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Por Memória Globo

Memoria Globo

José Wilker em Roque Santeiro, 1985. — Foto: Jorge Baumann / TV Globo

ROQUE SANTEIRO (José Wilker) – O grande mito de Asa Branca, filho do beato Salu (Nelson Dantas), irmão de João Ligeiro (Maurício Mattar) por parte de pai, e ex-namorado de Mocinha (Lucinha Lins). Ganhou o apelido devido à habilidade inata de modelar santos. Como o ofício foi interpretado como vocação religiosa, o rapaz chegou a ser sacristão. Era tímido, mas imaginoso, com talento para contar histórias. Seu sonho era sair da cidade e ganhar o mundo, carregando consigo um impulso aventureiro. Tornou-se o herói de Asa Branca quando a cidade foi invadida por bandidos, que ocuparam a prefeitura, exigindo resgate. Todos fugiram, mas ele permaneceu, defendendo o ostensório da igreja. Por isso teria sido morto, e seu corpo jogado no rio. Tempos depois, apareceu para uma menina doente, que logo ficou curada, e assim o mito teve início, levando Asa Branca a ser visitada por fiéis de todo o Brasil. A história verdadeira, porém, não é bem essa.

Regina Duarte e Lima Duarte em Roque Santeiro, 1985. — Foto: Nelson Di Rago/Globo

VIÚVA PORCINA (Regina Duarte) – Ignorante de berço, mas muito inteligente e intuitiva, especialmente para negócios vantajosos. Ganhou prestígio em Asa Branca com a história de que foi casada com Roque (José Wilker), a quem teria conhecido, quando trabalhava como balconista, em uma das viagens dele para vender santos. Os dois teriam se apaixonado e logo se casado, poucos dias antes de o santeiro voltar à cidade natal e morrer. Em Asa Branca, Porcina foi amparada por Sinhozinho Malta (Lima Duarte), de quem é amante, e virou parte fundamental na manutenção do mito. Sua fazenda é uma das maiores da região, e ela faz questão de ostentar sua riqueza e poder, sempre com grande mau gosto. É tida como santa, mas tem um comportamento muito duvidoso.

SINHOZINHO MALTA (Lima Duarte) – Fazendeiro e chefe político local, pai de Tânia (Lídia Brondi) e sogro de Marcelina (Wanda Kosmo). Só perde em prestígio para a Viúva Porcina (Regina Duarte), com quem pretende se casar, não só porque é apaixonado por ela, mas também para somar influências. Vaidoso, sua vida se resume a mulheres e dinheiro. Tem como uma de suas metas a construção do aeroporto da cidade, que vai lhe render muitos lucros, pois adquiriu as terras às margens do campo. Tem avião próprio, limusine, e uma grande coleção de perucas. A relação com Porcina esbarra na forte resistência de sua filha, que não aprova a união.

Cláudio Cavalcanti e Paulo Gracindo em Roque Santeiro, 1985. — Foto: Geraldo Modesto/Globo

PADRE HIPÓLITO (Paulo Gracindo) – Típico padre do interior, paternal, às vezes brigão, sem papas na língua. Intransigente na defesa de rígidos padrões de comportamento. Dogmático, opõe-se à corrente renovadora da Igreja. Tem divertidos acessos de indignação, principalmente relacionados à inauguração da boate Sexus, mas não deixa de ser uma pessoa simpática.

PADRE ALBANO (Cláudio Cavalcanti) – O padre progressista da região, representante da nova Igreja. Anda de lambreta, não usa batina e participa de movimentos comunitários. Vive em conflito com padre Hipólito (Paulo Gracindo).

Lucinha Lins, Eloísa Mafalda e Ary Fontoura em Roque Santeiro, 1985 — Foto: Acervo/Globo

FLORINDO ABELHA / SEU FLÔ (Ary Fontoura) – Prefeito de Asa Branca, marido de Pombinha (Eloísa Mafalda) e pai de Mocinha (Lucinha Lins). Fraco, pusilânime, inteiramente dominado pela viúva Porcina (Regina Duarte) e por Sinhozinho Malta (Lima Duarte), que o elegeram. Dono da melhor barbearia da cidade, onde costuma despachar. Tem grandes ambições políticas.

POMBINHA ABELHA (Eloísa Mafalda) – Mulher do prefeito (Ary Fontoura), mãe de Mocinha (Lucinha Lins) e líder das beatas. Diferentemente do marido, é forte e dominadora. Uma das principais articuladoras do movimento contra a inauguração da boate Sexus.

MOCINHA (Lucinha Lins) – Ex-namorada de Roque (José Wilker), filha de Pombinha (Eloísa Mafalda) e Seu Flô (Ary Fontoura). Sofreu muito ao saber do suposto casamento do namorado com Porcina (Regina Duarte), e fez voto de castidade, jurando não se casar nunca mais. Religiosa como a mãe, integra o grupo de beatas em guerra contra Matilde (Yoná Magalhães) e suas “meninas”. Meio histérica, costuma ter visões.

