Catarina, a Grande: quem foi a poderosa imperatriz russa do século 18 - Revista Galileu | História
  • Marília Marasciulo
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Catarina, a Grande promoveu avanços na Rússia, mas também teve uma vida cercada de escândalos (Foto: Wikimedia Commons)

Catarina, a Grande promoveu avanços na Rússia, mas também teve uma vida cercada de escândalos (Foto: Wikimedia Commons)

Sophie Friederike Auguste, princesa de Anhalt-Zerbst, foi uma mulher poderosíssima. Nascida na antiga Prússia, a jovem se converteu ao cristianismo ortodoxo quando se mudou para Moscou, mudou seu nome para Catarina e se tornou uma das maiores líderes políticas da Rússia. Não à toa, é conhecida atualmente como Catarina, a Grande.

Saiba mais sobre sua história:

Uma estrangeira no Império
Catarina nasceu em 1729 na Pomerânia, ao norte da atual Polônia. Seu pai era um homem de confiança do rei, e a família participou de longas negociações diplomáticas para casá-la com Pedro III, herdeiro do trono russo. A czarina da Rússia, Isabel, gostava de Catarina, pois ela era culta, falava francês e tocava piano e violino.

A adaptação
Ao chegar à Rússia em 1744, Catarina não poupou esforços para se adaptar à cultura: trocou a religião luterana pelo cristianismo ortodoxo e foi rebatizada com o nome pelo qual é conhecida atualmente, Catarina Alekseyevna. Em 1745, casou-se com Pedro III.

Ascensão ao poder
Em janeiro de 1762, a imperatriz morreu e Pedro III assumiu o poder. Catarina se tornou, então, imperatriz-consorte da Rússia e o casal se mudou para o Palácio de Inverno, em São Petersburgo.

O imperador, porém, fez alianças que o levaram a perder o apoio da nobreza. Catarina, muito sagaz, encorajou generais a deporem Pedro III e darem ao poder a ela. Seis meses depois de sentar no trono e três dias após sofrer o golpe, Pedro III foi assassinado por um soldado. Não foram encontradas provas de que Catarina teve envolvimento com o assassinato, mas em setembro de 1762, aos 33 anos, ela assumiu o Império Russo.

Déspota esclarecida
Amiga de filósofos como Voltaire e Diderot, ela promoveu reformas, estimulou a ciência e as artes, e separou o Estado da fé, retirando os religiosos do centro do poder. Também colaborou para modernizar o país, expandindo o território e construindo dezenas de cidades para atrair uma população antes rural.

Os escândalos
Por mais admirado que fosse, o reinado de Catarina, a Grande também foi cercado por polêmicas. Para manter o apoio da nobreza, ela concedia muitos privilégios, aumentou a burocracia e ampliou os poderes dos nobres. Tinha também dezenas de amantes, os quais empregava em cargos no governo ou simplesmente pagava uma pensão quando os dispensava. Catarina morreu em novembro de 1796, aos 67 anos, vítima de um infarto.

Vida em série
No dia 21 de outubro, às 23h, estreia na HBO Catarina, a Grande, uma série de quatro episódios sobre a imperatriz, interpretada por Helen Mirren. O drama foca no fim do reinado de Catarina, com uma trama de escândalos, conflitos e intrigas.