Não há volta a dar: o príncipe André, terceiro filho da rainha Elizabeth II, não deve mesmo voltar à vida pública depois de os escândalos de assédio sexual e a amizade com Jeffrey Epstein, que morreu na cela onde cumpria pena por abuso sexual de menores, terem minado a sua imagem pública.

É que nem o príncipe William, o segundo na linha de sucessão ao trono britânico, concebe a ideia de ver o tio de regresso à ribalta monárquica: “Não há nenhuma maneira no mundo de ele voltar”, disse um amigo do duque de Cambridge ao The Sunday Times: “O William não é fã do tio André”.

Outra fonte próxima da família real garantiu que o filho mais velho de Carlos e Diana não aprecia a atitude do duque de York para com o papel que tinha na monarquia britânica, que terá descrito como “indelicada e ingrata”. William diz mesmo que é “um risco” e uma “ameaça para a família”.

“Qualquer sugestão de que não haja gratidão pela instituição, qualquer coisa que possa levar alguém em público a pensar que os membros mais antigos da família real não são gratos pela sua posição, o William pensa que é realmente perigoso”, concluiu.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

São sentimentos que o príncipe Carlos, futuro rei de Inglaterra, partilha com o filho mais velho. Terá sido mesmo por isso que, depois de ver o irmão afirmar que faria uma homenagem pública ao príncipe Filipe, duque de Edimburgo, na ressaca da sua morte, Carlos antecipou-se.

Mesmo antes disso, já era evidente o esforço da família real britânica para manter André longe dos olhares do público. No casamento da princesa Beatrice, o duque foi autorizado a acompanhar a filha rumo ao altar, ao encontro de Edoardo Mapelli Mozzi, mas são raras as fotografias oficiais em que surge.

Rainha Isabel II vai pagar milhões na defesa do príncipe André em processo nos EUA

O príncipe é suspeito de ter abusado de uma menor em 2001, quando Virginia Giuffre tinha 17 anos. Tudo terá acontecido num apartamento em Londres pertencente à socialite Ghislaine Maxwell, presa por ter facilitado encontros com raparigas para serem violentadas sexualmente por Jeffrey Epstein. Em 2019, Andrew já tinha abandonado as funções públicas, negando qualquer participação em crimes desta natureza.