Ana de Iorque, Duquesa de Exeter

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Ana de Iorque
Duquesa de Exeter
Ana de Iorque, Duquesa de Exeter
Nascimento 10 de agosto de 1439
  Fotheringhay, Northamptonshire, Inglaterra
Morte 14 de janeiro de 1476 (36 anos)
  Windsor, Berkshire, Inglaterra
Sepultado em Capela de St. Ledger, Capela de São Jorge, Windsor
Cônjuge Henrique Holland, 3.º Duque de Exeter
Thomas St. Leger
Descendência Lady Ana Holland
Ana St. Leger, Baronesa de Ros
Casa Iorque
Pai Ricardo, 3.º Duque de Iorque
Mãe Cecília Neville

Ana de Iorque, Duquesa de Exeter, também conhecida como Ana Plantageneta (Fotheringhay, 10 de agosto de 1439Windsor, 14 de janeiro de 1476) foi filha mais velha de Ricardo, 3.º Duque de Iorque e de Cecília Neville. Foi irmã mais velha dos reis Eduardo IV (1461–1483) e Ricardo III (1483–1485).

Casamentos e descendência[editar | editar código-fonte]

Ana casou-se duas vezes e divorciou-se do primeiro marido.

Primeiro casamento[editar | editar código-fonte]

Em 1447, quando tinha oito anos de idade, Ana casou-se com Henrique Holland, 3.º Duque de Exeter (1430–1475). Durante a Guerra das Rosas, o duque de Exeter ficou do lado da Casa de Lencastre contra a família da sua mulher, a Casa de Iorque. Exeter comandou algumas das maiores vitórias da Casa de Lencastre na Batalha de Wakefield e na Segunda Batalha de St. Albans. Ele também foi um dos comandantes da derrota dos Lencastre na Batalha de Towton. O duque fugiu para a Escócia depois da batalha e, mais tarde, partiu com Margarida de Anjou para o exílio na França. Em 4 de março de 1461, o irmão mais novo de Ana, Eduardo, tornou-se rei. Ele confiscou os bens do duque de Exeter, mas entregou-os a Ana e à filha do casal, Ana Holland. Ana e o duque de Exeter separaram-se em 1464 e divorciaram-se em 1472. Durante o segundo reinado de Henrique VI, Ana manteve-se leal ao seu irmão Eduardo e, naquela que parece ter sido a sua única intervenção política, tentou persuadir o seu irmão, Jorge, Duque de Clarence, a abandonar a causa dos Lencastre. Os seus argumentos sortiram algum efeito, pelo que ela ajudou a restaurar o reinado de Eduardo IV.

Ana só teve uma filha com o duque de Exeter, Ana Holland (1461[1] – entre 26 de agosto de 1467 e 6 de junho de 1474), que se casou em outubro de 1466 no Palácio de Greewich com Tomás Grey, filho de Isabel Woodville e do seu primeiro marido.[2] Esta morreu sem filhos entre 26 de agosto de 1467 e 6 de junho de 1474. Mais tarde, Tomás casou-se com Cecília Bonville, 7.ª Baronesa Harington, outra herdeira jovem e rica.[3]

Segundo Casamento[editar | editar código-fonte]

Ana casou-se pela segunda vez por volta de 1474 com Thomas St. Ledger (c. 1440 – 1483), um seguidor leal do seu irmão, Eduardo IV. Em 1483, ele participou na rebelião falhada do Duque de Buckingham contra o irmão mais novo do rei Eduardo, Ricardo III, que acabou por lhe suceder. Após o falhanço da rebelião, Thomas foi executado. No entanto, o rei Eduardo tinha garantido que as terras do antigo Duque de Exeter ficariam na posse de Ana e dos seus herdeiros, pelo que se ela se voltasse a casar, os seus filhos poderiam herdá-las.

Ana morreu ao dar à luz a sua única filha com Thomas, Anne St. Ledger (14 de janeiro de 1476 – 21 de abril de 1526), que passou a ser a herdeira das terras da mãe e do seu primeiro marido. Anne casou-se com George Manners, 11.º Barão de Ros e foi a mãe de Thomas Manners, 1.º Conde de Ruthland, um favorito da corte de Henrique VIII.

Morte e enterro[editar | editar código-fonte]

Ana foi enterrada em 1 de fevereiro de 1476 na Capela de St. Ledger, que fica no transepto norte da Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, inaugurada em 1481 pelo seu marido. Mais tarde, a capela mudou de nome para Ruthland, em homenagem ao seu genro, George Manners, 11.º Barão de Ros (cuja efígie, em conjunto com a da sua mulher, Anne St. Ledger, se encontra lá).

Referências

  1. Oxford, Bodleian Library MS Digby 57, f. 2*r
  2. «ENGLAND EARLS 1067-1122». fmg.ac. Consultado em 26 de abril de 2023 
  3. Ross, Charles Derek (1974). Edward IV. Berkeley and Los Angeles: University of California Press. p.336