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A revolução dos bichos: Um conto de fadas Capa comum – Edição padrão, 10 janeiro 2007
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Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista.
De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos - expurgos, instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História - mimetizam os que estavam em curso na União Soviética.
Com o acirramento da Guerra Fria, as mesmas razões que causaram constrangimento na época de sua publicação levaram A revolução dos bichos a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell, adepto do socialismo e inimigo de qualquer forma de manipulação política, sentiu-se incomodado com a utilização de sua fábula como panfleto.
Depois das profundas transformações políticas que mudaram a fisionomia do planeta nas últimas décadas, a pequena obra-prima de Orwell pode ser vista sem o viés ideológico reducionista. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens.
Escrito com perfeito domínio da narrativa, atenção às minúcias e extraordinária capacidade de criação de personagens e situações, A revolução dos bichos combina de maneira feliz duas ricas tradições literárias: a das fábulas morais, que remontam a Esopo, e a da sátira política, que teve talvez em Jonathan Swift seu representante máximo.
"A melhor sátira já escrita sobre a face negra da história moderna." - Malcolm Bradbury
"Um livro para todos os tipos de leitor, seu brilho ainda intacto depois de sessenta anos." - Ruth Rendell
- ISBN-108535909559
- ISBN-13978-8535909555
- Edição1ª
- EditoraCompanhia das Letras
- Data da publicação10 janeiro 2007
- IdiomaPortuguês
- Dimensões20.8 x 13.6 x 1.4 cm
- Número de páginas152 páginas
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Da editora
Quem foi George Orwell
George Orwell nasceu Eric Arthur Blair em 25 de junho de 1903, em Bengala, Índia, onde seu pai trabalhava para o Departamento de Ópio do Serviço Público Indiano da Grã-Bretanha; estudou em instituições de elite e foi ele próprio durante cinco anos agente da polícia imperial na Birmânia; viveu com os miseráveis de Paris e Londres no final dos anos 1920; lutou pela causa republicana na Guerra Civil Espanhola ao lado de uma milícia minoritária de inspiração anarquista e trotskista, quando levou um tiro na garganta que quase lhe tirou a vida.
Morreu de tuberculose em 21 de janeiro de 1950, um ano depois de concluir 1984. Tinha apenas 46 anos.
Dele, o Grupo Companhia das Letras também publicou:
- "1984" (edição especial)
- "1984" (Penguin)
- "1984" (HQ de Fido Nesti)
- "A Fazenda dos Animais" (edição especial)
- "A Fazenda dos Animais" (Penguin)
- "A revolução dos bichos" (HQ de Odyr)
- "Sobre a verdade"
#OrwellNaCompanhia: Ficção
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1984 (2009) |
Dias na Birmânia (2008) |
A flor da Inglaterra (2007) |
A revolução dos bichos (2007) |
#OrwellNaCompanhia: Não ficção
O que é fascismo? E outros ensaios (2017); Uma vida em cartas (2013); Como morrem os pobres e outros ensaios (2011); O caminho para Wigan Pier (2010); Na pior em Paris e Londres (2006).
Descrição do produto
Resenha Especializada
A revolução dos bichos é uma história intrigante e provocativa em que, numa primeira leitura, ressalta a fábula, caracterizada por ser um tipo de narrativa protagonizada geralmente por animais, mas que reflete ações humanas com algum ensinamento de cunho moral. No entanto, quando avançamos na história de George Orwell, percebemos que também é uma sátira política que critica tanto a corrupção dos governantes, quanto a fraqueza dos que se deixam manipular por eles. É curiosa a transformação de alguns bichos da fazenda do Sr. Jones quando se libertam da opressão inflingida pelo dono da Granja do Solar, para se tornar opressores dos próprios companheiros. Uma obra indispensável para o aprimoramento da nossa leitura crítica frente aos acontecimentos que se desenrolam no mundo em que vivemos, desenvolvendo a nossa capacidade de julgar de modo mais consciente os fatos políticos aos quais estamos diretamente implicados.
Detalhes do produto
- Editora : Companhia das Letras; 1ª edição (10 janeiro 2007)
- Idioma : Português
- Capa comum : 152 páginas
- ISBN-10 : 8535909559
- ISBN-13 : 978-8535909555
- Idade de leitura : Idade sugerida pelo cliente: 15 anos e acima
- Dimensões : 20.8 x 13.6 x 1.4 cm
- Ranking dos mais vendidos: Nº 36 em Livros (Conheça o Top 100 na categoria Livros)
- Nº 1 em Política Literatura e Ficção
- Nº 4 em Clássicos de Ficção
- Nº 6 em Ficção Literária Literatura e Ficção
- Avaliações dos clientes:
Sobre o autor
Eliana Pacco, nascida em 01 de outubro de 1959, é uma destacada escritora brasileira, cujas obras se dedicam à exploração profunda da espiritualidade e da Umbanda. Com uma carreira literária que começou nos anos 80, Eliana tem enriquecido o cenário literário com romances, livros infantis, contos, e incursões pelos gêneros da fantasia e ficção científica, sempre focando em temáticas que exploram o propósito da existência humana e a conexão espiritual.
