Morte de princesa Diana completa 25 anos: tudo o que se sabe até hoje | Metrópoles
metropoles.com

Morte de princesa Diana completa 25 anos: tudo o que se sabe até hoje

Seu legado permanece intacto. Com o passar dos anos, novas histórias e versões são contadas, aumentando as dúvidas a respeito de sua morte

atualizado

Compartilhar notícia

Getty Images
Diana, Princess of Wales (1961 - 1997), visits Colston's School in Bristol, UK, 19th November 1983. (Photo by Len Trievnor/Daily Express/Hulton Archive/Getty Images)
1 de 1 Diana, Princess of Wales (1961 - 1997), visits Colston's School in Bristol, UK, 19th November 1983. (Photo by Len Trievnor/Daily Express/Hulton Archive/Getty Images) - Foto: Getty Images

O mundo ficou em choque no dia 31 de agosto de 1997 — há exatamente 25 anos. Foi nessa data que a extraordinária e inesquecível princesa de Gales, mais conhecida como Lady Di, morreu, aos 36 anos, em um acidente de carro. Diana perdeu a vida junto ao parceiro, Dodi Al-Fayed, e seu motorista, Henri Paul, depois que a Mercedes bateu em um pilar a 100 km/h no túnel Pont de l’Alma, em Paris. Paul estava sob a influência de álcool e drogas prescritas, mas também tentava se esquivar dos ​​paparazzi, que os seguiam em motocicletas.

Exatos 25 anos depois, o legado da princesa mais marcante da realeza britânica contemporânea permanece intacto. E mais: com o passar dos anos, novas histórias e versões são contadas e apresentadas, o que aumenta as dúvidas e especulações a respeito da morte de Lady Di.

“Há muito poucos momentos como esses na história. Lembro-me de onde eu estava em cada pequeno detalhe quando ouvi falar de Diana”, diz a biografa real Ingrid Seward, que conheceu a princesa pessoalmente. “Isso afetou todo mundo”, afirma.

Diana, Princess of Wales (1961 - 1997) sitting on a step at her home, Highgrove House, in Doughton, Gloucestershire, 18th July 1986. (Photo by Tim Graham Photo Library via Getty Images)
Diana Spencer

Diana Spencer não está mais aqui, mas ainda causa impacto na vida de muitos admiradores — até mesmo daqueles que ainda não eram nascidos no mesmo período que Sua Alteza. Referência para alguns, polêmica para outros, Diana “revolucionou” os bastidores da monarquia inglesa: descumpriu regras, se revoltou, buscou ajuda e fez revelações que ocasionaram em conflitos que até hoje perturbam a imagem da Coroa.

A ex-mulher do príncipe Charles teve coragem de se pronunciar e provar que um membro real não vive um “conto de fadas”, mas é ser humano como qualquer outro, com suas fraquezas, dores, depressões… Ela enfrentou as barreiras da monarquia “inabalável”, findando seu casamento com o príncipe de Gales e começando uma vida, digamos, longe dos deveres reais.

“Assim como Henrique VIII é lembrado por suas seis esposas, o príncipe Charles é lembrado por sua primeira esposa”, pensa Andrew Morton, biógrafo de Diana. “Isso sempre vai assombrá-lo. Sua vida foi definida por seu casamento”, reflete ele.

Mulher branca com uma tiara de diamantes na cabeça
Casamento de Diana com Charles, em 29 de julho de 1981
Princesa Diana e príncipe Charles do Reino Unido em carruagem real no dia de seu casamento. A princesa usa vestido e coroa e o príncipe usa farda militar - Metrópoles
Clique do enlace
Princesa Diana e Príncipe Charles do Reino Unido se beijam em sua cerimônia de casamento - Metrópoles
Beijo dos recém-casados

Mas isso não significa que a face da “princesa do povo” estaria longe dos holofotes. Ela ainda era mãe de William e Harry, frutos de seu relacionamento com o herdeiro do trono britânico. Não bastasse isso, Lady Di passou a se divertir na vida noturna, tinha famosos como amigos, a exemplo de Elton John e Liza Minnelli; e até namorados, como Hasnat Khan.

