Sozinho na imensa mansão - Jornal de Beltrão
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Francisco Beltrão
sábado, 04 de maio de 2024

Edição 7948

04/05/2024

Sozinho na imensa mansão

A TV Record trouxe recentemente uma matéria sobre o jornalista Milton Neves, despertando minha atenção mesmo que eu não o aprecie muito devido à sua linguagem direta e, às vezes, rude. A chamada mencionava que ele estava passando por uma séria depressão após a perda da esposa, o que me levou a refletir sobre sua história.

Com 72 anos, Milton trilhou um caminho desde sua juventude pobre em Curitiba até a consagração no rádio e na TV em São Paulo, onde acumulou uma fortuna surpreendente, ultrapassando 1 bilhão de reais em patrimônio. Proprietário de fazendas, uma construtora e inúmeros loteamentos, ele vive agora em uma mansão avaliada em 80 milhões de reais em Barueri.

No entanto, mesmo com toda essa riqueza, a matéria o mostrou em um momento de vulnerabilidade, chorando ao lembrar da esposa em uma das fazendas, seu local preferido. Ele expressou arrependimento por não ter passado mais tempo com ela enquanto estava saudável, pois o trabalho o absorvia tanto que nem sempre conseguia estar presente com a família.

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Ao retornar à praça em Muzambinho, onde viu sua esposa pela primeira vez na adolescência, Milton refletiu sobre o amor que durou a vida toda. Ele admitiu que preferiria ter menos riqueza e ter sua esposa ao seu lado novamente. Esse desabafo ecoa a experiência de muitos que dedicaram tanto tempo ao trabalho que negligenciaram o convívio familiar, percebendo tarde demais que a riqueza não pode substituir o afeto perdido. Uma descoberta amarga e dolorida, mas que, infelizmente, muitas vezes só acontece quando já é tarde demais.

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