vendedor da GE e depois foi a gerente.
 
Ele se casou com a arquiteta Patr�cia Xavier em 1972 e come�ou a idealizar cozinhas de f�rmica projetadas para cada cliente. Em 1979, fez sociedade com o cunhado, Fernando Xavier, e criaram o exaustor Suggar. Com muita estrat�gia, conseguiu vender para as grandes lojas e tornou a empresa o que � hoje. J� h� alguns anos, o filho Leandro est� � frente dela como CEO.

L�cio ajudou a fam�lia, os funcion�rios e os amigos. Fiquei sabendo que se formou fila de pessoas tanto na porta de sua casa, na sexta-feira, quanto no vel�rio. Todos queriam falar com a fam�lia devido ao tanto que foram ajudadas por L�cio ao longo da vida.

Ele foi uma das pessoas mais leais que j� conheci. Certa vez, chegou perto de mim e disse que t�nhamos que ajudar um determinado amigo, que estava sendo colocado de lado, por alguns motivos que n�o vem ao caso relatar agora. Claro que montamos uma estrat�gia que deu supercerto. Assim era o L�cio, amigo atento, preocupado, ligado.

A primeira vez em que fui apresentada a ele, foi na primeira reuni�o de elenco do “Show�aite”, show criado e produzido pelo nosso saudoso colunista social Eduardo Couri, em benef�cio da Jornada Solid�ria Estado de Minas, com elenco formado por pessoas da sociedade. Fomos colegas de palco e ficamos amigos. Sempre que um precisava do outro, era atendido na hora, sem ressalva.

Na segunda-feira (3/10), sua eterna secret�ria Marly, com quem eu sempre falava, me enviou mensagem para saber para onde mandaria as doa��es para a Jornada Solid�ria que ele havia combinado. D� para explicar uma coisa dessa? Diante de tamanha dor, eles continuam atentos aos compromissos que L�cio assumiu.

A missa de s�timo dia de L�cio ser� nesta quinta-feira (6/10), �s 20h, na Par�quia Nossa Senhora de F�tima, na Pra�a da Assembleia. Ele foi uma pessoa muito especial. Com certeza, far� falta e deixar� muita saudade.
 
Fica a nossa homenagem, al�m do nosso abra�o � fam�lia.







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