Princesa Diana com príncipe William e Harry
Princesa Diana com os filhos, os príncipes Harry e William
Príncipe Charles, Harry, William e princesa Diana
Príncipe Charles, Harry, William e princesa Diana em Highgrove House
Foto colorida. Princesa Diana, príncipe Harry e príncipe William com roupas molhadas e sorridentes
Princesa Diana queria que os filhos tivessem uma vida normal

A intrepidez da princesa do povo abriu caminho para um novo capítulo da história da realeza britânica. É como se, a partir dela, outros membros da família — ou agregados — pudessem se impor diante de situações catastróficas. É o caso de Meghan Markle. Depois que se casou com o príncipe Harry, caçula de Diana, ela e o marido tomaram uma decisão que chocou o mundo: se afastaram dos deveres reais.

Apesar das contendas, Lady Di sempre foi motivo de orgulho para seus filhos. E ela deixa saudades. Em julho do ano passado, época em que ela completaria 60 anos se estivesse viva, os irmãos, que até então estavam brigados, trataram de fazer um “acordo tácito” antes de um tributo à falecida mãe. Eles inauguraram uma estátua em homenagem a ela no Jardim Afundado, no Palácio de Kensington.

Principes William e Harry em evento do lançamento de estátua de Diana_1
Os irmãos ficaram cara a cara em julho no evento de lançamento da estátua da mãe, a princesa Diana
Principes William e Harry em evento do lançamento de estátua de Diana
Momento da inauguração da estátua da princesa Diana

O príncipe William tinha apenas 15 anos quando a mãe morreu. Hoje, como um homem maduro e pai de três filhos, ele carrega alguns de seus ensinamentos, desde apoiar causas até sua abordagem prática como pai para George, Charlotte e Louis. A recente decisão de mudar para o interior de Windsor reflete os desejos de Diana de que ele tenha uma educação o mais normal possível.

“William é o exemplo vivo de sua mãe”, diz o ex-segurança da princesa de Gales Ken Wharfe.

Harry, por sua vez, tinha apenas 12 anos quando caminhou atrás do caixão de sua mãe durante o funeral, algo que ele criticou mais tarde. “Acho que nenhuma criança deve ser convidada a fazer isso, sob nenhuma circunstância”, disse, em 2017.

0

O duque de Sussex, agora com 37 anos, chama a si mesmo de “filho da minha mãe”, mantendo sua presença próxima por meio de suas causas de caridade e de sua própria família.

“Harry deixou perfeitamente claro que cada decisão que ele tomava ele se referia à sua mãe no andar de cima”, opina Andrew Morton. “Sua decisão de ir para a América — ele sentiu que ela estava cuidando dele…”, finaliza o biógrafo.

Ainda que mais de duas décadas separem a trágica despedida da Diana da atualidade, nem todo mundo aceitou sua morte. Muito se fala a respeito de uma teoria de conspiração que levanta a tese: “mandaram matar Lady Di”. Diante das presunções de que o acidente de carro não foi apenas uma fatalidade ocorrida em razão das esquivanças da perseguição dos paparazzi, o que se sabe até hoje sobre o falecimento de Lady Di?

Confira uma levantamento da Coluna Claudia Meireles:

O que aconteceu no dia 31 de agosto de 1997

Nesta data, Diana e Dodi Fayed voltavam de viagem e fizeram uma parada em Paris antes de seguir para Londres. Eles foram para o apartamento de Mohamed Al-Fayed, pai de Dodi e dono do hotel Ritz de Paris, na Rue Arsène Houssaye, na intenção de jantar e depois ir para o apartamento. No entanto, mudaram de ideia.

