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Parecia-lhe uma grande bobagem – inventar diferenças quando as pessoas, sabe Deus, eram diferentes o bastante sem isso.407 leitores do Kindle destacaram isso- Por debaixo é tudo escuro, é tudo dispersão, é insondavelmente profundo; mas, de quando em quando, subimos à superfície e é através disso que somos vistos.273 leitores do Kindle destacaram isso
- Todo o ser e todo o fazer, expansivo, resplandecente, vocal, evaporava-se; e nos reduzíamos, com uma sensação de solenidade, a sermos nós próprios, a um núcleo de escuridão em forma de cunha, algo invisível para os outros.211 leitores do Kindle destacaram isso
Da editora
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| A arte da brevidade: Contos | As ondas (Capa Dura) | Entre os atos (Capa Dura) | Mrs Dalloway 2ª edição (Capa Dura) - Vencedor do Prêmio Jabuti 2013 de Tradução | O quarto de Jacob | Uma prosa apaixonada (Capa Dura) | |
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Narrativa poética, mas requer elã
Este foi meu segundo contato com a escritora britânica e foi uma experiência bem melhor que a primeira. Minha primeira leitura de Virginia Woolf foi "Orlando", livro que não gostei.Em "Ao farol" a autora pinta um quadro diante do nós, do mesmo modo que faz Lily Briscoe (uma das personagens, amiga da família Ramsay): cheio de nuances, tons, sombras, cores vivas e melancólicas. Virginia desnuda a alma humana, expõe suas relações e nos faz entrar na cabeça de seus complexos personagens, como tão complexa é a vida – e o faz de forma brilhante usando o discurso indireto livre. O narrador em terceira pessoa alterna os personagens a quem se refere o tempo todo, exigindo atenção máxima do leitor.O pano de fundo é uma guerra que foi chamada "a grande", e que passou deixando sua marca destrutiva. Mas a vida é maior que qualquer guerra. Virginia faz seus personagens resistirem carregando as marcas do tempo, que passam por tragédias e amadurecimento. A parte intitulada "O tempo passa" é uma das coisas mais belas que eu já li.Contudo, há que se reconhecer que Virgínia Woolf não é pra todo mundo. É um estilo que requer muita paciência e elã da parte do leitor. Não há ações sendo narradas, há pensamentos, sentimentos.Virginia Woolf não está entre os escritores que mais me empolgam, mas é uma viagem que eu tenho gostado de fazer, pelo menos com este "Ao farol". Uma literatura intimista e que desafia convenções.(Ps: Li na edição da Tag, mas é a mesma tradução da Autêntica, do Tomaz Tadeu. Que, aliás, gostei bastante)
