Ernesto Geisel

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Ernesto Geisel
Ernesto Geisel
29.º Presidente do Brasil
Período 15 de março de 1974
a 15 de março de 1979
Vice-presidente Adalberto Pereira dos Santos
Antecessor(a) Emílio Garrastazu Médici
Sucessor(a) João Figueiredo
13.º Presidente da Petrobras
Período 5 de novembro de 1969
a 6 de julho de 1973
Antecessor(a) Waldemar Levy Cardoso
Sucessor(a) Floriano Peixoto Faria Lima
Ministro do Superior Tribunal Militar
Período 20 de março de 1967
a 27 de outubro de 1969
Antecessor(a) Floriano de Lima Brayner
Sucessor(a) Jurandir Bizarria Mamede
Ministro-chefe do Gabinete Militar
Período 15 de abril de 1964
a 15 de março de 1967
Antecessor(a) André Fernandes de Sousa
Sucessor(a) Jaime Portela de Melo
Período 25 de agosto de 1961
a 8 de setembro de 1961
Antecessor(a) Pedro Geraldo de Almeida
Sucessor(a) Amaury Kruel
Dados pessoais
Nome completo Ernesto Beckmann Geisel[1]
Nascimento 3 de agosto de 1907
Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul
Morte 12 de setembro de 1996 (89 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Lydia Beckmann
Pai: Wilhelm August Geisel
Alma mater Escola Militar do Realengo
Cônjuge Lucy Markus (1939–1996)
Filhos(as) Orlando Geisel Sobrinho (1940-1957)
Amália Lucy Geisel (1945-2022)
Partido Aliança Renovadora Nacional
Religião Luteranismo/agnosticismo[2]
Profissão militar
Assinatura Assinatura de Ernesto Geisel
Serviço militar
Lealdade  Brasil
Serviço/ramo Exército Brasileiro
Anos de serviço 1927–1969
Graduação General de Exército
Conflitos Revolução de 1930
Revolução Constitucionalista

Ernesto Beckmann Geisel[1] GColSEGColIH (Bento Gonçalves, 3 de agosto de 1907Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1996) foi um político e militar brasileiro. Foi o 29º Presidente do Brasil entre 1974 e 1979, sendo o quarto presidente da Ditadura Militar Brasileira.[3]

Filho de imigrantes luteranos alemães, estudou no Colégio Martinho Lutero de Estrela e no Colégio Militar de Porto Alegre, formando-se aspirante a oficial na Escola Militar de Realengo, atual Academia Militar das Agulhas Negras, na arma de artilharia.[4] Ingressou na carreira política ao ser nomeado chefe da Casa Militar do governo do Presidente Castelo Branco, em 1964. Fez parte do grupo de militares castelistas que combateram a candidatura do Marechal Costa e Silva à presidência da República.[4] Castelo promoveu-o ainda a General-de-exército em 1966 e nomeou-o Ministro do Superior Tribunal Militar em 1967. No Governo Emílio Médici, tornou-se presidente da Petrobras, enquanto seu irmão Orlando Geisel tornara-se Ministro do Exército; o apoio de Orlando foi decisivo para que Médici o escolhesse como candidato à Presidência em 1974. Em 1974, candidatou-se à presidência pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA), tendo Adalberto Pereira dos Santos como vice, vencendo com quatrocentos votos (84,04%) a chapa oposicionista de Ulysses Guimarães e Barbosa Lima Sobrinho do MDB, que obteve 76 votos (15,96%).[5]

Assumiu a Presidência do Brasil em 15 de março de 1974.[6] Seu governo foi marcado pelo início de uma abertura política e amenização da repressão imposta pela ditadura militar, mas encontrou fortes oposições de políticos chamados de linha-dura.[6] Durante seu mandato, ficaram marcados os seguintes acontecimentos: a fusão da Guanabara ao Rio de Janeiro, a divisão do Mato Grosso com a criação do Mato Grosso do Sul, reatamento de relações diplomáticas com a República Popular da China, reconhecimento da independência de Angola, realização de acordos nucleares com a Alemanha Ocidental, início do processo de redemocratização do país, extinção do AI-5 e grande adiantamento da construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu.[6]

