Imagine ir ao supermercado e se deparar com preços muito mais altos em comparação ao ano anterior.
Essa sensação frustrante se dá por conta da inflação, que diminui o valor do seu dinheiro e dificulta o consumo.
A inflação é um dos fenômenos mais discutidos na economia, mas nem sempre compreendido em sua totalidade.
Neste artigo, vamos conhecer mais sobre a inflação, desde sua definição até seus impactos na economia e no seu dia a dia.
O que é inflação?
A inflação é um fenômeno econômico que afeta diretamente o poder de compra da moeda ao longo do tempo.
Em termos simples, podemos pensar na inflação como o aumento dos preços de bens e serviços em um determinado período.
É como se todos os itens da sua lista de compras estivessem em constante escalada de preços, reduzindo a quantidade que você pode adquirir com a mesma quantia de dinheiro.
Essa perda do poder de compra progressiva é o que torna a inflação preocupante para os consumidores e para a economia como um todo.
Quais as causas da inflação?
A inflação pode ser causada por diversos fatores, que podem ser agrupados em quatro principais categorias:
Aumento na demanda: Quando a demanda por bens e serviços supera a oferta, os preços tendem a subir para equilibrar o mercado.
Aumento nos custos de produção: Se os custos de produção, como salários, matéria-prima e energia, aumentam, as empresas podem repassar esses custos para os consumidores através do aumento dos preços.
Inércia inflacionária e expectativas de inflação: Imagine que a inflação no passado fez com que as pessoas esperassem que os preços continuassem subindo no futuro.
Por causa disso, as empresas aumentam os salários e elevam os preços de seus produtos, antecipando essa alta esperada.
Esses aumentos salariais e de preços acabam por alimentar ainda mais a inflação, criando um ciclo inflacionário contínuo.
Aumento na emissão de moeda: Quando o governo imprime mais dinheiro do que a economia pode sustentar, isso pode levar a um aumento da inflação, pois há mais dinheiro em circulação sem um aumento correspondente na produção de bens e serviços.
Quais os efeitos da inflação na economia do país?
Quando controlada, a inflação pode estimular o crescimento econômico, mas, quando elevada, pode desencadear uma série de consequências negativas.
● Menos coisas com o mesmo dinheiro: Isso significa que precisamos gastar mais para comprar as mesmas coisas que comprávamos antes. Por exemplo, o dinheiro que usávamos para comprar cinco itens agora pode só comprar quatro por causa da inflação.
● Empresas ficam receosas: As empresas podem ficar com medo de investir ou expandir seus negócios quando os preços estão subindo. Isso pode levar a menos empregos e menos crescimento econômico.
● Redução da poupança e investimento: Com a inflação alta, as pessoas tendem a procurar formas de proteger seu dinheiro contra a perda de valor. Isso pode levar a uma redução da poupança e do investimento em ativos financeiros, como títulos do governo ou ações, que são fundamentais para o financiamento de projetos de desenvolvimento econômico.
● Impacto nas contas públicas: O aumento dos preços pode levar a uma maior demanda por serviços públicos e benefícios sociais, ao mesmo tempo em que reduz a capacidade de arrecadação de impostos.
● Problemas com outros países: A inflação pode afetar a competitividade dos produtos nacionais no mercado internacional, levando a um aumento das importações e a uma redução das exportações.
● Aumento da pobreza: A inflação impacta principalmente os grupos mais pobres, que já têm menos recursos financeiros para se proteger, aumentando as desigualdades.
Quais os efeitos da inflação no dia a dia do consumidor?
Os preços mais altos podem tornar produtos e serviços menos acessíveis, afetando diretamente o padrão de vida das famílias.
● Escolhas difíceis: Pode ser necessário escolher entre comprar certos produtos ou serviços e economizar dinheiro para outras necessidades.
● Planejamento financeiro mais desafiador: As famílias podem hesitar em fazer grandes compras ou investimentos, preocupadas com o aumento dos preços no futuro e com o impacto que isso pode ter em suas finanças.
● Menor poder de compra: Mesmo que os salários aumentem para acompanhar a inflação, o poder de compra pode diminuir. Isso ocorre porque os salários podem não aumentar na mesma proporção que os preços dos produtos e serviços.
● Aumento das taxas de juros: Para controlar a inflação, o governo pode aumentar as taxas de juros. Isso torna o crédito mais caro e dificulta para os consumidores financiar compras e investimentos.
Como a inflação é calculada?
Como a inflação é calculada?
A inflação é medida usando índices que acompanham o aumento dos preços de uma variedade de produtos e serviços ao longo do tempo.
No Brasil, o IPCA é o principal índice, calculado mensalmente pelo IBGE.
Ele leva em conta os gastos das famílias em várias áreas, como habitação, alimentação e saúde.
Esses índices são usados para calcular a taxa de inflação, considerando as variações de preço de cada item.
Outros índices, como o INPC e o IGP, também ajudam a medir a inflação em diferentes setores da economia.
Como lidar com a inflação?
Permanecer atento às mudanças nos preços e implementar as estratégias corretas são passos essenciais para lidar com a inflação e seus desafios.
Mantenha-se informado sobre a inflação: Acompanhe os índices de inflação divulgados regularmente para entender como os preços estão se comportando e como isso pode afetar suas finanças.
Controle seus gastos: Reduza despesas desnecessárias e mantenha um orçamento equilibrado.
Aumente sua renda: Busque formas de aumentar sua renda, seja através de trabalho extra, investimentos em educação ou empreendedorismo.
Uma renda maior pode ajudar a compensar os efeitos negativos da inflação em seu poder de compra.
Diversifique seus investimentos: Diversificar seus investimentos em diferentes ativos, como ações, títulos e imóveis, pode ajudar a proteger seu dinheiro contra os efeitos da inflação.
Procure por investimentos que superem a inflação: Escolha investimentos que ofereçam retornos que superem a taxa de inflação.
Isso garante que seu dinheiro cresça em termos reais, preservando seu poder de compra ao longo do tempo.
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Formada em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, com MBA em Gestão e Governança de TI, tem uma trajetória de 12 anos atuando em projetos de desenvolvimento de sistemas voltados para a concessão de crédito. Nos últimos anos, especializou-se no desenvolvimento de Produtos Digitais e em 2019 assumiu a liderança da área de Business Development da Sim.