Armando Bogus em Roque Santeiro, 1985. — Foto: Nelson Di Rago/Globo

ZÉ DAS MEDALHAS (Armando Bógus) – Dono de uma pequena indústria que explora o mito de Roque Santeiro por meio da venda de medalhas, camisetas, amuletos e esculturas. Casado com Lulu (Cassia Kis), pai de Tininha (Gabriela Bicalho) e Raul (Bruno César). Sonha ampliar seu negócio com o aumento da fabricação de mercadorias e a abertura de um supermercado.

Cássia Kis em Roque Santeiro, 1985. — Foto: Geraldo Modesto/Globo

LULU (Cassia Kis) – Mulher de Zé das Medalhas (Armando Bógus), mãe de Tininha (Gabriela Bicalho) e Raul (Bruno César). Lugolina, seu nome de batismo, é a menina que, supostamente, viu Roque Santeiro (José Wilker) depois de morto e ficou curada. Tem desejo de vida, gosta de pintar-se e vestir-se bem, e de ir a festas, mas o marido a reprime, obrigando-a viver como prisioneira em casa.

Yoná Magalhães, Claudia Raia e Isis de Oliveira, Roque Santeiro, 1985 — Foto: Acervo/Globo

MATILDE (Yoná Magalhães) – Dona da pousada do Sossego e da boate Sexus. Mulher livre e liberada, e ao mesmo tempo romântica. Tida como uma ameaça aos valores morais de Asa Branca, juntamente com suas “meninas” Ninon (Claudia Raia) e Rosaly (Isis de Oliveira), dançarinas da boate. Desperta curiosidade sobre seu passado.

NINON (Claudia Raia) – Uma das “meninas” de Matilde (Yoná Magalhães), dançarina da boate Sexus.

ROSALY (Isis de Oliveira) – Uma das “meninas” de Matilde (Yoná Magalhães), dançarina da boate Sexus.

Ruy Resende em Roque Santeiro, 1985. — Foto: Geraldo Modesto/Globo

PROFESSOR ASTROMAR JUNQUEIRA (Rui Resende) – Figura notória em Asa Branca por ter escrito um folheto em versos alexandrinos contando a história da cidade, e pelos boatos de que vira lobisomem após a meia-noite. Presidente do Centro Cívico Asa Branquense e orador de todas as cerimônias locais, tem uma paixão antiga por Mocinha (Lucinha Lins), para quem escreve sonetos apaixonados no jornal. Pálido e sempre vestido de preto, o que reforça a lenda sobre sua transformação em lobisomem.

Fábio Júnior em Roque Santeiro, 1985. — Foto: Geraldo Modesto/Globo

ROBERTO MATHIAS (Fábio Jr.) – Ator que vive Roque Santeiro no filme sobre o santo milagreiro. Profissional irresponsável, decora as falas na hora da filmagem, chega atrasado e inventa pretextos para se ausentar da cidade e participar de farras. Tenta conquistar todas as mulheres da cidade, inclusive Tânia (Lídia Brondi) e a Viúva Porcina (Regina Duarte), metendo-se sempre em confusões.

CARLA (Cláudia Costa) – Continuísta do filme sobre Roque Santeiro.

Ewerton de Castro em Roque Santeiro, 1985. — Foto: Geraldo Modesto/Globo

GERSON DO VALLE (Ewerton de Castro) – Diretor do filme sobre Roque Santeiro. Inteligente, bem-informado, ambiciona fazer um filme para ganhar prêmios em festivais. Um perfeccionista, que vive em conflito com o mundo e consigo mesmo, sem conseguir dar forma à maioria de suas ideias geniais.

Luiz Armando Queiroz, Patrícia Pillar em Roque Santeiro, 1985 — Foto: Acervo/Globo

LINDA BASTOS (Patrícia Pillar) – Atriz que vive Porcina no filme sobre Roque Santeiro. Vigiada constantemente pelo marido empresário, o ciumento Tito (Luiz Armando Queiroz). Ganhou fama na TV, e aceitou fazer o filme com a esperança de realizar um trabalho de maior impacto artístico.

TITO FRANÇA (Luiz Armando Queiroz) – Marido empresário e ciumento de Linda Bastos (Patrícia Pillar), controla-a o tempo todo. Não gosta muito da ideia de a mulher fazer o filme, preocupado com o que sua família vai achar.

Wanda Kosmo em Roque Santeiro, 1985 — Foto: Geraldo Modesto/Globo

MARCELINA (Wanda Kosmo) – Avó de Tânia (Lídia Brondi), sogra de Sinhozinho Malta (Lima Duarte). Criou a neta, e compartilha com ela desconfianças quanto à morte da filha.