Em sua vida pós-presidência, Geisel manteve influência sobre o Exército ao longo da década de 1980 e, nas eleições presidenciais de 1985, apoiou o candidato oposicionista vitorioso Tancredo Neves, o que levou à diminuição das resistências a Tancredo no meio militar. Foi presidente da Norquisa, holding do setor petroquímico.[7]

Início de vida[editar | editar código-fonte]

Ernesto Geisel nasceu em Bento Gonçalves, em 3 de agosto de 1907. Seu pai era Wilhelm August Geisel, imigrante alemão luterano,[4] que chegou ao Brasil em 1883, oriundo de Herborn, no estado de Hesse. No Brasil, onde assumiu o nome de Guilherme Augusto Geisel. Sua mãe foi Lydia Beckmann, gaúcha de Teutônia, filha de pais alemães oriundos de Osnabruque, no estado da Baixa Saxônia. Em Bento Gonçalves, onde Geisel nasceu, havia apenas duas famílias de origem alemã - os Geisel e os Dreher - enquanto que a maioria da população era composta por imigrantes italianos.

Sobre o contato com os imigrantes italianos locais durante sua infância, Geisel descreveu os contrastes culturais entre a educação estrita e rigorosa que seus pais alemães impunham, em comparação com a liberdade e o modo de vida mais livre que seus amigos italianos tinham, os quais ele admirava. Geisel foi criado numa família luterana (o avô materno era pastor), a qual ele classificava como de classe média baixa, relativamente pobre.[8] Em entrevista, Ernesto Geisel declarou que, em sua infância, entendia e falava o alemão, embora nunca tendo aprendido a ler nesse idioma. Na idade adulta, entendia o idioma, mas falava com dificuldade.[9] Tinha quatro irmãos: Amália, Bernardo, Henrique e Orlando. Passou a infância em Teutônia e Estrela.[10]

Dois de seus irmãos também ingressaram na carreira das armas e tornaram-se generais: Henrique Geisel e Orlando Geisel, que chegou a ser Ministro do Exército durante o governo de Emílio Garrastazu Médici.

Início de carreira[editar | editar código-fonte]

Geisel e Getúlio Vargas. Recife, 1940.

Ernesto Geisel ingressou no Colégio Militar de Porto Alegre em 1921 e em 1928 formou-se oficial na Escola Militar de Realengo. Participou de ações militares na Revolução de 1930 como tenente. Fez parte das tropas federais que combateram a Revolução Constitucionalista, de 1932.[11]

No início dos anos 1930 também desempenhou as funções de secretário de fazenda da Paraíba, quando os tenentes da Revolução de 1930 passaram a ocupar cargos políticos.

Em 1940 Geisel casou com sua prima de primeiro grau, Lucy, com quem teve dois filhos: Orlando e Amália. Orlando, nascido em 1940, morreu atropelado por um trem em 28 de março de 1957 quando Geisel era comandante do 2º Grupo de Canhões Antiaéreos em Quitaúna. A morte de Orlando nunca foi superada por Geisel, que chegou a ficar uma década sem citar o nome do filho. Em agosto de 1986, revendo o acontecimento, Geisel afirmou "Ao longo de minha vida eu fui um infeliz...".[12][13] Amália, nascida em 1945, morreu em 2022, vítima de um tumor na cabeça.[14]

Vida política[editar | editar código-fonte]

Na década de 1950, Geisel comandou a guarnição de Quitaúna e foi superintendente da refinaria de Cubatão, ambas no estado de São Paulo, e em 1957 foi nomeado como representante do Ministério da Guerra no Conselho Nacional do Petróleo.[15][16] Durante este período, estreitou suas ligações com o grupo militar que mais tarde seria conhecido como "Sorbonne", ligado à Escola Superior de Guerra.

Em sua gestão na presidência da Petrobras, empresa estatal que deteve até a década de 1990 o monopólio da extração de petróleo no Brasil, concentrou esforços na exploração da plataforma submarina, tendo obtido resultados positivos. Conseguiu acordos no exterior para a pesquisa e firmou convênios com o Iraque, o Egito e o Equador.[15]

Geisel como Chefe da Casa Militar de Castelo Branco.

