A saga de Barbara Palmer, a mais notória amante do Rei Carlos II
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Matérias / Monarquia

A saga de Barbara Palmer, a mais notória amante do Rei Carlos II

De gastos sem limites a filhos reconhecidos: a mulher causou alarde na corte inglesa no século 17 e início do século 18

Penélope Coelho Publicado em 18/05/2020, às 15h30

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Retrato de Barbara Palmer, data desconhecida - Wikimedia Commons
Retrato de Barbara Palmer, data desconhecida - Wikimedia Commons

Durante seu reinado comandando a Inglaterra, Escócia e Irlanda, o rei Carlos II não escondia de ninguém suas inúmeras amantes. Apesar de ser casado com a rainha Catarina de Bragança, o monarca não costumava seguir uma união monogâmica.

Dentre as diversas mulheres que mantinham uma relação extraconjugal com Carlos, nenhuma chamou mais atenção que Barbara Palmer, conhecida por seu jeito descrito como indecente e até mesmo infantil, ela dominou o coração do homem e chegou até a ser chamada de Rainha Sem Coroa.

Barbara Palmer retratada por Sir Peter Lely, em 1666 / Crédito: Wikimedia Commons

Quem foi Barbara Palmer

No início de sua vida, tudo parecia ir bem para Palmer, nascida em 1640, ela vinha de uma família aristocrata. Seu pai, William era visconde, o que proporcionava para a menina uma vida de privilégios. Porém, tudo mudou quando o homem morreu repentinamente durante a Primeira Guerra Civil Inglesa, deixando a menina e a sua mãe sozinhas e pobres.

Mesmo com sua aparência estonteante, durante um bom tempo a menina procurou por casamentos, mas, não obteve sucesso já que os homens procuravam por mulheres afortunadas. Porém, isso mudou quando Barbara conheceu um cavalheiro chamado Roger Palmer, de quem herdou o sobrenome.

Eles se casaram em 14 de abril de 1659, porém, somente um ano depois a mulher se tornou amante do Rei Carlos II. O pai de Roger já havia alertado o filho que essa união iria custar caro para o homem; aparentemente, ele estava certo.

Traições, gastos e filhos

Quando criança, a família de Barbara demonstrava um afeto pelo rei, após a morte de seu pai Carlos I. Isso nunca saiu da cabeça de Palmer que na primeira oportunidade de convívio com Carlos II, se tornou sua amante.

Barbara Palmer por volta de 1705 / Crédito: Wikimedia Commons

No ano de 1661, o líder da Inglaterra decidiu nomear Roger como conde de Castlemaine, teoricamente como recompensa por seus serviços para o país, mas, a verdade é que algo muito maior estava por trás desse título.

O intuito do rei era que esses nomes fossem passados para os filhos de Barbara, como uma garantia de que eles teriam uma herança, já que na verdade as crianças eram em sua maioria de Carlos II, acredita-se que cinco dos seis filhos de Barbara tenham sido do rei.

A condessa de Castlemaine, conhecida por seus belos cachos, usou de seu jeito sedutor para conseguir tudo o que queria. Tornando-se até objeto de inúmeros retratos do pintor da corte, Sir Peter Lely.

Ela sabia do poder de influência que tinha com o rei e não tinha medo de usá-lo. A Rainha sem Coroa intimidava até mesmo a verdadeira majestade, Catarina de Bragança. Porém, em alguns anos o rei foi se desencantando pela amante e arrumou outras mulheres que, aos poucos, tomaram o lugar de Palmer. 

Barbara tentou chamar a atenção de seu amado de todos os jeitos, a mulher chegou até a se converter ao catolicismo — como maneira de tentar fortalecer seus laços com o rei—, mas, sua decisão não mudou a atitude distante do monarca.

Não demorou muito para que Barbara também começasse a se encontrar com outros homens. Sem limites, a condessa era uma mulher extravagante de gostos caros. Tudo piorou quando a cortesã decidiu presentear um de seus amantes, John Churchill, com a bagatela de 5 mil libras.

A moça se tornou motivo de piadas na corte e o rei sugeriu que a sua ex-amante preferida fosse viver no Palácio de Nonsuch. Carlos II pediu para que Palmer permanecesse em silêncio, sem causar escândalos que pudessem prejudicar sua reputação como soberano. 

Últimos anos

Barbara atendeu aos pedidos do homem e em 1676 se mudou para Paris, com os filhos mais novos. Porém, a personalidade da concubina não havia mudado, quatro anos depois ela voltou para Inglaterra e segundo historiadores até se relacionou com o rei mais algumas vezes.

Como nunca gastou com sabedoria, a condessa resolveu vender os materiais de construção do palácio para pagar dívidas de jogos. Em 1705, seu marido Roger Palmer faleceu e ela se casou novamente, dessa vez com o general Robert Fielding, mas, a relação também não foi bem sucedida.

Barbara morreu aos 68 anos em 9 de outubro de 1709, depois de sofrer por um edema e insuficiência cardíaca. A trajetória da mulher ficou marcada na história da Inglaterra, sendo inspiração de algumas peças de teatro e filmes, mesmo anos depois de sua morte. Barbara ficou conhecida para sempre como a primeira Duquesa de Cleveland.


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