Seu trabalho atual visa divulgar e aprofundar os conceitos da Umbanda, buscando através de suas narrativas despertar nos leitores uma consciência de cidadania cósmica. Eliana convida seus leitores a uma jornada de reflexão sobre a vida, o amor, os desafios, e a busca por um significado maior, fazendo de suas histórias um meio para iluminar, inspirar e transformar.
Avaliações de clientes
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Melhores avaliações
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Para mim, o que deu peso à história foi justamente sua constituição narrativa fabular. Ela é leve, não revela nada dos pensamentos de ninguém, é gráfica, tem um tempo muito acelerado e parece querer "suavizar" as partes mais pesadas, quase banalizando o mal, mesmo. Você está lá, num parágrafo normal, falando de outras coisas, e do nada o autor te joga uma frase que conta um acontecimento terrível... E depois ele segue contando a forma que os animais se acostumaram a isso da mesma maneira que fazia antes, como se esse fato não fosse nada. E isso de novo e de novo ao longo de todo o livro. Não há escalada de tensão na linguagem da obra, apenas em seus fatos.
Outra coisa que me atingiu MUITO foi a forma que você (leitor[a]) consegue ver claramente cada grau de piora e exploração, cada esquecimento, cada canalhice retórica e prática, cada maldade sobre inocências, cada maquiavelismo, cada interesse pérfido... Mas os animais não. Isso não é forçar a barra: como eu disse o tempo é acelerado e para os animais, a história se passa dentro de alguns anos, três ou quatro se contei certo. É tempo mais do que suficiente para que a instalação (ou o retorno?) do mal, da perversão, seja tão gradual que passe desapercebida. Isso partiu meu coração, pois somos assim.
E penso que somos pq cansamos. Viver lutando é cansativo. Como não pensar nisso? O que eu poderia sugerir àqueles bichos? Que se fizesse uma segunda revolução? E depois, viria uma terceira? A luta seria eterna? Enfim... Foi um livro que me deixou desesperançada, com raiva de espíritos sonhadores, amargurada com a ilusão de uma revolução que desejo (infelizmente, ainda no tempo presente) ardentemente, mas serve apenas para me consumir, em vez de me organizar, pois está apartada da esperança e da fé.
A nota para o livro reflete esse sentimento. O livro não tem falhas, a narrativa é coesa, faz o que se propõe, mas te deixa de ressaca sem perspectiva de melhora e na boa, eu leio vários livros difíceis e depressivos, mas esse foi diferente. Ele se pretendia leve, e isso baixa a guarda de qualquer um. Pela MINHA experiência, eu dei 4 estrelas. Mas o livro em si é irrepreensível. Basta ler sabendo que é pra quebrar teu coração, em vez de te radicalizar.
Avaliado no Brasil em 26 de novembro de 2024
Voltando à história, ou melhor, iniciando-a, temos uma fazenda, a Granja do Solar, comandada pelo Sr. Jones que, de maneira geral, trata seus animais como animais de fazenda, explorando seu trabalho e aproveitando seus subprodutos, como ovos, leite, e abatendo os animais que servem para o consumo humano.
Um dia, o porco mais velho, o Major, convoca uma reunião para incitar os demais animais a se rebelarem contra esse sistema, expulsando o Sr. Jones e iniciando uma nova era, em que eles não teriam dono e, consequentemente, seriam livres e tudo o que produzissem seria para eles. Em sua fala, Major declara que o homem é o verdadeiro inimigo dos animais. Na fábula, Major é uma clara alusão ao pensador alemão Karl Marx, cujas ideias influenciaram a Revolução Socialista. Os homens representam o sistema capitalista, que oprime o proletariado de forma excessiva, e que, segundo o porco, usufruem, sem produzir, de todos os frutos do trabalho árduo dos animais.
Após a morte de Major, os animais se rebelam e conseguem expulsar os humanos da fazenda, e os porcos, conhecidos por serem os animais mais inteligentes, se encarregam de instruir e organizar o novo sistema de liberdade, o Animalismo. Napoleão e Bola-de-Neve foram os dois porcos que se destacaram nessa tarefa. Em dado momento, estes dois porcos se desentendem e Napoleão expulsa Bola-de-Neve da fazenda (e passa a retratá-lo como traidor), e se intitula Líder.
No início, todas as resoluções eram apresentadas pelos dois porcos principais e votadas pelos demais animais, mas após a expulsão de Bola-de-Neve, Napoleão – já que os porcos eram os animais mais espertos – tomava as decisões e apenas informava aos outros bichos. Todas as resoluções, segundo ele, eram sempre em prol do benefício da fazenda.