Após o Golpe de Estado em 1964, foi nomeado em 15 de abril de 1964, chefe da Casa Militar pelo presidente Castelo Branco,[15][carece de fonte melhor] que o encarregou de averiguar denúncias de torturas em unidades militares do Nordeste do Brasil.

Geisel fez parte do grupo de militares "castelistas" que combateram a candidatura do marechal Costa e Silva à presidência da República.

Castello Branco promoveu-o a General de Exército em 1966, e ainda o nomeou ministro do Superior Tribunal Militar em 1967.

Com a posse de Costa e Silva na presidência, Geisel caiu no ostracismo político. No governo de Emílio Médici tornou-se presidente da Petrobras, enquanto seu irmão Orlando Geisel se tornou o ministro do Exército. O apoio do irmão Orlando foi decisivo para que Médici o escolhesse como candidato à Presidência da República para o mandato de 1974-1979.

Presidente da República[editar | editar código-fonte]

Posse de Ernesto Geisel como Presidente da República, 1974. Arquivo Nacional.
Discurso de Ernesto Geisel, em 1975.

Lançado oficialmente candidato da ARENA à presidência em 18 de junho de 1973, foi eleito presidente com 400 votos, contra 76 do "anticandidato" Ulysses Guimarães, do MDB, em 15 de janeiro de 1974.[5][15]

Geisel dedicou-se à abertura política, articulada pelo general Golbery do Couto e Silva, que encontrou resistência nos militares da chamada linha-dura, sendo que o episódio mais dramático foi a demissão do ministro do exército, Sylvio Frota, em 12 de outubro de 1977.

Outro fato marcante foi a exoneração do General Ednardo D'Ávila Mello, comandante do II Exército, após as mortes sob torturas do jornalista Wladimir Herzog, em outubro de 1975, e do metalúrgico Manuel Fiel Filho, em janeiro de 1976, nas dependências do DOI-CODI sob jurisdição do II Exército.[17]

Em dezembro de 1976 ocorreu a Chacina da Lapa, no bairro da Lapa na zona oeste da cidade de São Paulo que visava desarticular o comitê central do PC do B.[18][19][20] Entre os órgãos da repressão da ditadura militar que auxiliaram nessa operação estavam o DOPS e DOI-CODI do II Exército, já sob comando do General Dilermando Gomes Monteiro. Essa operação contra o PC do B resultou na morte de três membros do partido e na prisão de outros membros do partido.[18][19][20]

Geisel conseguiu fazer seu sucessor João Figueiredo, que continuou a abertura política do país.

Principais realizações do Governo Geisel[editar | editar código-fonte]

Posse do presidente Ernesto Geisel e de seu vice Adalberto Pereira dos Santos, em sessão conjunta do Congresso Nacional.

Estes foram alguns dos principais planos do governo Geisel:

Política externa[editar | editar código-fonte]

Geisel durante jantar oferecido ao presidente Jimmy Carter, 29 de março de 1978. Ao lado de Geisel a primeira-dama, Rosalynn Carter.

Em política externa, dentro de uma orientação denominada pelo governo de "pragmatismo responsável",[25] procurou ampliar a presença brasileira na África e com os demais países do Terceiro Mundo (incluindo nisso os vizinhos de América Latina), evitando o alinhamento incondicional aos Estados Unidos. Reconheceu de imediato os regimes socialistas portugueses e angolanos que se sucederam após as guerras de independência colonial e o desmonte do poder ditatorial salazarista,[25] bem como reatou relações diplomáticas com a República Popular da China;

Busca de novas fontes de energia, realizando o Acordo nuclear com a Alemanha, criando os contratos de risco com a Petrobras e incentivando a utilização do álcool como combustível.[26]

O Acordo Militar Brasil-Estados Unidos, assinado em 15 de Março de 1952 sobre assistência militar, estabeleceu "o fornecimento de material norte-americano para o Exército brasileiro em troca de minerais estratégicos", em 11 de março de 1977, o acordo foi denunciado pelo governo do presidente Ernesto Geisel,[27] na esteira da crise diplomática causada em 4 de março de 1977, quando os EUA, entregaram ao Itamaraty um memorando informal e um relatório enviado pelo Departamento de Estado ao Congresso dos EUA avaliando negativamente a situação dos direitos humanos no Brasil, que a partir deste momento gerou uma crise entre os dois países, com isso, o acordo deixou de vigorar um ano depois.[27]

