Monumento à Independência do Brasil

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Monumento à Independência
do Brasil
Monumento à Independência do Brasil
Monumento à independência, situado no local onde foi proclamada a Independência do Brasil.
Tipo
Arquiteto Ettore Ximenes e Manfredo Manfredi
Construção 1926 (98 anos)
Inauguração
  • 1926
Geografia
País Brasil
Cidade São Paulo,  São Paulo
Coordenadas 23° 34' 46" S 46° 36' 37" O

O Monumento à Independência do Brasil, também chamado de Monumento do Ipiranga ou Altar da Pátria, é um conjunto escultórico em granito e bronze pertencente ao Parque da Independência. Localiza-se na cidade de São Paulo, às margens do Riacho do Ipiranga, no lugar histórico onde D. Pedro I teria proclamado a independência do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em 7 de setembro de 1822. O Monumento foi inaugurado como parte das comemorações ao centenário da independência, em 1922, embora tenha sido concluído apenas quatro anos depois.

História[editar | editar código-fonte]

O Monumento à Independência do Brasil, ou Altar da Pátria, como também é chamado, foi inaugurado em 1922, para as comemorações do centenário da Independência do Brasil. Produzido em granito, o monumento é ornado com várias estátuas de bronze que representam momentos importantes do evento histórico que selou os destinos da nação.

Na lateral esquerda, há uma estátua que representa a Inconfidência Mineira, que ocorreu em 1789, e na lateral direita, há uma que exibe os Revolucionários Pernambucanos, de 1817. No topo, na área central do monumento, há uma interpretação da famosa obra do pintor Pedro Américo, que simboliza o famoso grito da independência.[1]

O monumento foi inaugurado ainda incompleto em 1922, tendo sido finalizado quatro anos mais tarde, em 1926. É parte integrante do conjunto urbanístico do Parque da Independência, onde encontra-se também o edifício-monumento erguido em 1890, que hoje abriga o Museu do Ipiranga, além da Casa do Grito.

Manfredo Manfredi foi o responsável por arquitetar o Altar da Pátria, e quem esculpiu foi Ettore Ximenes, ambos eram italianos, que trabalharam em conjunto para formar o que conhecemos hoje.[1]

O Monumento[editar | editar código-fonte]

O monumento é formado por um conjunto de esculturas em granito e bronze, representando três esferas do poder executivo (federal, estadual e municipal).

Na frente, o painel Independência ou Morte mostra um grupo de homens em cavalos. Na esquerda, esculturas representam os Inconfidentes Mineiros (liderados por Tiradentes, pretendiam implantar a República no Brasil). Na direita, esculturas trazem os Revolucionários Pernambucanos, homens que também lutaram pela implantação da República. Em 1952 foi inaugurada uma pira com fogo simbólico no monumento.

No subsolo do monumento fica a Capela Imperial, onde estão os restos mortais de dom Pedro I, dona Maria Leopoldina e dona Amélia de Leuchtenberg. Exposições de objetos ainda contam a história da Independência do Brasil e detalhes da família imperial. [2]

Cripta Imperial[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Cripta Imperial do Ipiranga

No interior do Monumento e abaixo dele, a partir de 1953, foi iniciada a obra da Cripta Imperial.[3] No ano seguinte foram nela depositados os despojos da Imperatriz Leopoldina. Em 1972 foram nela depositados os restos mortais de D. Pedro I, e em 1984, os restos mortais de D. Amélia de Leuchtenberg. Em 2000 foi projetado pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) uma forma de acesso ao interior do monumento, onde está a cripta em que jazem os restos mortais, também conhecida como Capela Imperial.[4] Tanto a cripta quanto o Monumento à Independência são geridos pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, pelo Museu da Cidade de São Paulo e pelo Departamento do Patrimônio Histórico.[5]

Dos restos mortais de Dom Pedro I somente seu coração não foi trasladado à Cripta, permanecendo na Igreja da Lapa, no Porto. Dom Pedro I e D. Amélia foram trasladados do Panteão dos Braganças em Lisboa, e D. Leopoldina foi trasladada do Convento de Santo Antônio na cidade do Rio de Janeiro.[6]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Lincolins, Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago (20 de setembro de 2022). «Bicentenário: a história por trás do Monumento à Independência». Aventuras na História. Consultado em 9 de janeiro de 2023 
  2. Cardoso, Bruna (6 de setembro de 2021). «Altar da Pátria: Conheça a história por trás do Monumento à Independência do Brasil». Recreio. Consultado em 9 de janeiro de 2023 
  3. «MCSP/Cripta Imperial – MCSP | Museu da Cidade de São Paulo». Consultado em 28 de março de 2022 
  4. Museu da Cidade. «capela imperial monumento à independência». Consultado em 6 de junho de 2018. Arquivado do original em 22 de março de 2018 
  5. Museu da Cidade de São Paulo. «Cripta Imperial - MCSP». Consultado em 1 de abril de 2022 
  6. «Dom Pedro I no Brasil: Ditadura trouxe restos mortais, mas erro de cálculo impediu sepultamento - noticias - Estadao.com.br - Acervo». Estadão - Acervo. Consultado em 4 de setembro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]