Reino Unido: ativista detido após tentar atirar ovos contra Carlos III e Camila - Expresso

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Reino Unido: ativista detido após tentar atirar ovos contra Carlos III e Camila

Carlos III cumprimenta a multidão que o recebeu na cidade de Iorque, condado de Yorkshire, dia 9 de novembro
Carlos III cumprimenta a multidão que o recebeu na cidade de Iorque, condado de Yorkshire, dia 9 de novembro
WPA Pool

Um homem foi detido esta quarta-feira no Reino Unido após tentar atirar ovos contra Carlos III e a rainha consorte, Camila. O ativista atirou três ovos enquanto gritava que o “Reino Unido foi construído com o sangue de escravos”, mas nenhum atingiu o alvo

Um homem foi detido esta quarta-feira pela polícia britânica na cidade de Iorque após tentar atirar ovos contra Carlos III e a rainha consorte, Camila, avançou o jornal britânico The Telegraph. O incidente ocorreu junto ao chamado Micklegate Bar, um imponente portão de pedra construído no século XII, onde o casal real foi recebido pelo Presidente da câmara de Iorque, numa cerimónia oficial realizada pela última vez em 2012 por Isabel II.

Antes de atirar três ovos ao monarca, o manifestante gritou: “o Reino Unido foi construído com o sangue de escravos” e "Carlos III não é o meu rei”. Segundo as autoridades do condado de Yorkshire, no norte do Reino Unido, onde se insere Iorque, o detido é um já conhecido ativista ambiental de 23 anos, Patrick Thelwell, que foi no passado candidato à assembleia municipal pelo Partido Verde da Inglaterra e do País de Gales.

Nenhum dos objetos atingiu o alvo, tal como mostra um vídeo capturado no local e publicado posteriormente no Twitter. Enquanto cumprimentava os líderes da cidade e a larga multidão que o recebia, Carlos III tentou ignorar os ovos que aterraram a meros centímetros do local onde se encontrava. Entre as exclamações do ativista e gritos de resposta presentes, como “tenha vergonha” ou “God save the king” (“Deus salve o Rei”), a equipa de segurança do soberano apressou-se a encaminhar o casal real para um local seguro.

Citado pela BBC, Stephen Cottrell, arcebispo de Iorque, relativizou o sucedido e afirmou que a agenda de Carlos III no condado irá prosseguir sem impedimentos: “Aqueles que estão na vida pública estão por vezes em posições de vulnerabilidade, e eu certamente quero viver num país, e de facto num mundo, onde não estamos tão rodeados de pessoas que nos impedem de encontrar pessoas e conversar com pessoas”, disse.

“Isso é certamente o que o Rei e a Rainha Consorte querem. Eles estavam a conversar com as pessoas. Por isso, acho que não deixaram que isso os afetasse”, concluiu Cottrell.

Carlos III estava em Yorkshire não só para ser recebido pelas autoridades da cidade, mas também para marcar presença na inauguração de uma estátua de Isabel II, a primeira a ser erguida após a morte da monarca. Tem dois metros de altura, pesa 1,1 toneladas e ficará exposta numa das fachadas da Catedral de Iorque.

Num breve discurso na catedral, Carlos III lembrou que “a falecida rainha esteve sempre atenta ao bem-estar do seu povo durante a sua vida” e que agora a sua imagem velará pela praça "durante séculos".

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