Lídia Brondi em Roque Santeiro, 1985 — Foto: Geraldo Modesto/Globo

TÂNIA (Lídia Brondi) – Filha de Sinhozinho Malta (Lima Duarte) e da falecida Margarida (Lilian Lemmertz). Criada no Rio, volta a Asa Branca após a morte da mãe, que considera muito suspeita. Envolve-se com a equipe de cinema que chega à cidade para fazer o filme sobre Roque Santeiro. Sente um misto de desconfiança e amor pelo pai. É a principal antagonista de Porcina (Regina Duarte).

Maurício Mattar em Roque Santeiro, 1985 — Foto: Geraldo Modesto/Globo

JOÃO LIGEIRO (Maurício Mattar) – Irmão de Roque (José Wilker) por parte de pai, filho de Beato Salu (Nelson Dantas). Aprendeu desde cedo a montar e a manejar o laço, o que valeu o apelido. Empregado na fazenda de Sinhozinho Malta (Lima Duarte), onde foi criado.

Luiz Magnelli em Roque Santeiro, 1985. — Foto: Geraldo Modesto/Globo

DECEMBRINO (Luiz Magnelli) – Porteiro da Pousada do Sossego. Nasceu em 1º de janeiro, mas seu nome já estava escolhido, então ficou sendo esse mesmo.

Arnaud Rodrigues em Roque Santeiro, 1985 — Foto: Geraldo Modesto/Globo

CEGO JEREMIAS (Arnaud Rodrigues) – Cantador de Asa Branca, conta a história de Roque Santeiro em versos, na porta da igreja.

Tony Tornado em Roque Santeiro, 1985 — Foto: Nelson Di Rago/Globo

RODÉSIO (Tony Tornado) – Empregado de Porcina (Regina Duarte), tratado como escravo, o que alimenta nele certa revolta, sufocada pelo sentimento de fidelidade canina à patroa.

Ilva Niño em Roque Santeiro, 1985. — Foto: Geraldo Modesto/Globo

MINA (Ilva Niño) – Criada de Porcina (Regina Duarte). Fiel, confidente e cúmplice da patroa.

Alexandre Frota em Roque Santeiro, 1985 — Foto: Geraldo Modesto/Globo

LUIZÃO (Alexandre Frota) – Diretor de produção do filme sobre Roque Santeiro.

Lícia Magna em Roque Santeiro, 1985 — Foto: Geraldo Modesto/Globo

SINHANA (Lícia Magna) – Empregada de Lulu (Cassia Kis) e Zé das Medalhas (Armando Bógus), mantém a patroa sob vigilância, a mando do patrão.

Maurício do Valle em Roque Santeiro, 1985 — Foto: Geraldo Modesto/Globo

DELEGADO FEIJÓ (Maurício do Valle) – Peão na fazenda de Saturnino Malta, pai de Sinhozinho (Lima Duarte), agora é delegado da cidade. Tem a fantasia de ser ator, e vive o papel de um bandido no filme sobre a vida de Roque Santeiro.

João Carlos Barroso em Roque Santeiro, 1985 — Foto: Geraldo Modesto/Globo

TONINHO JILÓ (João Carlos Barroso) – Jovem esperto, guia e cicerone dos turistas na cidade, usa um discurso decorado. Aproveita-se da boa fé dos romeiros para vender objetos que diz terem pertencido a Roque Santeiro.

Cristina Galvão em Roque Santeiro, 1985. — Foto: Geraldo Modesto/Globo

DONDINHA (Cristina Galvão) – Empregada de Sinhozinho Malta (Lima Duarte) e namorada de João Ligeiro (Maurício Mattar).

Ana Luiza Folly em Roque Santeiro, 1985 — Foto: Geraldo Modesto/Globo

NOÊMIA (Ana Luiza Folly) – Secretária de Sinhozinho Malta (Lima Duarte).

Valdir Santana em Roque Santeiro, 1985 — Foto: Geraldo Modesto/Globo

TERÊNCIO (Valdir Santana) – Capataz de Sinhozinho Malta (Lima Duarte).

BEATO SALU (Nelson Dantas) – Pai de Roque (José Wilker) e João Ligeiro (Maurício Mattar), era vaqueiro quando a cidade foi invadida por bandidos e seu filho dado como morto. Virou místico e beato, construiu um casebre onde Roque supostamente morreu, e não saiu mais de lá, recebendo a visita de romeiros em busca de conselhos.

MARGARIDA (Lilian Lemmertz) – Mãe de Tânia (Lídia Brondi), falecida, ex-mulher de Sinhozinho Malta (Lima Duarte). Aparece em flashbacks.

TININHA (Gabriela Bicalho) – Filha de Lulu (Cassia Kis) e Zé das Medalhas (Armando Bógus).

RAUL (Bruno César) – Filho de Lulu (Cassia Kis) e Zé das Medalhas (Armando Bógus).

MARILDA (Elizangela) – Mulher de Roberto Mathias (Fábio Jr.)

SUA MAJESTADE (Sandro Solviat) – O louco da cidade. Monarquista, interrompe os discursos do prefeito com gritos de “Viva a Monarquia!”.

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