Regina Braga (atriz)
Regina Braga | |
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Braga em 2016. | |
Nome completo | Regina Lúcia Palhano Braga Varella |
Pseudônimo(s) | Regina Braga |
Nascimento | 28 de setembro de 1945 (75 anos) Belo Horizonte, MG |
Nacionalidade | brasileira |
Cônjuge | Celso Nunes (1968–78) Dráuzio Varella (1981–presente) |
Ocupação | |
Período de atividade | 1967–presente |
Prêmios | 1983: Melhor Atriz — Chiquinha Gonzaga, Ô Abre Alas (Ver mais) |
Regina Lúcia Palhano Braga Varella (Belo Horizonte, 28 de setembro de 1945) é uma atriz brasileira.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Reconhecida intérprete, versátil nos registros cômicos e dramáticos. A atriz acumula, em sua formação, o curso da Escola de Arte Dramática, estágios realizados na França e junto à formação em psicodrama.[1]
Estréia profissionalmente em 1967 no espetáculo A Escola de Mulheres, de Molière, direção de Isaias Almada para o Núcleo 2 do Teatro de Arena. Participa, em 1970, de A Cantora Careca, de Eugène Ionesco, encenação de Antônio Abujamra; A Longa Noite de Cristal, de Oduvaldo Vianna Filho, e O Interrogatório, de Peter Weiss, encenações de Celso Nunes. Com o mesmo diretor, em 1971, é a vez de E Se a Gente Ganhar a Guerra?, de Mario Prata.
Seu primeiro destaque surge em Coriolano, de William Shakespeare, ao lado de Paulo Autran, em 1974. No ano seguinte, em Equus, de Peter Shaffer, novas colaborações com Celso Nunes. Boas oportunidades surgem nas encenações de Bodas de Papel, de Maria Adelaide Amaral, sendo dirigida por Cecil Thiré, em 1978 e em Patética, de João Ribeiro Chaves Netto, em 1980. Em 1983 protagoniza Chiquinha Gonzaga, Ó Abre Alas, também de Maria Adelaide Amaral, para o Teatro Popular do Sesi, trabalho que lhe rende diversos prêmios. Em 1986, é dirigida por Marcio Aurelio, em O Segundo Tiro, de Robert Thomas.
Cresce em prestígio na peça Uma Relação tão Delicada, de Loleh Bellon, com direção de William Pereira[ligação inativa], tradução de Zélia Do Vale Resende Brosson, em 1989, ganhando o Prêmio Molière de melhor atriz. Em 1996 retorna ao palco, ao lado de Toni Ramos, para uma versão de Cenas de um Casamento, baseado no roteiro de Ingmar Bergman. Em 1998, interpreta Amanda Wingfield de À Margem da Vida, de Tennessee Williams, encenação de Beth Lopes e, no ano seguinte, como a protagonista do solo Um Porto para Elizabeth Bishop[ligação inativa], centrado na vida da poeta norte-americana que viveu alguns anos no Brasil, texto de Marta Góes.
A atriz participa, ao longo de toda sua carreira, de expressivos trabalhos na TV e no cinema, como nas novelas Por Amor, Mulheres Apaixonadas, Deus nos Acuda e o remake de Ti Ti Ti, além do filme Irmã Dulce, em que colheu inúmeros elogios da crítica e do público. Sua atuação em Um Porto para Elizabeth Bishop[ligação inativa] leva o crítico Sérgio Coelho a comentar:[2]
"Uma partitura complexa e fecunda então, que teve a felicidade de ser composta para uma atriz que parece atingir sua maturidade plena. Regina Braga domina com tranquilidade todas as sutilezas requeridas: a perda progressiva do sotaque, que realça o sabor de cada palavra ao tingir de exótico nosso cotidiano; a entrega do corpo ao medo, ao álcool, ao deslumbre feliz; a riqueza de contrastes no ritmo, quando o grito diante da morte logo dá lugar ao relato contido do suicídio de Lota Soares, sua grande paixão."
Vida pessoal[editar | editar código-fonte]
É mãe do ator Gabriel Braga Nunes e esposa do médico Dráuzio Varela.
