Morreu Cristina Portugal, presidente da ERSE

A presidente da entidade reguladora do sector da energia morreu de forma súbita, aos 56 anos.

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Cristina Portugal estava à frente da ERSE desde Maio de 2017 daniel rocha

A presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), Maria Cristina Portugal, morreu esta madrugada, aos 56 anos, informou a instituição esta quarta-feira.

“A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos comunica com grande pesar e consternação o falecimento súbito da Dra. Maria Cristina Portugal, presidente do conselho de administração, ocorrido na madrugada do dia 8 de Setembro de 2021”, refere a nota de pesar divulgada esta tarde.

Cristina Portugal estava à frente da administração da ERSE desde Maio de 2017, tendo desempenhado anteriormente funções como vogal daquele órgão. Além disso, foi presidente do conselho tarifário da entidade reguladora da energia durante 15 anos.

Em Fevereiro de 2017, foi ouvida na Comissão Parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas (CEIOP), recebendo na altura a aprovação unânime de todos os partidos para as funções de líder da ERSE. No relatório do CEIOP, era destacado que tinha sido aprovada pela Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP) com “notação ‘mais’ em todos os critérios” à luz dos quais foi escrutinada e salientado o “perfil técnico de jurista/advogada, cimentado numa larga experiência profissional na área da defesa dos consumidores”.

Licenciada em Direito, pela Faculdade de Direito de Lisboa, Cristina Portugal tinha ainda uma formação complementar em Direito Comunitário do Consumo pela universidade belga de Louvain-la-Neuve e uma pós-graduação em Direito Comunitário pela Universidade Católica de Lisboa.

“Os membros do conselho de administração e os colaboradores da ERSE prestam sentida homenagem à Dra. Cristina Portugal e unem-se à dor da sua família, assumindo o compromisso de continuar o seu empenho e enorme dedicação ao serviço da ERSE”, acrescenta a nota.

Em reacção, o ministro do Ambiente e da Acção Climática, João Pedro Matos Fernandes, divulgou também uma nota de condolências pela morte de Cristina Portugal, destacando que “o seu contributo para o desenvolvimento do sector energético português foi decisivo, assim como foi crucial o seu papel na estabilização do quadro regulatório que permitiu o grande impulso das energias renováveis”.

“Nos dois anos em que trabalhámos de mais perto, aprendi a admirar o seu profissionalismo e independência, valores que deixou na ERSE e que tão bem soube transmitir a quem com ela trabalhou”, afirmou o ministro na comunicação.

Numa mensagem publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelou de Sousa “lamenta a morte de Maria Cristina Portugal e envia as mais sentidas condolências à família e amigos, relembrando a sua dedicação à causa pública, com especial destaque para o sector da regulação dos serviços energéticos, onde, de forma reconhecida e respeitada, dedicou os últimos anos da sua vida”.

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