Condecorações[editar | editar código-fonte]

Em 1 de junho de 1977 foi agraciado pelo estado português, com o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e em 13 de fevereiro de 1979 foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique.[28]

Memorando da CIA[editar | editar código-fonte]

Um memorando da CIA afirma que o general conhecia e autorizou a execução de opositores durante a ditadura militar. Esse documento, de 11 de abril de 1974, foi elaborado pelo então diretor da CIA, William Egan Colby, e endereçado ao secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, tendo sido revelado no Brasil em maio de 2018, pelo pesquisador Matias Spektor, da Fundação Getúlio Vargas, quando foi tornado público pelo governo americano. O texto se refere a um suposto encontro, em 30 de março de 1974, entre Geisel, João Batista Figueiredo, então chefe do Serviço Nacional de Informações, e os generais Milton Tavares de Souza e Confúcio Danton de Paula Avelino, que trabalhavam no Centro de Inteligência do Exército (CIE). O general Milton, segundo o documento, disse que o Brasil não poderia ignorar a "ameaça terrorista e subversiva", e que "os métodos extralegais deveriam continuar a ser empregados contra subversivos perigosos". Além disso, Geisel teria dito ao general Figueiredo que a política deveria continuar, mas que se deveria tomar "muito cuidado para assegurar que apenas subversivos perigosos fossem executados". Ainda conforme o memorando, todas as execuções deveriam ser aprovadas por Figueiredo, sucessor de Geisel até 1985. Partes do documento permanecem em sigilo.[29]

Segundo os dados da Comissão Nacional da Verdade (CNV), 89 pessoas morreram ou desapareceram no Brasil por motivos políticos, a partir de 1º de abril de 1974, a data posterior àquela em que o encontro dos generais teria ocorrido, isto é, desde que Geisel teria autorizado a execução de opositores. Além disso, houve onze pessoas que podem ter morrido ou desaparecido e possivelmente muitos casos que não foram registrados. Conforme o relato divulgado, Geisel pediu para pensar durante o fim de semana de 1974. Então, no dia 1º de abril, ele e Figueiredo decidiram implantar as ações propostas, mas destacaram que apenas "subversivos perigosos" deveriam ser executados. Figueiredo concordou com a consulta ao presidente quando o CIE apreendesse uma pessoa. As informações sobre as vítimas do regime militar estão nos relatórios da CNV, que foi criada para apurar violações de diretos humanos entre 1946 e 1988. A informação agora disponível muda a imagem de Geisel, antes tido como moderado, visto que se pensava que as execuções ocorriam contra a sua vontade.[30][31]

No entanto, fontes dos Estados Unidos reforçam trecho do memorando da CIA de 1974 no qual o então diretor da agência, William Colby, disse que o Presidente Geisel buscaria ter o controle sobre o principal órgão de repressão do Exército, o CIE (Centro de Informações do Exército). Esse fato efetivamente aconteceu, o que confirma a ação fundamental do Presidente na abertura política.[32]

Vida após a presidência[editar | editar código-fonte]

Como ex-presidente, manteve influência sobre o exército ao longo dos anos 1980, e em 1985, seu apoio à candidatura de Tancredo Neves, nas eleições indiretas daquele ano, derrotando Paulo Maluf. Seu apoio diminuiu as resistências a Tancredo no meio militar. Também exerceu a presidência da Norquisa, holding das empresas que dividiam o controle da Copene com a Petrobras no Polo de Camaçari, e da qual depois passou a presidir o conselho de administração.[7]

Em 1997, a Fundação Getúlio Vargas publicou a transcrição de seu depoimento, no qual narrou sua vida particular, militar e política.