A atriz se assumiu bissexual recentemente em uma entrevista em que afirma que todos os seres humanos são bissexuais e que ela mesma sente atração por homens e mulheres. [3]
Filmografia[editar | editar código-fonte]
Televisão[editar | editar código-fonte]
Ano | Título | Personagem | Notas |
---|---|---|---|
1970 | A Gordinha | Joana | |
1980 | O Meu Pé de Laranja Lima | Professora Cecília | |
1981 | O Vento do Mar Aberto | Célia | |
1982 | O Coronel e o Lobisomem | Alonsa dos Santos | |
1984 | Joana | Tereza | |
1990 | A História de Ana Raio e Zé Trovão | Ela mesma | Participação especial |
1992 | Deus nos Acuda | Clarisse | |
1997 | Por Amor | Lídia Gonzaga Greco | |
1998 | Mulher | Judite | Episódio: "Mães e Filhos" |
2003 | Mulheres Apaixonadas | Ana de Batista | |
2006 | JK | Alzira Gonçalves | |
2008 | Alice | Maria Luíza Camargo (Luli) | |
2010 | Ti Ti Ti | Cecília Spina (Titia) | |
2012 | As Brasileiras | Olinda | Episódio: "A Reacionária do Pantanal" |
2016 | A Lei do Amor | Sílvia Noronha | |
2021 | Um Lugar ao Sol | [4][5] |
Cinema[editar | editar código-fonte]
Ano | Título | Personagem |
---|---|---|
1979 | Paula - A História de uma Subversiva | Bia |
1996 | Flora | Flora[6] |
2014 | Irmã Dulce[7] | Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes (Irmã Dulce) |
2017 | Todas as Razões para Esquecer | Elisa |
Teatro[editar | editar código-fonte]
Ano | Título | Personagem | Ref |
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1966 | Somos Todos do Jardim de Infância | [8] | |
1970 | A Cantora Careca | ||
A Longa Noite de Cristal | Vários personagens | ||
O Interrogatório | |||
1971 | Cândido | ||
E Se A Gente Ganhar a Guerra? | |||
1974 | Coloriano | ||
1975 | Equus | ||
1976 | Concerto n° 1 Piano e Orquestra | ||
1977 | Constantina | Constantina | |
1978 | Bodas de Papel | ||
1980 | Patética | Clara | |
1982 | Os Colunáveis | ||
Irmã Maria Ignácio Explica Tudo | Irmã Maria | ||
1983 | Chiquinha Gonzaga, Ô Abre Alas | Chiquinha Gonzaga | |
1986 | O Segundo Tiro | ||
1988 | Prepare Seus Pés Para o verão | ||
1989 | Uma Relação Tão Delicada | Jane | |
1996 | Cenas de Um Casamento | ||
2001 | Um Porto para Elizabeth Bishop | Elizabeth Bishop | |
2012 | Por Um Fio |
Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]
Ano | Prêmio | Nomeação | Trabalho | Resultado | Ref |
---|---|---|---|---|---|
1970 | Troféu Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) | Melhor Atriz Revelação | Venceu | [9] | |
Venceu | |||||
Venceu | |||||
1983 | Prêmio Molière | Melhor Atriz | Venceu | [10] | |
Prêmio Governador do Estado de São Paulo | Melhor Atriz | Venceu | |||
Troféu Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) | Melhor Atriz de Teatro | Venceu | |||
1989 | Prêmio Molière | Melhor Atriz | Venceu | [8] | |
1996 | Festival RioCine Internacional | Melhor Atriz em Curta-metragem | Venceu | [11] | |
2001 | Troféu Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) | Melhor Atriz de Teatro | Venceu | [12] |
Referências
- ↑ [1]
- ↑ COELHO, Sérgio. Sob olhar estrangeiro: Bishop define Brasil. Folha de S.Paulo, São Paulo, 15 jun. 2001. Ilustrada, p. E2
- ↑ [2]
- ↑ https://noticiasdatv.uol.com.br/mobile/noticia/daniel-castro/globo-bate-martelo-e-muda-nome-de-novela-que-trara-caua-reymond-cabeludo-33474
- ↑ Patrícia Kogut (8 de janeiro de 2020). «Regina Braga fará 'Em seu lugar', novela de Lícia Manzo». O Globo. Consultado em 8 de janeiro de 2020
- ↑ «Regina Braga - Filmografia». Mulheres do Cinema Brasileiro. Consultado em 9 de dezembro de 2016
- ↑ Danilo Perelló (27 de novembro de 2014). «Filme 'Irmã Dulce' mostra a vida dedicada aos pobres e doentes da freira». Extra. Consultado em 27 de novembro de 2014
- ↑ a b REGINA Braga. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa207608/regina-braga>. Acesso em: 28 de Fev. 2020.
- ↑ GÓES, Marta. Regina Braga: talento é um aprendizado. Livraria Imprensa. Disponível em: https://livraria.imprensaoficial.com.br/media/ebooks/12.0.813.516.pdf&ved=2ahUKEwjA68PQ3PTnAhWxGbkGHVTcBwYQFjAGegQICBAB&usg=AOvVaw2pgrk2e-3gweppPOS-3M1j&cshid=1582910412344
- ↑ "Chiquinha Gonzaga - Ó Abre Alas", com Regina Braga Acesso em 28 de fevereiro de 2020
- ↑ Mulheres do Cinema Brasileiro :: Regina Braga Acesso 28 de fevereiro de 2020
- ↑ APCA elege os melhores do ano