A família real não pode ser julgada em tribunais civis, mas François acredita que o Palácio de Buckingham pode responder a uma ação civil e por isso está a tomar novas medidas.
"Nos anos 1900, a verdadeira linha de sucessão foi ilegalmente ocultada para impedir que os Graftieauxs ocupassem o seu lugar na História. Embora o meu pai e eu não tivessem direito a fazer uma reivindicação ao trono por causa da decisão de Eduardo de abdicar, o que também inclui os descendentes do rei, os Graftieauxs iam no mínimo tornar-se nobreza", afirma François.
"Como o último da minha família, tomarei as ações possíveis e necessárias para proteger o nosso legado e trazer luz a um dos maiores escândalos sexuais da família real na nossa memória", continua, citado pelo 'Mirror'.
Depois de fazer dois pedidos de ajuda ao palácio, François escreveu uma terceira carta esta semana. Caso o seu pedido de amostra de ADN seja negado está pronto para abrir uma investigação. "Não peço dinheiro, título ou poder ao palácio, apenas que averiguem a identidade do meu avô e as circunstâncias do nascimento do meu pai".
Os escontros do príncipe Eduardo com a costureira
As investigações de François nos arquivos da sua família começaram após a morte do pai, Pierre Edouard, em 1994.
Pierre foi um soldado francês e poderá ter guardado em segredo a identidade do pai. As únicas informações que revelou ao seu próprio filho foi que o pai era alguém famoso que não teve "permissão de casar com a sua avó".
François acredita que o príncipe conheceu a sua avó no hotel Luna Park, em Paris, e manteve uma relação escondida durante dois anos. Mas quando a costureira Marie-Leonie engravidou em 1915, Eduardo acabou a relação e terá pago pelo seu silêncio.
Terá sido com este dinheiro que Marie-Leonie tornou-se da noite para o dia uma estilista, e mais tarde proprietária de uma famosa casa de moda francesa.
O filho bastardo dos dois nasceu em 1916. Na tradição católica francesa, o segundo nome da criança é o nome do pai, daí Pierre Edouard, a forma francesa de Eduardo.
Além destas pistas, a avó de François tinha um valioso presente: um bracelete relógio de diamantes da marca Van Cleef & Arpels, semelhante a uma peça de Wallis Simpson, leiloada em 2011 por 286 mil libras (329 mil euros).
O Palácio de Buckingham não fez qualquer comentário sobre as afirmações de François Graftieaux.