No início do animalismo os bichos trabalhavam de forma igual, cada um segundo suas capacidades, e tudo o que era produzido era dividido igualmente. Depois de um tempo os porcos começaram a ter um tratamento diferenciado, já que eram o cérebro da sociedade, com o trabalho mais importante, e passaram a comer melhor e a ter menos horas de trabalho.
Entrementes, o Sr. Jones e demais fazendeiros da região começaram a divulgar boatos falsos sobre a fazenda, e acreditavam que ela iria à ruína rapidamente. Eventualmente, o Sr. Jones tentou retomar o controle da fazenda, fazendo o uso da força, mas falhou nas suas tentativas, já que os animais estavam bem preparados e organizados.
Com o passar do tempo, os animais precisaram trabalhar cada vez mais, até mesmo mais que antes, mas achavam que estavam felizes, já que não tinham donos e tudo o que produziam era somente deles. No entanto, como a fazenda não dispunha de todos os meios para que pudesse evoluir, já que não podia produzir tudo lá, passou a negociar com os humanos, quebrando um dos mandamentos do animalismo.
Fazendo-se a interpretação desses últimos parágrafos, temos Napoleão como Stálin e Bola-de-Neve como Trotski. Os humanos, como capitalistas, tentam derrubar o sistema, em vão.
Os porcos realizavam uma verdadeira lavagem cerebral nos bichos da fazenda, que terminavam por aceitar e concordar com todo o tratamento diferenciado recebido por Napoleão e seus parceiros, porquanto tudo era feito visando o “bem comum”. O sistema não ia muito melhor que o anterior, mas a fazenda fazia de tudo para que o resto do mundo achasse que o Animalismo era perfeito.
Napoleão passou a repelir de forma ríspida qualquer resistência, e passou a massacrar todos os dissidentes. Modificou todos os mandamentos do Animalismo de acordo com sua conveniência e passou a mascarar dados e estatísticas em prol de seu sistema, para enganar o povo os animais. A Granja virou uma República, e Napoleão, o único candidato, passou a ser o seu presidente.
De uma forma geral, a Granja prosperou, passou a ficar rica, mas sem que os animais enriquecessem, exceto os porcos e seus parceiros mais próximos. Mas os animais, apesar de viverem em condições miseráveis, trabalhavam para eles mesmos, eram livres, sem donos. Eram felizes porque eram “iguais”. No entanto, os objetivos anunciados pelos porcos nunca eram atingidos, apesar de todo o esforço dos bichos.
Os porcos assumiram o controle explicitamente e passaram a explorar ainda mais os bichos da fazenda e, concluindo o livro, confraternizam com os humanos na Granja dos Bichos, mostrando as maravilhas do seu sistema. Os humanos veem que o animalismo não era o que eles temiam, o que os agrada. Em seu último parágrafo, ocorre um desentendimento entre os humanos e os porcos, mas os outros animais não conseguem diferenciar visualmente os porcos dos humanos, já que aqueles tinham se tornado semelhantes a estes.
Temos como outras analogias Sansão e Quitéria, os cavalos de tração, representando o povo, que se mata, literalmente, de trabalhar pelo sistema, sempre acreditando em sua ideologia; a égua Mimosa representa parte da burguesia que outrora fora agradada pelo Sr. Jones, e que, por não se adequar ao sistema, futuramente abandona a fazenda. Moisés é o corvo que prega um mundo melhor além do céu, e corresponde à Igreja (Ortodoxa Russa), que tem permissão de voltar à URSS por Stalin na Segunda Guerra mundial. Orwell explica o encontro entre porcos e humanos como sendo a Conferência de Teerã, entre Churchill Inglaterra), Rossevelt (EUA) e Stálin (URSS), prevendo que esse acordo não duraria muito, o que veio a se concretizar num futuro próximo.
Bem, essa é uma análise/resumo do livro, e que pode até parecer meio complexa e complicada, mas mesmo que não procuremos saber das analogias presentes no texto – eu só as procurei mais detalhadamente após seu término -, a leitura é muito boa, já que nos faz refletir bastante após sua conclusão. A leitura é muito rápida, como a de uma fábula para crianças mesmo, podendo ser concluída em um dia. Nesta versão são apenas 112 páginas da história em si e, logo após, temos um excelente posfácio de Christopher Hitchens, escrito em 2006, e como apêndices temos um prefácio proposto pelo autor à primeira edição inglesa (1945) e outro prefácio do autor à edição ucraniana (1947).
Leitura recomendada, e avaliação baseada na sua capacidade sucinta e simples de transmitir sua mensagem, sendo um daqueles livros que nos fazem pensar ainda um bom tempo após o termos devorado.
Para ver minha resenha completa da obra, acesse: h[...]