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Quem foi a princesa Diana e por que ela se tornou um ícone

Há 20 anos, a morte de Lady Di em um trágico acidente de carro emocionou o mundo

Por Da redação
Atualizado em 31 ago 2017, 16h30 - Publicado em 31 ago 2017, 13h08

Em 31 de agosto de 1997, o mundo parou para chorar a morte de Lady Di. A comoção causada pela tragédia foi sem precedentes e, até hoje, nenhuma outra personalidade emocionou tantas pessoas de forma tão universal. Passados 20 anos do acidente que tirou a vida da princesa do povo, título que lhe foi dado pelo então primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair, o legado de Diana ainda ressoa na Família Real.

Desde seu noivado com o príncipe herdeiro Charles, quando era apenas uma tímida jovem de 20 anos, passando por seu papel de mãe dedicada e defensora de causas humanitárias, até sua morte precoce, com apenas 36 anos, Diana desestabilizou a monarquia britânica e marcou uma época. A obsessão da imprensa mundial por sua vida amorosa e familiar alimentou o amor do povo por uma das figuras mais icônicas do século XX.

Amiga de celebridades e personagem midiática, essa aristocrata, cuja imagem pública escondia uma personalidade atormentada, construiu uma popularidade mundial ao demonstrar empatia com os desfavorecidos. Suas confidências privadas revelaram também uma mulher independente que tomou muitas liberdades em relação às tradições da monarquia – e, por isso, muitas vezes enfureceu a rainha Elizabeth II.

E se em vida Diana quebrou protocolos e desprezou as amarras da tradição, chacoalhando realeza britânica, foi sua morte que obrigou a instituição milenar a se modernizar e torna-se mais acessível. Enquanto o povo chorava e colocava milhares de buquês de flores diante das grades do Palácio de Buckingham e do Palácio de Kensington em homenagem à princesa, Charles – seu ex-marido – e a rainha Elizabeth II permaneciam entrincheirados em sua propriedade de Balmoral, na Escócia, sem fazer qualquer declaração durante dias.

Apesar da onda de indignação que crescia em todo o país, a rainha esperou até a véspera do funeral para quebrar o silêncio, durante um discurso excepcional televisionado e que marcou a mudança de postura da monarquia britânica.

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Nascimento e família

Diana Frances Spencer nasceu em julho de 1961 em Sandringham, uma vila no norte da Inglaterra. Seu pai era Edward John Viscount Althorp, assessor pessoal do rei George VI e da rainha Elizabeth I e afilhado da Rainha Mary, avó de Elizabeth II.

Apesar do que muitos acreditam, Lady Di não era plebeia, já que sua família tem descendência direta do rei Charles II, da Dinastia Stuart. Quando seu pai ganhou o título de Conde Spencer, ela passou a ser chamada de Lady Diana Spencer.

Casamento

Depois de terminar seus estudos superiores na Suíça, Diana se mudou para Londres, onde trabalhou como professora de Jardim de Infância. Conheceu o príncipe Charles em 1977, quando tinha apenas 16 anos e ele 29. Depois de um fim de semana com a Família Real no Castelo de Balmoral, na Escócia, em 1980, caiu nas graças da imprensa britânica. A manchete de um dos principais tabloides da época anunciava a nova namorada de Charles: “Ele está apaixonado novamente”.

Alguns meses depois, em fevereiro de 1981, o Palácio de Buckingham anunciou oficialmente o noivado do casal. O casamento foi celebrado em 29 de julho de 1981, na Catedral de St. Paul, três semanas após o aniversário de 20 anos de Diana.

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A noiva usou um vestido criado pelos estilistas David Emanuel e Isabel Emanuel, com uma calda de mais de sete metros. Seus sapatos eram cobertos por 150 pérolas e sua tiara feita de prata foi decorada com ouro e diamantes.

Diana estava claramente nervosa. Durante a cerimônia, trocou o nome de seu futuro marido, chamando-o de Philip Charles Arthur George, ao invés de Charles Philip. Mas nada disso arruinou a mágica do evento, considerado “um contos de fadas”. O casamento foi celebrado com a presença de 2.500 pessoas e bateu o recorde de audiência da época para qualquer evento televisionado. Foi assistido por 750 milhões de pessoas em todo o mundo.