Depois de deixar a presidência, Geisel passou a alternar sua residência entre dois locais: um apartamento no Edifício Debret,[33] no bairro Ipanema, residência na qual morou até a sua morte, e uma granja de sua propriedade na cidade de Teresópolis.[34]

Morte
Túmulo de Ernesto Geisel e demais membros da família.
Túmulo de Ernesto e Lucy Geisel no Cemitério Evangélico de Porto Alegre

Ernesto Geisel morreu aos 89 anos, no dia 12 de setembro de 1996, de câncer generalizado.[6] Foi sepultado no Cemitério de São João Batista na cidade do Rio de Janeiro,[35] mas no ano de 2003 os restos mortais de Ernesto e Lucy Geisel foram transladados para o Cemitério Evangélico de Porto Alegre.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • _______, Viagem do Presidente Geisel À Alemanha, Assessoria da Presidência da República, Editora Brasília, 1978.
  • ______, Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro, Fundação Getúlio Vargas, 1984.
  • ABREU, Hugo de Andrade, O outro lado do poder, Nova Fronteira, 1979.
  • ARAÚJO, Maria Celina de, CASTRO, Celso, orgs, Ernesto Geisel , Editora FGV, RJ, 1997.
  • BARROS, Adirson de, Geisel e a Revolução Brasileira, Editora Artenova, 1976.
  • CASTRO, Celso, Dossiê Geisel , Editora FGV,RJ, 2002.
  • CURY, Levy, Um Homem Chamado Geisel, Editora Horizonte, 1978.
  • GEISEL, Ernesto, Discursos, 5 volumes, 1978, Assessoria de Imprensa da Presidência, 1979.
  • GÓES, Waldemar de, O Brasil do General Geisel, Nova Fronteira, 1978.
  • JORGE, Fernando, As Diretrizes Governamentais do Presidente Ernesto Geisel, Edição do Autor, 1976.
  • JORGE, Fernando, Geisel - o Presidente da Abertura, Companhia Editora Nacional, 2007.
  • FALCÃO, Armando, Tudo a declarar, Nova Fronteira, 1989.
  • FALCÃO, Armando, Geisel do Tenente ao Presidente, Editora Nova Fronteira, 1995.
  • FROTA, Sylvio, Ideais Traídos, Jorge Zahar, 2006.
  • OLIVEIRA, Eliézer Rizzo de, De Geisel a Collor Forças Armadas, Transição e Democracia, Editora Papirus, 1984.
  • SILVA, Hélio, Ernesto Geisel - 25ª Presidente do Brasil, Editora Três, 1983.
  • STUMPF, Andre Gustavo, PEREIRA Filho, Segunda Guerra: Sucessão de Geisel, Editora Brasiliense, 1979.
  • VIEIRA, R. A. Amaral, Crônica dos Anos Geisel, Editora Forense Universitária, 1987.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Ofício de registro civil de Bento Gonçalves RS. «Certidão de nascimento de Ernesto Geisel». 1976-03-22. Consultado em 19 de abril de 2023 
  2. A Ditadura Derrotada, Elio Gaspari, p. 361 e 362. "Luterano por hábito familiar, o general era um agnóstico discreto e anticlerical assumido. Acreditava quando muito na existência de uma força criadora do universo, a qual, no entanto, seria um ente da física, não uma divindade. Nunca se dirigira ao sobrenatural. Entendia as religiões como sacrários de princípios. Lembrava-se dos padres de Bento Gonçalves ameaçando com o inferno quem entrasse em templo protestante, da professora primária ensinando que a Santa Madre era a Igreja “única e verdadeira”. Em condições normais, Geisel era anticlerical por agnóstico. Com uma Igreja na oposição, à sua esquerda, por convicção."
  3. Renato Cancian. «"Distensão", oposições e crise econômica». UOL Educação. Consultado em 14 de outubro de 2011 
  4. a b c «Ernesto Geisel - Biografia». Centro de Informação de Acervos dos Presidentes da República e Almanaque Abril. UOL - Educação. Consultado em 25 de agosto de 2012 
  5. a b «Geisel eleito, por 400 votos a 76». Folha de S.Paulo. 16 de janeiro de 1974. Consultado em 22 de março de 2016 
  6. a b c d Antonio Gasparetto Junior (9 de setembro de 2008). «Governo de Ernesto Geisel». InfoEscola. Consultado em 25 de agosto de 2012 