Dodi Al Fayed e Diana
Dodi Al Fayed e Diana tiveram um relacionamento curto após a separação da princesa com o príncipe Charles
Dodi Al Fayed e princesa Diana
Foto tirada em 17 de julho de 1997. Na imagem, estão Dodi Al Fayed, princesa Diana e príncipe William

Henri Paul, chefe de segurança do hotel, saiu com um carro momentos antes para despistar os paparazzi que estavam rondando o prédio. Em seguida, ele busca Diana e Dodi em uma rua alternativa, a Rue de Cambon, às 0h20, para levá-los ao apartamento.

Afirma-se que aproximadamente 30 fotógrafos perseguiram o carro, onde nenhum dos passageiros usava cinto de segurança. Ao chegarem na Pont De l’Alma, cujo limite de velocidade é de 50 km/h, o veículo estava a surpreendentes 105 km/h. A Mercedes perde o controle e bate em um pilar às 0h23. Alguns fotógrafos correm para ajudar, já outros aproveitam para registrar o momento chocante e histórico.

Death of Diana, Princess of Wales
Diana, Dodi Fayed (ambos no banco de trás), o guarda-costas Trevor Rees-Jones (à frente, à esquerda) e o motorista Henri Paul, em seu Mercedes-Benz S280, pouco antes do acidente fatal
Acidente princesa Diana
Local do acidente de carro fatal em Paris. Arranjos de flores foram colocados em sua memória

A polícia chega ao local sete minutos após o acidente, mas apenas 37 minutos depois Lady Di é retirada do carro. A princesa entra no hospital somente às 02h06, ou seja, 1h43 após a batida.

Embora a culpa tenha sido destinada, primeiramente, aos paparazzi, ninguém sabia que o motorista, Henri Paul, estava embriagado. Ele tinha 1.75g de álcool por litro de sangue (2.2x acima do limite do Reino Unido e 3.5x o limite permitido na França).

Túnel acidente Diana
Mensagens deixadas acima da entrada do túnel onde ocorreu o acidente
Ela previu a morte em acidente de carro em bilhete apavorante

Conforme o Metrópoles anunciou em meados deste mês, a própria princesa previu que ela morreria em um acidente de carro. Essa revelação irá ao ar na próxima série documental do Discovery+, The Diana Investigations, que, em quatro episódios, narra as investigações britânicas e francesas sobre a circunstância que tirou a vida de Lady Di.

O portal Daily Beast obteve uma prévia do programa e conta que, em 30 de outubro de 1995, Victor Mishcon, consultor legal de Diana, participou de uma reunião a portas fechadas com a integrante da realeza e seu secretário pessoal, Patrick Jephson. Mishton anotou o conteúdo da conversa.

Jornais princesa Diana
Diana morreu em agosto de 1997, junto com seu parceiro, Dodi Al-Fayed, e seu motorista, Henri Paul
Princesa Diana morte
Memorial para a princesa Diana e Dodi Fayad é visto na loja de departamentos Harrods em 18 de dezembro de 2003, em Londres

Segundo o bilhete escrito por ele, Lady Di queria falar “sobre algo que estava em sua cabeça”. Durante a reunião, Diana disse que “fontes confiáveis”, não reveladas por ela, informaram que, em abril de 1996, esforços seriam feitos para “se livrar dela” e “um acidente de carro seria encenado”. Ao que as anotações indicam, a ex-esposa do príncipe Charles terminaria “morta ou machucada de forma séria”.

De acordo com os especialistas envolvidos na série, Mishcon entregou o bilhete para a polícia metropolitana de Londres após o acidente fatal, em 1997. O documento ficou sob posse do comissário na época, Paul Condon, que o guardou em um cofre. O conteúdo só veio a público depois que Condon deixou o posto e foi substituído por John Stevens.

“Eu estive com o Sr. Mishcon um mês antes de seu falecimento, por volta da primavera de 2005. Ele me atentou ao fato de que pensou na época que Diana estava paranoica, então, não deu tanta importância assim [as anotações]”, anunciou Stevens ao Daily Beast.