Trabalho humanitário

Como princesa de Gales, Diana assumiu muitas funções reais ao lado do príncipe Charles e representou a rainha Elizabeth em muitos eventos ao redor do mundo. Famosa por seu envolvimento com o trabalho humanitário, foi presidente de um grande hospital beneficente em Londres e colaborou com grandes instituições, como a Cruz Vermelha britânica, e campanhas de apoio a pacientes com HIV e leucemia.

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Filhos

Menos de quatro meses após o casamento de Diana e Charles, em 5 de novembro de 1981, a Família Real anunciou que Diana estava grávida de seu primeiro filho. Em junho de 1982 nasceu o príncipe William Arthur Philip Louis.

Em setembro de 1984 Lady Di deu à luz ao seu segundo filho, Henry Charles Albert David. Diana sempre foi reverenciada como uma mãe muito presente. Escolhia as babás, as escolas e as roupas de seus meninos com muito cuidado e os levava a escola quase todos os dias, diferente de outros membros da realeza, que priorizam eventos oficiais.

Divórcio

No início do casamento, Diana e Charles pareciam muito apaixonados e felizes. Porém, a partir de 1986, ficou óbvio para todos que a vida de casal dos dois não ia mais tão bem. Em suas raras aparições públicas juntos demonstravam muita frieza, despertando especulações sobre traições e uma futura separação.

Mais tarde, descobriu-se que os boatos da imprensa eram verdadeiros. Charles manteve um longo caso com Camilla Parker Bowles, hoje sua esposa, conhecida como Duquesa da Cornualha. Em 1995, durante uma famosa entrevista à BBC, Diana também admitiu que havia cometido adultério durante o casamento.

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Na mesma entrevista, Lady Di falou sobre a traição de Charles. “Havia três pessoas nesse casamento, então estava um pouco lotado”, afirmou. Ela também colocou em dúvida as habilidades de seu marido para governar. “Porque eu conheço seu caráter eu penso que o cargo mais alto traria enormes limitações para ele e eu não sei se ele poderia se adaptar a isso”, admitiu.

Em 1996, ficou claro que a separação era iminente. Diana anunciou seu acordo de divórcio em fevereiro, surpreendendo a rainha Elizabeth II, a quem não havia informado sobre sua decisão. O divórcio foi anunciado oficialmente em agosto de 1996.

Os termos do acordo incluíram cerca de 23 milhões de dólares para Diana, além de uma pensão de 600.000 dólares por ano. Ela e Charles seriam ativos na vida de seus filhos e Diana continuaria a viver no Palácio de Kensington. Ela perdeu o título de Sua Altera Real, embora oficialmente ainda fosse a Princesa de Gales.

Morte

Lady Di morreu em um acidente no túnel Pont de l’Alma, em Paris, no dia 31 de agosto de 1997. Voltava de um jantar com seu então namorado, o milionário egípcio Dodi al Fayed, quando o veículo em que estavam começou a ser seguido por paparazzi em motos. Ao entrar no túnel, o motorista do carro, Henri Paul, tentou desviar dos fotógrafos e acabou perdendo o controle do veículo, que bateu em alta velocidade em um pilar.

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Paul e Al Fayed morreram no local do acidente, enquanto Diana e o segurança pessoal de Dodi, Trevor Rees-Jones, foram levados para o hospital ainda vivos. Lady Di não resistiu aos ferimentos internos e, mesmo após várias tentativas de ressuscitação, morreu. Rees-Jones foi o único que sobreviveu ao desastre.

Inicialmente, os paparazzi foram culpados pela imprensa e acusados pela Justiça francesa de causar o acidente. Contudo, após dezoito meses de investigação, chegou-se à conclusão de que no momento em que o motorista perdeu o controle do veículo os fotógrafos não estavam perto do carro. Segundo os autos da polícia, Henri Paul estava alcoolizado e muito acima do limite de velocidade permitido, o que causou a batida.

O funeral de Dianal, em 6 de setembro de 1997, emocionou milhões de pessoas e deixou clara a admiração pela princesa do povo. Diana foi sepultada em uma ilha no lago de Althorp, na propriedade da família paterna.

(com agências internacionais)

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