O ministro do Desporto do Reino Unido, Stuart Andrew, vai utilizar a braçadeira “OneLove”, alusiva aos direitos LGBTQIA+, durante o jogo de Inglaterra contra País de Gales, que se realizará esta terça-feira.

Em entrevista exclusiva ao jornal britânico Evening Standard, Stuart Andrew — o primeiro ministro do Desporto do Reino Unido abertamente homossexual — mostrou-se determinado a desafiar o Qatar, anfitrião do Campeonato do Mundo, e a própria FIFA, que proibiu a braçadeira que seria utilizada pelos capitães de Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos e Suíça. “Eu não vou fugir de quem sou. A nossa mensagem é de que ninguém deveria ter de esconder quem é“, disse.

Como homossexual, o ministro afirmou estar numa “posição única” para enviar uma mensagem de solidariedade aos adeptos LGBTQIA+ que não se sentiram seguros para viajar para o Qatar para assistir ao Mundial, uma vez que a homossexualidade é considerada crime nesse país. Para além disso, Stuart Andrew acusou a FIFA de colocar os jogadores numa situação “impossível” e de ter adotado uma posição que não é “aceitável”, nem “sustentável”.

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O ministro disse também ao Evening Standard que considerou boicotar o Mundial, mas decidiu deslocar-se até ao Qatar para garantir que os anfitriões cumprem o compromisso de receber bem todos os cidadãos: “Tenho a responsabilidade de ir e ver por mim mesmo [que todos são bem-vindos]. E se não forem, de alguma forma, então contestar isso”, afirmou.

Stuart Andrew segue o exemplo de outras figuras da política internacional — como Nancy Faeser, ministra do Interior da Alemanha, e Helle Thorning-Schmidt, ex-primeira-ministra da Dinamarca, — que utilizaram a bandeira “OneLove” para assistir, no Qatar, aos jogos dos seus países.

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