Eduardo IV de Inglaterra: Informações, fotos e vídeos
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Eduardo IV de Inglaterra: Informações, fotos e vídeos


Eduardo IV (Ruão, 28 de abril de 1442 – Londres, 9 de abril de 1483) foi o Rei da Inglaterra durante dois períodos diferentes, primeiro de 1461 até 1470 e depois de 1471 até sua morte, sendo o primeiro monarca inglês da Casa de Iorque. A primeira parte de seu reinado foi marcada pela violência associada com a Guerra das Rosas, em que lutou contra as forças da Casa de Lencastre e o rei Henrique VI até finalmente derrotá-los na Batalha de Tewkesbury, reinando em paz até o final.

Nascimento e ascendência

Eduardo nasceu em Ruão, na França, durante uma campanha da Guerra dos cem anos. Talvez devido ao ambiente militar da época, o seu nascimento como primogénito do Duque de Iorque não foi comemorado devidamente.

Foi o filho mais velho de Ricardo, 3.º duque de Iorque e de Cecília Neville. Até à morte do seu pai, era conhecido como conde de March. Ambos os seus pais eram descendentes diretos do rei Eduardo III, o que lhe dava um potencial direito ao trono. Esta pretensão foi reforçada em 1447, quando o pai de Eduardo se tornou herdeiro do rei Henrique VI, que não tinha filhos, após a morte do tio, Humberto de Lencastre, duque de Gloucester.

Na altura do seu nascimento, houve rumores de que Eduardo seria o fruto de uma relação extraconjugal da sua mãe, mas estes foram descartados como propaganda política e, mais tarde, por historiadores. Eduardo e os seus irmãos, Jorge, duque de Clarence e Margarida, duquesa de Borgonha, eram muito parecidos, sendo os três altos e louros, em contraste com o duque de Iorque que era baixo e moreno. O seu irmão mais novo, que mais tarde se tornou no rei Ricardo III, era muito parecido com o seu pai.

Primeiros anos

Eduardo cresceu num contexto de declínio económico no seu país e de derrotas militares no estrangeiro, exacerbadas por um governo central fraco e corrupto. Tanto ele como o seu irmão mais novo, Edmundo, conde de Rutland, nasceram em Ruão, onde o seu pai, o duque de Iorque foi governador das terras inglesas em França até 1445, quando foi substituído por Henrique Beaufort, 3.º duque de Somerset. É provável que Eduardo e Edmundo tenham sido educados no Castelo de Ludlow nas Marcas galesas, onde o duque de Iorque era o proprietário de terras mais proeminente.

Em 1447, o duque de Iorque foi escolhido para o cargo de governador-chefe da Irlanda, mas só o assumiu em 1449. Pouco depois, uma ofensa francesa reconquistou a Normandia, deixando Calais como a última posse inglesa no norte da França. Apesar de ser responsável por esta derrota, o duque de Somerset foi escolhido para ser o ministro-chefe de Henrique VI. A política inglesa passou a ser dominada por uma luta de poderes entre Iorquistas e os apoiantes da Casa de Lencastre, sendo os mais famosos o duque de Somerset, William de la Pole e a mulher de Henrique VI, Margarida de Anjou.

Os problemas tornaram-se mais graves em agosto de 1453, quando Henrique VI entrou num estado catatónico depois de ouvir a notícia da sua derrota na Gasconha, um território que se encontrava em posse inglesa há mais de 300 anos. O duque de Iorque assumiu a liderança do governo, sendo os seus principais apoiantes Ricardo Neville, 5.º conde de Salisbury e o seu filho mais velho, Ricardo Neville, 16.º conde de Warwick. Em janeiro de 1454, Eduardo, na altura com 12 anos, entrou em Londres junto do seu pai quando este foi participar no Grande Conselho.

Porém, o nascimento do filho do rei Henrique VI, Eduardo de Westminster, em outubro de 1453 criou uma figura de proa para os apoiantes da Casa de Lencastre e a década de 1450 ficou marcada pelo conflito político entre as duas fações. Em 1455, o rei Henrique VI expulsou o pai de Eduardo da corte, numa tentativa de reaver o poder perdido durante a convalescença da sua depressão. Ricardo de Iorque não estava disposto a largar a governação sem luta e iniciou a Guerra das rosas contra a Casa de Lencastre, o partido do rei.

Aos 17 anos, Eduardo já era um líder político e militar por direito próprio. Após a sua derrota na Batalha de Ludford Bridge em 1459, o pai e o seu irmão Edmundo fugiram para a Irlanda, enquanto os condes de March foram para Calais.

Em 1460, Eduardo atravessou o Canal da Mancha com Warwick e Salisbury e entrou em Londres. Em julho desse ano, em Northampton, ele comandou uma das três divisões do exército que capturou Henrique VI e deu a vitória aos Iorquistas. O duque de Iorque regressou da Irlanda e, ao entrar no Palácio de Westminster, declarou-se rei, algo a que os lordes reagiram com silêncio. Com o Ato de Acordo, as duas partes chegaram a um compromisso: Henrique continuaria a ser rei até à sua morte, mas seria sucedido pelo duque de Iorque e pelos seus descendentes.

As implicações de retirar o herdeiro legal da linha de sucessão ao trono criou uma animosidade substancial contra a administração Iorquista. No final de 1460, Eduardo recebeu o seu primeiro comando independente e foi enviado para o País de Gales para enfrentar uma insurreição de apoiantes da Casa de Lencastre. O duque de Iorque foi para o Norte, onde travou a Batalha de Wakefield contra os exércitos comandados por Margarida de Anjou. Ele perdeu a batalha e a rainha consorte não lhe perdoou a traição contra o rei e ordenou a sua execução. Com o pai morto e a sua cabeça exposta nas muralhas de Iorque, Eduardo tornou-se Duque de Iorque com apenas dezoito anos.

A sua inexperiência foi largamente compensada por Ricardo Neville, o seu mentor, que viu nele as capacidades de um líder nato, capaz de substituir Henrique VI. Enquanto Margarida de Anjou fazia campanha no Norte, Warwick tomou Londres no ano seguinte, aprisionou Henrique VI na Torre de Londres e Eduardo tornou-se rei de Inglaterra.

Fonte e artigo completo: Wikipedia (CC-BY)







 

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