O “adeus” da ex-esposa seria “útil” a Charles, já que o divórcio diminuiu sua popularidade e pegaria muito mal casar com outra enquanto a ex ainda estivesse viva. Entretanto, sem a princesa de Gales, seria mais “aceitável” o filho da rainha Elizabeth iniciar um novo relacionamento.

Morte acidente princesa Diana
O ex-comissário da Polícia Metropolitana de Londres, senhor Stevens, com a cópia do relatório de inquérito da Operação Paget após um inquérito oficial da polícia britânica sobre o acidente. Ele liderou a investigação de três anos e descobriu que não havia evidências de que o casal foi assassinado
Morte princesa Diana
Mais de um milhão de buquês de flores foram deixados no Palácio de Kensington, Palácio de Buckingham e Palácio de St. James após o trágico acidente automobilístico em 31 de agosto de 1997
Diana poderia estar grávida

Uma das teorias de conspiração mais conhecidas é a de que Diana Spencer estava grávida de Dodi. Segundo Mohamed Al-Fayed, ela e o namorado muçulmano anunciariam o noivado no dia 1 de setembro. O parceiro de Lady Di chegou a visitar uma joalheria em Paris, apesar de as investigações apontarem que ele não comprou nada. Acredita-se que a Coroa não aceitaria muito bem essa situação.

Mohamed Al-Fayed também revelou que o casal visitou uma vila em Paris, onde ele possui um apartamento, para “visitar o quarto do bebê”. O porteiro do edifício declarou que eles ficaram duas horas no local. No entanto, mais tarde ele mudou sua versão ao dizer que, na verdade, não tinha sido nem meia hora.

Diana princesa
Uma das teorias de conspiração mais conhecidas é a de que Diana Spencer estava grávida de Dodi
Mandaram matá-la?

Segundo a imprensa britânica, supostas testemunhas do acidente afirmaram ter visto luzes e veículos estranhos momentos antes da colisão, o que seria um indício de que haveria algo a mais por trás da tragédia. Inclusive, um desses carros foi identificado: um Uno branco, que desapareceu logo em seguida à batida e nunca mais foi encontrado. O veículo teria dado uma fechada na Mercedes. Porém, o Uno não foi visto em nenhuma foto ou vídeo de segurança.

De acordo com os tabloides ingleses, um ex-membro do serviço secreto britânico explicou que as circunstâncias da colisão do carro eram parecidas com um plano já armado para matar o presidente da Sérvia. Nada foi provado.

Morte princesa Diana
Fãs lamentam a morte de Diana

Outras pessoas que estavam no local do acidente confessaram que, momentos antes da batida, viram um forte flash de luz. De acordo com os especialistas, essa seria uma tática para cegar o motorista por alguns segundos.

Também integra a lista de suposições a ideia de que testemunhas viram o motorista sair do hotel sem dar sinais de embriaguez. Vídeos da câmera de segurança do empreendimento o mostraram amarrando o cadarço do sapato sem perder o equilíbrio.

Morte princesa Diana
A morte de Lady Di chocou o mundo

Outra suspeita é que, oito meses antes da tragédia, Henri Paul havia depositado 43 mil libras de origem desconhecida, mensalmente, em 15 contas diferentes. Há quem diga que o montante seja o pagamento pelo acidente que, mal sabia, também tiraria sua vida.

Algumas pessoas acreditam, também, que os paparazzi podem ter provocado o acidente para conseguirem cliques milionários. Estima-se que as imagens do acidente foram as mais caras fotos já vendidas de celebridades.

Rainha Elizabeth funeral Diana
Rainha Elizabeth no funeral de Diana, sete dias após o acidente

Pelo o que se sabe, havia 14 câmeras de segurança no túnel, mas elas não filmaram o acidente. Reporta-se que elas não gravaram depois de um horário específico da noite.

A chamada Operação Paget investigou 175 diferentes teorias, sob um custo de 12,5 milhões de libras, envolvendo 14 policiais e um relatório de 832 páginas.

Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?

Notificações