Jackson Pollock: vida e obra do expoente da técnica do gotejamento Academia Brasileira de Arte -

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O século XX, que começou com os primórdios do modernismo e passou por diversos movimentos que iam na contramão do realismo, nos trouxe também o expressionismo abstrato. Dentro deste, um de seus expoentes foi Jackson Pollock, famoso por desenvolver a técnica conhecida como gotejamento (ou dripping). 

Hoje falaremos mais de sua vida e obra e como ele tornou-se um dos grandes pintores da história. 

Jackson Pollock: da infância conturbada a seguir os passos do irmão na arte 

Ele nasceu no ano de 1912, na cidade de Cody, no Wyoming. Ele era o caçula de seis irmãos, sendo que seu pai trabalhava com agricultura e a mãe era costureira. Com apenas 10 meses de vida, ele mudou-se de sua terra natal, a qual nunca mais voltou.  

A partir daí, por conta do trabalho do pai, que passou a ser agrimensor do governo, passou por diversas cidades durante a juventude. Contudo, ficou mais tempo no Arizona e Chico, na Califórnia. Sendo um jovem complicado, ele foi expulso da escola em que estudava.  

Posteriormente, teve seu primeiro contato com estudos de arte, ao matricular-se na Manual Arts High School de Los Angeles, na Califórnia. Entretanto, também foi expulso desta, quando tinha 16 anos. Por fim, em 1930, ele segue os passos do irmão Charles Pollock e ambos vão estudar na Art Students League em Nova York. 

A vida em Nova York e o encontro com David Alfaro Siqueiros 

Sua estada em Nova York, influenciou muito no estilo que adotaria futuramente. No entanto, não foi pela temática rural que o muralista Thomas Hart Benton trazia em suas obras, mas sim pelo estilo que aplicava em sua criação. O uso rítmico da tinta e sua independência feroz marcaram Jackson Pollock ao longo de sua carreira. 

Ele chegou a estudar com o pai a cultura nativa americana, mas foi apenas neste período que ele descobriu a técnica de pintura em areia dos índios. Posteriormente um outro muralista traria mais uma guinada em sua carreira: o mexicano David Alfaro Siqueiros. 

Foi no ano de 1936, quando o muralista mexicano, um dos pioneiros do uso de tinta acrílica para arte, esteve nos EUA. Foi em um workshop, que mostrava os usos deste tipo de material e Jackson Pollock foi um dos que mais se impressionaram com as aplicações dela.  

O começo da carreira artística de Jackson Pollock e seus primeiros problemas com a bebida 

Dois anos depois, em 1938, ele começa a pintar murais em prédios públicos de Nova York. Tratava-se de um projeto artístico desenvolvido pela Works Progress Administration. Durante a década de 30, esta agência realizou diversos projetos em obras públicas, empregando muitos artistas no período. 

Apesar de trabalhar no projeto até 1942, Jackson Pollock seguia desenvolvendo outros trabalhos, mas também começou a ter problemas com o álcool. Juntamente com tudo que fazia, ele passou a fazer psicoterapia jungiana com Dr. Joseph Henderson e posteriormente com a Dra. Violet Staub de Laszlo. 

Neste período, foi usada a arteterapia, envolvendo suas próprias obras como parte do tratamento. A ideia era trabalhar através das obras, conceitos com o inconsciente coletivo, algo que também interferiu nos trabalhos de Pollock. Inclusive há uma frase dele que destaca isso: 

“Quando estou na pintura, não tenho consciência do que estou fazendo. Só vejo o que fiz depois de um período de ‘conscientização’. Não tenho medo de fazer mudanças, destruir a imagem etc., porque a pintura tem vida própria. É só quando perco contato com a pintura que o resultado é ruim. Caso contrário, há pura harmonia, uma troca tranquila, e a pintura fica ótima.” 

Inicialmente a técnica dele se mostrava altamente expressionista. Posteriormente ele passou a pintar obras com temas mitológicos, período em que se via similaridade com as obras de Picasso.  

O desenvolvimento do gotejamento 

No começo da década de 40, ele cria suas duas primeiras grandes obras: Male and Female e Composition with Pouring I. Aqui, ele trazia uma nova mudança de técnica, chamada “action painting” (ou derramamento de tinta), que consistia de espalhar pingos na tela de modo aleatório. 

Male and Female – 1942

Após sua mudança para Springs, ele passa a desenvolver a técnica que conhecemos como gotejamento (ou dripping). Ela consiste em dispor as telas no chão do estúdio, como forma de sentir-se dentro do quadro e a partir disso deixar os pingos escorrerem, formando traços harmoniosos na tela.  

Para isso, Jackson Pollock não utilizava apenas pincéis (sendo que estes muitas vezes estavam com as cerdas endurecidas), mas também varas, seringas e até mesmo latas de tinta furadas para aplicar as tintas nas telas. Entretanto é preciso destacar que ele não a criou, pois ela foi inventada por Max Ernst, artista que fez parte do surrealismo. Porém, ele foi quem mais a utilizou e desenvolveu. 

Umas das grandes obras-primas do artista foi “One Nº 31” de 1950, que melhor retrata a técnica. Só que de forma abrupta ele abandona a técnica em 1951. 

One Nº31 – 1950

Lee Krasner e sua importância no trabalho de Jackson Pollock 

Ainda em 1942 ele conhece a artista quando ambos expunham na McMillen Gallery. A abordagem partiu dela, que o visitou de forma inesperada, impressionada com as obras de Pollock. A partir daí eles começaram a se relacionar e se casaram em 1945. 

A importância dela deu-se de diversas formas. Primeiramente por ser uma grande conhecedora do modernismo, ela ajuda Pollock a ajustar sua produção, tornando suas obras mais contemporâneas. Juntamente com isso, ela ajudou a consolidar a carreira do marido ao colocá-lo em contato com colecionadores, galeristas e críticos de arte. 

Infelizmente para ela, seu trabalho passou a ser muito subestimado, sendo visto como apenas um “anexo” do trabalho do marido. Sendo assim, ela teve grandes problemas em se afirmar no meio artístico.  

Inclusive a própria importância dela só foi reconhecida com a ascensão do movimento feminista na década de 60. Apenas então que foi dado o devido reconhecimento tanto a suas obras, como na influência que ela teve no trabalho de Pollock. 

Os últimos anos de vida de Pollock 

Após abandonar o estilo de gotejamento, Jakcson Pollock começa a buscar equilíbrio entre a abstração e representações figurativas. Neste período suas telas ficaram mais escuras, com inclusive uma série de trabalhos em preto e branco. Chamadas “vazamentos negros”, foram expostas em Nova York em 1951, mas nenhuma sequer foi vendida.  

Ainda mantendo as abstrações figurativas, ele retorna as obras com mais cor. Foi quando ele pintou “Portrait and a Dream” e “Easter and the Totem”, ambas de 1953. Contudo, ele pintou apenas até 1955, quando criou seus últimos quadros, chamados Scent e Search

Easter and The Totem – 1953

Ele então abandonou a pintura e passou a dedicar-se as esculturas. Neste mesmo período ele passou a ter problemas no seu casamento, pois estava novamente com problemas alcoolismo e agora também com um caso extra-conjugal, com a também artista Ruth Kligman.  

Era 1956, quando ele e a amante acidentam-se. Ela sobrevive, mas ele morre no acidente com apenas 44 anos. Lee Krasner passa a usar o ateliê do marido e procura manter sua imagem em evidência, inclusive com diversas exposições póstumas. 

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