  7. a b «Presidente encontra Geisel e discute Petrobras». Folha de São Paulo. 18 de março de 1995. Consultado em 15 de fevereiro de 2023 
  8. KOIFMAN, Fábio. Presidentes Do Brasil: De Deodoro A FHC.
  9. D'Araujo, Maria Celina; Castro, Celso (1997). Ernesto Geisel. Rio de Janeiro: FGV. 494 páginas. ISBN 8522502293 
  10. GASPARI, Elio. A Ditadura Derrotada. São Paulo:Companhia da Letras, 2003. p.29
  11. GASPARI, Elio (2014). A Ditadura Derrotada: O Sacerdote e o Feiticeiro. [S.l.]: Intrínseca. p. 31-32. 548 páginas. ISBN 978-8580574326 
  12. GASPARI, Elio (2014). A Ditadura Derrotada: O Sacerdote e o Feiticeiro. [S.l.]: Intrínseca. p. 52-53. 548 páginas. ISBN 978-8580574326 
  13. «Morte de Lucy Markus Geisel». 15 de março de 2000. Consultado em 13 de dezembro de 2010. Arquivado do original em 29 de abril de 2003 
  14. «Morre Amália Lucy Geisel, única filha do ex-presidente da República Ernesto Geisel». Metro1. Consultado em 8 de abril de 2023 
  15. a b c d «Ernesto Geisel 1908 - 1996». Folha de São Paulo. 12 de setembro de 1996. Consultado em 15 de fevereiro de 2023 
  16. «Geisel garante monopólio estatal do petróleo». Arquivos da Ditadura. Consultado em 15 de fevereiro de 2023 
  17. «A verdade sobre Manoel Fiel Filho». Sindicato dos metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes. 26 de junho de 2015. Consultado em 21 de fevereiro de 2023 
  18. a b «Chacina da lapa, o último grande crime da ditadura militar». https://pcdob.org.br. 16 de dezembro de 2020. Consultado em 21 de fevereiro de 2023 
  19. a b «DOI-CODI comanda chacina da Lapa». Memorial da Democracia. Consultado em 21 de fevereiro de 2023 
  20. a b «Chacina da Lapa: um crime com apoio do General Ernesto Geisel». vermelho.org.br. 12 de dezembro de 2016. Consultado em 21 de fevereiro de 2021 
  21. «GDP growth (annual %) | Data». data.worldbank.org (em inglês). Consultado em 16 de junho de 2017 
  22. «Inflação e Dívida Pública». R7. Consultado em 26 de fevereiro de 2018 
  23. «Ernesto Geisel». Educacao UOL. Consultado em 13 de junho de 2014 
  24. «Lei nº 6.515, de 28 de junho de 1977». Planalto. Consultado em 12 de novembro de 2017 
  25. a b «A política externa brasileira e a questão angolana: traços do pragmatismo responsável.». www.funag.gov.br. Consultado em 2 de outubro de 2023 
  26. «Acordo Nuclear Brasil-Alemanha». atlas.fgv.br. Consultado em 2 de outubro de 2023 
  27. a b «Folha de S.Paulo - Fim de acordo não foi retaliação, diz Geisel - 14/5/1995». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 2 de outubro de 2023 
  28. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Ernesto Geisel". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de março de 2016 
  29. «Em memorando, diretor da CIA diz que Geisel autorizou execução de opositores durante ditadura». G1. 10 de maio de 2018. Consultado em 11 de maio de 2018 
  30. «89 morreram ou desapareceram após reunião relatada pela CIA em que Geisel autoriza mortes; veja lista». G1. 12 de maio de 2018. Consultado em 12 de maio de 2018 
  31. Marília Marques (11 de maio de 2018). «Memorando da CIA reforça que imagem de 'moderado' de Geisel era falsa, dizem historiadores». G1. Consultado em 12 de maio de 2018 
  32. «Geisel quis controlar repressão, dizem EUA». FSP. 16 de maio de 2018. Consultado em 19 de maio de 2018 
  33. GASPARI, Élio. A Ditadura Acabada. Editora Intrínseca, 2016
  34. Folha de S.Paulo. "Patrimônios presidenciais". Coluna de Mário Sergio Conti. 02/02/2016
  35. Folha online (12 de setembro de 1996). «Geisel será enterrado no Rio nesta sexta». Consultado em 1 de julho de 2016 

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